quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Gêiseres em lua de Saturno

Imagens feitas pela sonda Cassini durante sua aproximação da lua Encélado, do planeta Saturno, realizada em novembro, revelam uma vasta região de gêiseres emanado do polo sul do satélite, e produziram o mais detalhado mapa de temperaturas da fratura por onde os jatos de material são emitidos.
encélado
© NASA
As novas imagens também oferecem a melhor foto em 3-D já feita de uma das "listras de tigre", como são chamadas as fissuras que liberam partículas de gelo, vapor de água e matéria orgânica.
Para as câmeras da Cassini que registram luz visível, a passagem de 21 de novembro foi o último olhar para a superfície do polo sul antes que a lua penetrasse num período de escuridão de 15 anos, e produziu as imagens mais detalhadas já feitas dos jatos.
Pesquisadores planejaram usar a passagem para procurar jatos menores, que não tivessem aparecido em imagens anteriores. Em um mosaico, cientistas conseguiram contar mais de 30 gêiseres individuais, incluindo mais de 20 nunca vistos antes. Pelo menos um jato que aparecia com destaque em imagens anteriores agora parece mais fraco.
Um novo mapa foi criado, combinando dados de calor e de luz visível de um segmento de 40 km da maior das listras, batizada de Baghdad Sulcus. O mapa evidencia a correlação entre fraturas jovens na superfície altas temperaturas.
Nessas medições, os picos de temperatura ao longo de Baghdad superam os 180 Kelvin (-93º C), e podem chegar a um máximo de 200 Kelvin (-73º C).
Essas altas temperaturas provavelmente resultam do aquecimento das laterais da fratura pelo vapor quente que sobe e propele as partículas de gelo que são vistas nos jatos.
Fonte: NASA

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Fusão de quatro antigas galáxias anãs

Um evento que deve ter sido comum nos primórdios do Universo, alguns bilhões de anos atrás, quando grandes galáxias foram tomando corpo a partir da fusão de galáxias menores, foi flagrado fora de seu contexto habitual. A análise de uma série de imagens obtidas pelo telescópio espacial Hubble confirma a ideia defendida já há alguns anos pela astrofísica Claudia Mendes de Oliveira, da Universidade de São Paulo (USP), de que um pequeno grupo de quatro antigas galáxias anãs, conhecido como Hickson Compact Group 31, está se fundindo a 166 milhões de anos-luz, uma distância relativamente modesta da Terra.
A união das velhas galáxias, que deve dar origem a uma única grande galáxia elíptica, começou há apenas 10 milhões de anos, algo como ontem na escala de tempo cósmico. Esse é talvez o dado mais eloquente do quão extemporâneo parece ser o fenômeno, relatado em detalhes num artigo publicado por pesquisadores canadenses, norte-americanos e a astrofísica brasileira na revista científica The Astrophysical Journal de fevereiro. "Acreditamos que essas galáxias anãs estão se unindo pela primeira vez", afirma Claudia.
hickson compact group 31
© NASA/ESA
Na imagem composta acima, o objeto brilhante e distorcido que se vê a meia altura à esquerda representa, na verdade, duas galáxias anãs se fundindo. Desse encontro de matéria, nascem novas estrelas, quentes e massivas, que emitem radiação ultravioleta, aquecem as nuvens de gás em sua volta e as fazem brilhar. O espetáculo lembra uma queima de fogos de artifício no espaço. Ainda à esquerda, mas acima dessas duas galáxias, há uma terceira, ligada às demais por uma ponte de aglomerados de estrelas. Seu formato lembra os contornos de um charuto. Por fim, no canto direito inferior, aparece a quarta galáxia do grupo compacto, conectada às demais por um cinturão de estrelas. "Ainda há muito gás no sistema e a fusão das galáxias deve se prolongar por muito tempo, algo como um bilhão de anos", comenta Claudia. O objeto extremamente brilhante bem no centro da imagem é uma estrela que está num plano anterior em relação ao Hickson Compact Group 31 e não tem qualquer ligação com o grupo de galáxias.
A idade das estrelas do sistema, cujas quatro galáxias anãs caberiam dentro da Via Láctea, é a principal evidência de que esse processo de fusão de matéria é recente. As mais velhas se formaram há cerca de 10 bilhões de anos e são um indício de que a aglomeração é realmente muito antiga. Mas as mais novas, representadas por alguns conjuntos de 100 mil estrelas de brilho intenso, têm no máximo 10 milhões de anos. "Sabemos que esse sistema está por aí há algum tempo", diz a astrônoma Sarah Gallagher, da Universidade de Western Ontario (Canadá), uma das autoras do estudo. "A maioria das outras galáxias anãs interagiu bilhões de anos atrás, mas essas estão apenas começando a se unir." Estudos anteriores indicam que, atraídas pela força da gravidade, as galáxias do quarteto estão em rota de colisão a uma velocidade de 60 quilômetros por segundo, um ritmo extremante lento. Os cientistas especulam que a união da galáxias demorou tanto para ter início porque o Hickson Compact Group 31 está numa área do Universo em que há pouca densidade de matéria.
Fonte: FAPESP (Pesquisa) e The Astrophysical Jounal

