terça-feira, 6 de setembro de 2011

Uma estrela do mar no céu

Na constelação da Aquila, a Águia, localiza-se uma estrela que está na fase final de sua vida e que é circundada por uma nuvem de gás e poeira que tem uma forma de uma estrela do mar.
© ESA (nebulosa protoplanetária IRAS 19024+0044)
Uma imagem espetacular desse objeto conhecido como IRAS 19024+0044 foi capturada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA e ESA.
Nebulosas protoplanetárias oferecem um breve olhar sobre como as estrelas similares ao Sol terminam suas vidas e como elas fazem a transição para uma estrela do tipo anã branca envolvida por suas nebulosas planetárias. À medida que envelhece uma estrela parecida com o Sol eventualmente expele suas camadas externas para o espaço, criando uma bela e as vezes intrigante nuvem de gás e poeira com formas estranhas ao seu redor. Num primeiro momento, ainda relativamente fria, a estrela é incapaz de ionizar esse gás, que brilha somente pela luz refletida e dispersada pela estrela. Somente quando a temperatura da estrela atinge um grau suficiente para ionizar essa nebulosa protoplanetária o padrão de gás e poeira torna-se totalmente formado por ela.
Nebulosas protoplanetárias são relativamente raras e são objetos de vida curta que fornece pistas de como as vezes as nebulosas planetárias estranhamente assimétricas são formadas. Pode-se ver claramente nessa imagem cinco lobos azuis que se estendem para fora da estrela central e dá à nebulosa essa forma de uma estrela do mar assimétrica. Enquanto os astrônomos desenvolvem teorias para a origem dessas estruturas, como as mudanças de direção dos jatos ou ejeções explosivas de matéria da estrela, sua formação ainda não é completamente entendida.
A IRAS 19024+0044 é azul em cor pois o componente azul da luz vinda da estrela é mais facilmente dispersado pelo gás e pela poeira na nebulosa, enquanto que os raios vermelhos e laranjas não são efetivamente afetados. Isso é similar ao que acontece com a luz do Sol na atmosfera da Terra, fazendo com que o céu tenha a tonalidade azul.
Fonte: ESA

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