segunda-feira, 11 de junho de 2012

Anãs marrons são mais raras no Universo

A análise de imagens do telescópio WISE (Wide-Field Infrared Survey Explorer) da NASA mostra que a quantidade de anãs marrons nas vizinhanças do Sol é inferior ao que se pensava.

anãs marrons identificadas estão circuladas

© NASA (anãs marrons identificadas estão circuladas)

Todas as anãs marrons conhecidas dentro de 26 anos-luz estão circuladas. Os círculos azuis são as anãs marrons previamente conhecidas, e os círculos vermelhos são as anãs marrons identificadas pela primeira vez pelo WISE.

A conclusão pode ter implicações nas teorias sobre a formação de estrelas. Segundo as estimativas anteriores, haveria tantas anãs marrons como estrelas de outros tipos, mas os pesquisadores dizem agora que a proporção é de apenas uma para seis estrelas normais.
As anãs marrons são consideradas estrelas falhadas e têm baixa luminosidade, pelo que foram descobertas há menos de duas décadas. Estão geralmente associadas a sistemas binários e podem ter massas de até 75 vezes a de Júpiter. A partir desse limite, há massa suficiente para ocorrer a fusão de hidrogênio no núcleo e formar uma estrela brilhante.
De acordo com a teoria, as anãs marrons estão num intervalo entre a formação de planetas gigantes e de estrelas. As novas observações podem ser insuficientes para detectar planetas algumas vezes maiores do que Júpiter e cuja proporção nesta parte da galáxia se desconhece. Nas imediações do Sol, num raio de 26 anos-luz, os cientistas da NASA calculam agora que haverá 33 anãs marrons para 211 estrelas.
As conclusões do estudo deverão ser publicadas no Astrophysical Journal. O WISE foi lançado em 2009 e é um telescópio que explora a região infravermelha do espectro eletromagnético e foi concebido para fazer imagens globais do Universo, tendo concluído a missão principal por duas vezes. Já sem o combustível para manter temperaturas muito baixas, a máquina foi entretanto reutilizada para observar objetos no Sistema Solar, principalmente no estudo de objetos no cinturão de asteroides e da zona da galáxia próxima do Sol, com destaque para a observação das anãs marrons.

Fonte: NASA

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