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Nasa divulga nova imagem de Andrômeda

A NASA (agência espacial americana) comemorou as primeiras conquistas da missão WISE e divulgou as primeiras imagens do cosmos, que mostram, entre outras, a galáxia de Andrômeda e um cometa com um rastro de mais de 16 milhões de quilômetros.
galáxia de andrômeda
 © NASA/WISE (Galáxia M31 - Andrômeda) 
A sonda WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) começou a transmitir em 14 de janeiro e os cientistas da Nasa já receberam mais de 250 mil imagens.
"O WISE funcionou de maneira fabulosa", disse Ed Weiler, administrador adjunto do Diretório de Missões Científicas da Nasa em Washington. "Estas primeiras fotografias estão demonstrando que a missão secundária da sonda de localizar asteróides, cometas e outros objetos será tão importante como observar todo o céu sob luz infravermelha", acrescentou.
Uma das imagens mostra um cometa batizado de "Siding Spring", cujo rastro parece uma mancha de pintura vermelha com uma estrela azul, veja no blog sobre cometas no link.
Pelos cálculos dos cientistas, a missão de WISE deverá terminar em outubro deste ano, quando deve acabar o combustível que alimenta seus instrumentos para funcionar.
Fonte: NASA

Decodificada a origem das supernovas

Astrônomos que há muito tempo utilizam as supernovas como marcos históricos cósmicos para ajudar a medir a expansão do universo, têm agora uma resposta à pergunta do que provoca essas explosões massivas, segundo um estudo publicado na revista Nature.
supernova
© NASA/Observatório Chandra (supernova)
As supernovas, estrelas que explodem no fim de suas vidas, "são objetos cruciais para compreender o universo", explicou o principal autor do estudo, Marat Gilfanov, do Instituto Astrofísico Max Planck da Alemanha, durante a apresentação da pesquisa realizada por sua equipe. "O fato de não conhecermos seu funcionamento era um aborrecimento. Agora começamos a compreender o que acende o pavio que provoca essas explosões", disse.
Segundo a maioria dos cientistas, algumas supernovas, conhecidas como as de tipo 1a, se formam quando uma anã branca (o coração degenerado de uma estrela vermelha gigante) fica instável após superar sua massa máxima. A instabilidade pode ser resultado da fusão de duas anãs brancas ou do acréscimo, um processo pelo qual a gravidade de uma estrela absorve uma parte da matéria da outra.
Graças ao telescópio espacial norte-americano Chandra X-Ray Observatory da Nasa, Marat Gilfanov e seus amigos estudaram as supernovas de cinco galáxias elípticas assim como a da região central da galáxia Andrômeda. "Nossos resultados permitem pensar que quase todas as supernovas das galáxias que temos estudado são resultados de fusões de duas anãs brancas", destaca Akos Bogdan, do Instituto Max Planck, co-autor do estudo.
"Se as supernovas fossem produzidas por acréscimo, as galáxias seriam cerca de 50 vezes mais brilhantes sob o efeito dos raios-x, que é o que na realidade observamos", acrescentou. Serão necessários mais estudos para determinar se a fusão é também a primeira causa do surgimento das supernovas em galáxias espirais.
Fonte: Nature e AFP

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Estrelas primitivas fora da Via Láctea

Depois de anos de disfarce, as estrelas mais antigas fora da Via Láctea foram descobertas. Novas observações feitas do telescópio do ESO (Observatório do Sul Europeu) foram utilizadas para resolver um importante desafio astrofísico sobre essas estrelas primitivas em nossa vizinhança galáctica, o que é crucial para nosso entendimento referente a história das estrelas no Universo.
estrelas primitivas
© ESO
Esta abordagem permite desvendar as estrelas primitivas escondidas entre as outras. Acredita-se que as estrelas primitivas foram formadas a partir de um material forjado logo após o Big Bang, 13,7 bilhões de anos atrás. Elas normalmente têm menos de um milésimo da quantidade de elementos químicos mais pesados que o hidrogênio e hélio encontrado no Sol e são chamadas de "estrelas de metal extremamente pobre". Elas pertencem a uma das primeiras gerações de estrelas do Universo. Essas estrelas são muito raras e principalmente observadas na Via Láctea.
A equipe de astrônomos descobriu que existem diferenças sutis para distinguir a impressão digital química de uma estrela de metal pobre normal e de uma estrela de metal extremamente pobre, explicando o motivo pelo qual os métodos anteriores não conseguiam fazer a identificação. Eles confirmaram o status de diversas estrelas de metal extremamente pobre graças a um espectro muito mais detalhado obtido com o instrumento UVES no Telescópio da ESO.
"Em comparação com as impressões digitais que tínhamos antes, isso seria como se nós olhássemos a impressão digital atráves de um microscópio", explicou Vanessa Hill, membro da equipe. Infezmente apenas um pequeno número de estrelas pode ser abservado dessa maneira, pois é muito demorado", completou.
"Nosso trabalho não só revelou as primeiras estrelas da galáxia, mas também forneceu uma nova e poderosa técnica para descobrir mais estrelas", concluiu o autor do estudo Else Starkenburg. "Agora não há mais onde se esconder".
Fonte: ESO

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Imagem rara de auroras gêmeas em Saturno

O telescópio espacial Hubble da Agência Espacial Americana (Nasa) capturou o brilho das auroras gêmeas de Saturno. O fenômeno acontece em ambos os polos do planeta simultaneamente. As imagens foram capturadas durante o equinócio do planeta quando o Hubble dirigia suas lentes para os dos anéis do planeta.
aurora saturno
© NASA / ESA
As raras imagens mostram pequenas diferenças entre as auroras, com as luzes brilhantes do norte menores, porém mais intensas que as do sul. O efeito é causado pelo fato de que o campo magnético de Saturno é desigualmente distribuído por todo o planeta, sendo mais forte no polo norte.
As auroras em Saturno, como na Terra, são causadas quando partículas carregadas provenientes do Sol chegam ao campo magnético do planeta. As partículas se concentram nos polos onde o campo magnético é mais forte. O brilho de uma aurora é criado quando as partículas energéticas colidem com átomos na camada superior da atmosfera.
Um equinócio ocorre em cada um dos dois pontos na jornada de um planeta em torno do Sol, quando a luz da estrela incide perpendicularmente ao equador do planeta, resultando em dias e noites de comprimento aproximadamente igual. A órbita de Saturno produz apenas um equinócio a cada 30 anos.
Fonte: NASA, ESA e The Guardian

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Grupo brasileiro já descobriu 15 supernovas

A concepção de um programa brasileiro para busca automatizada de supernovas data de 2001, por iniciativa dos astrônomos amadores Cristóvão Jacques e Tasso Napoleão, ambos engenheiros com formação astronômica, respectivamente, na UFMG e USP. Subseqüentemente, iriam se juntar ao grupo dois outros membros - Eduardo Pimentel (em Belo Horizonte) e Carlos Colesanti (em São Paulo), formando o grupo responsável pelo projeto BRASS (Brazilian Supernovae Search), inicialmente conhecido como CEAMIG-REA Supernovae Search (CRSS). Como curiosidade, os nomes CEAMIG e REA são as siglas das duas entidades parceiras no projeto - respectivamente o "Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais", fundado em 1954, e a "Rede de Astronomia Observacional", fundada em 1988. A expressão "Supernova Search", por outro lado, é praticamente um padrão entre grupos similares no âmbito mundial. O programa BRASS passou a ser efetivo em junho de 2004, e até fins de março de 2005 já havia descoberto seis supernovas austrais (SN 2004cw, SN 2004cz, SN 2004ew, SN 2005af, SN 2005al e SN 2005aw). A última descoberta em 27 de maio de 2009 foi a supernova SN 2009ev na galáxia NGC 5026, veja sua imagem a seguir.
sn2009ev
© BRASS (supernova SN 2009ev)
As descobertas realizadas pelo projeto BRASS são:
Núm Data Supernova Galáxia IAUC Observatório
001 13/06/2004 SN2004cw ESO-184-G75 8362 Wykrota-CEAMIG
002 26/06/2004 SN2004cz ESO-407-G09 8368 Wykrota-CEAMIG
003 08/10/2004 SN2004ew ESO-153-G17 8418 CEAMIG-REA
004 08/02/2005 SN2005af NGC-4945 8482 CEAMIG-REA
005 24/02/2005 SN2005al NGC-5304 8488 CEAMIG-REA
006 24/03/2005 SN2005aw IC 4837A 8499 CEAMIG-REA
007 13/05/2005 SN2005cb NGC-6753 8530 CEAMIG-REA
008 19/06/2005 SN2005cn NGC-5061 8549 CEAMIG-REA
009 27/08/2005 SN2005dn NGC-6861 F 8589 CEAMIG-REA
010 11/01/2006 SN 2006D MCG -01-33-34 8658 CEAMIG-REA
011 18/05/2006 SN 2006ci ESO 182-010 8713 CEAMIG-REA
012 27/05/2006 SN 2006co ESO 323-G25 CBET523 CEAMIG-REA
013 18/01/2008 SN 2008m ESO 121-026 CBET1214 CEAMIG-REA
014 09/08/2008 SN 2008eu ESO 289-010 CBET1467 CEAMIG-REA
015 27/05/2009 SN 2009ev NGC 5026 CBET1814 CEAMIG-REA
Estas descobertas são de grande relevância, pois propiciam uma melhor compreensão dos fenômenos relacionados aos estágios finais da evolução estelar.
Fonte: BRASS (Brazilian Supernovae Search)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Indício de mar subterrâneo em Enceladus

A sonda Cassini enviou mais dados que reforçam as suspeitas de que a lua Enceladus, de Saturno, abriga um mar subterrâneo sob o solo gelado, segundo um estudo publicado na revista científica Icarus. Na última passagem pela Enceladus, a sonda detectou moléculas de água com carga negativa na atmosfera do satélite.
enceladus
© NASA, ESA e ASI (Enceladus)
Esse seria um forte indício da presença de água já que, na Terra, esses íons são encontrados em lugares onde existe água em movimento, como cachoeiras ou arrebentações de ondas no mar. Não há ondas em Enceladus, mas o satélite possui uma região de grande atividade perto do seu pólo sul, onde vapor de água e partículas de gelo espirram por rachaduras na superfície e são projetados para o céu a grandes altitudes.
As novas medições, feitas com o espectrômetro Cassini Plasma Spectrometer (Caps), foram feitas quando a sonda mergulhou na névoa que cerca Enceladus em um voo rasante em 2008. A Cassini já detectou sódio na névoa - um indício dos sais dissolvidos que poderia ser encontrado em qualquer massa de água em forma líquida que tenha estado em contato com rochas nas profundezas de um corpo celeste por um longo período.
"Embora a existência de água ali não seja uma surpresa, esses íons de vida curta são evidência extra de água sob a superfície", disse Coates. "E onde há água, carbono e energia, estão presentes alguns dos ingredientes mais importantes para que haja vida", acrescentou. O Caps encontrou não apenas íons de água carregados negativamente mas também indícios de hidrocarbonetos carregados negativamente.
Anteriormente, já foram identificados hidrocarbonetos carregados positivamente em Enceladus pelo espectrômetro Ion and Neutral Mass Spectrometer (INMS). O projeto Cassini é uma colaboração entre a agência espacial americana (Nasa), a agência espacial européia (ESA) e a agência espacial italiana (ASI).
Fonte: Icarus

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Imagem mostra mudança de cor em Plutão

A superfície do planeta anão Plutão fica mais vermelha de acordo com suas mudanças da estação, afirmam cientistas da Nasa. De acordo com as fotografias mais detalhadas já tiradas pelo telescópio espacial Hubble, o planeta ficou 20% mais vermelho do que costumava ser, no período entre os anos 2000 e 2002. Segundo a NASA, isso se deve a mudanças no gelo da superfície de Plutão, no momento em que o planeta iniciava uma nova translação em volta do Sol que dura 248 anos. A seguir a imagem mostra uma variação de 90° na rotação do planeta anão Plutão.
 
plutão
 
© NASA/Hubble (Plutão)
 
As novas imagens mostram nitrogênio congelado brilhando no norte do planeta, e escurecendo no sul. Essas mudanças, provavelmente, são consequência do gelo derretendo na superfície no polo iluminado pelo Sol (norte), e congelando novamente no polo oposto. As fotos do Hubble confirmam que Plutão é um planeta dinâmico, que passa por mudanças atmosféricas dramáticas, e não apenas uma bola de gelo e rocha, afirma a NASA.
 
Essas mudanças são causadas não apenas pela órbita elíptica do planeta em torno do Sol, como também pela inclinação de seu eixo. Na Terra, as mudanças de estação são causadas pela inclinação do planeta em relação ao Sol. Em Plutão as estações são assimétricas por conta de sua órbita elíptica.
Mas alguns astrônomos se mostraram surpresos com o fenômeno. "É uma surpresa ver essas mudanças tão grandes ocorrendo tão rapidamente", disse Marc Buie, do Southwest Research Institute, dos Estados Unidos.
 
Em 2006, astrônomos rebaixaram a classificação de Plutão, que deixou de ser um planeta para se tornar um planeta anão. O planeta mais distante em nosso sistema solar, e consideravelmente menor do que os outros planetas, Plutão, com diâmetro de cerca de 2.390 quilômetros, é menor do que muitas luas.
 
Mas aparentemente, a cor não representa uma mudança na temperatura do planeta anão: apesar da vermelhidão, a temperatura média da superfície continua extremamente gelada, de 233º Celsius negativos.
 
Veja o video do planeta anão Plutão em rotação, acessando o link.
 
Fonte: NASA

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Mistério da estrela que 'desaparecia' no céu

Astrônomos da Agência Espacial Americana (Nasa) encontraram a solução para um dos enigmas seculares da astronomia: a estela que desaparece a cada 27 anos. Usando o Telescópio Espacial Spitzer, eles descobriram que a nuvem de poeira que gira em torno do objeto que acompanha a estrela é a responsável por este "eclipse". As informações são da Nasa.
estrela epsilon aurigae
© NASA
A brilhante estrela Epsilon Aurigae é acompanhada por um pequeno objeto cercado por um denso disco de poeira que, a cada 27 anos, a encobre por um período de dois anos.
A descoberta aconteceu graças à visão infravermelha do Spitzer que revelou o verdadeiro tamanho do disco de poeira e da estrela que antes se acreditava ser supergigante. Em vez disso, a Epsilon Aurigae é uma estrela brilhante com muito menos massa do que se imaginava.
Fonte: NASA

Nova técnica permite examinar exoplanetas

A busca por planetas de outros sistemas solares onde possa existir vida deve ser facilitada com uma nova técnica que permite a utilização de pequenos telescópios em terra, segundo estudo publicado pela revista científica britânica Nature.
Cerca de 430 planetas que giram em torno de estrelas que não o Sol foram descobertos desde 1995, mas a maioria é de gigantes gasosos como Júpiter e não planetas rochosos como a Terra.
exoplaneta HD 189733b
© Nature (HD 189733b - concepção artísica)
Até agora, para analisar a composição química da atmosfera destes corpos celestes chamados exoplanetas, assim como buscar moléculas que mostraram presença de vida, eram necessários telescópios espaciais ou grandes telescópios em terra.
Mark Swain, da Nasa, e seus colegas americanos, britânicos e alemães utilizaram em 2007 um telescópio terrestre de três metros, com base no Havaí, para analisar a pequena radiação infravermelha emitida pelo exoplaneta HD 189733b, um gigante gasoso situado a 63 anos-luz da Terra, onde foi observado a presença de água.
Inclusive puderam observá-lo em comprimentos de onda não acessíveis para telescópios espaciais.
Graças a uma técnica que permite evitar as turbulências da atmosfera terrestre, que podem interferir na imagem dos telescópios, os cientistas descobriram a presença de metano na atmosfera deste exoplaneta.
O exoplaneta HD 189733b, tal como se vê da Terra, passa às vezes diante de sua estrela ou se eclipsa atrás dela. Os astrônomos comparam seu espectro luminoso antes e depois de cada eclipse.
"Com a nova técnica de calibração, podemos distinguir as variações da luz devido ao eclipse do planeta, variações devidas às turbulências atmosféricas e aos próprios detectores", explicou um dos autores, Jeroen Bouwman, do Instituto Max Planck para Astronomia (Alemanha), em um comunicado.
Os resultados obtidos com telescópios relativamente pequenos em terra são animadores, segundo Swain. "Isso significa que, com telescópios maiores em terra, utilizando essa técnica, será possível estudar melhor a atmosfera de planetas similares na Terra", explicou Mark Swain.
Fonte: AFP e Nature

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Imagem de possível colisão de asteroides

O telescópio espacial Hubble, da Nasa (agência espacial americana), fotografou uma imagem em forma de "X" com uma espécie de cauda, que os astrônomos acreditam que tenha sido criada pela colisão de dois asteroides.
colisão de asteroides
© NASA
O objeto, chamado P/2010 A2, foi descoberto no chamado cinturão de asteroides que fica entre Marte e Júpiter. Os pesquisadores já imaginavam que o fenômeno fosse comum nessa região do espaço, mas jamais viram isso acontecer.
O P/2010 A2 estaria a uma distância de 144 milhões de quilômetros da Terra quando foi fotografado pelo Hubble, em janeiro. Segundo a Nasa, colisões de asteroides liberam muita energia, com um impacto que ocorre a uma velocidade que é cinco vezes maior do que a de uma bala de fuzil.
Os astrônomos dizem que a órbita do P/2010 A2 pode indicar que ele pertence a um grupo de asteroides que seriam fragmentos resultantes de uma colisão ocorrida há mais de 100 milhões de anos. Um fragmento daquele fenômeno pode ter atingido a Terra há 65 milhões de anos, levando à extinção em massa de dinossauros.
Fonte: NASA e BBC Brasil

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Imagem mais nítida do centro da Via Láctea

A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta terça-feira uma nova fotografia do centro da Via Láctea, a galáxia onde está localizada a Terra. A imagem, captada pela câmera em infravermelho do telescópio espacial Hubble em conjunto com a sonda Spitzer, é a mais nítida já feita do núcleo galáctico.
centro da via láctea
© NASA
Segundo a Nasa, a foto registra também uma nova população de estrelas massivas e novas estruturas complexas de gás quente ionizado que circulam pelo local, distante a 300 anos-luz da Terra. Para os cientistas, a nova observação pode ser útil para explicar como as estrelas maciças se formam e influenciam o violento núcleo de outras galáxias.
A Nasa informou que a foto é o resultado de um mosaico com 2.304 captações de luz obtidas entre 22 de fevereiro e 5 de junho de 2008.
Fonte: NASA