quarta-feira, 17 de abril de 2019

Hubble espreita aglomerado cósmico azul

Os aglomerados globulares são objetos inerentemente belos, mas o alvo desta imagem do telescópio espacial Hubble, Messier 3 (M3), é frequentemente reconhecido como um dos mais esplêndidos de todos.


© Hubble (M3)

Contendo, incrivelmente, meio milhão de estrelas, este aglomerado cósmico com 8 bilhões de anos é um dos mais brilhantes e maiores aglomerados globulares já descobertos. No entanto, o que torna o M3 ainda mais especial é a sua população incomumente grande de estrelas variáveis, que são estrelas cujo brilho flutua ao longo do tempo. Continuam a ser descobertas, até hoje, novas estrelas variáveis neste ninho estelar, mas até agora conhecemos 274, o maior número encontrado em qualquer aglomerado globular. Pelo menos 170 delas são de uma variedade especial chamada variáveis RR Lyrae, que pulsam com um período diretamente relacionado com o seu brilho intrínseco.

Se os astrônomos souberem quão brilhante uma estrela aparenta, com base na sua massa e classificação, e souberem quão brilhante parece ser do nosso ponto de vista da Terra, podem determinar a sua distância. Por esta razão, as estrelas RR Lyrae são conhecidas como "velas padrão", ou seja, objetos de luminosidade conhecida cuja distância e posição podem ser usadas para ajudar a entender mais sobre as vastas distâncias celestes e sobre a escala do cosmos.

O M3 também contém um número relativamente elevado das chamadas estrelas retardatárias azuis, que podem ser claramente vistas nesta imagem do Hubble. Estas são estrelas azuis da sequência principal que parecem ser jovens porque são mais azuis e luminosas do que as outras estrelas do grupo. Dado que se pensa que todas as estrelas nos aglomerados globulares nasceram juntas e, portanto, têm aproximadamente a mesma idade, só uma diferença na massa pode dar a estas estrelas uma cor diferente. Uma estrela vermelha e antiga pode parecer mais azul quando adquire mais massa, por exemplo, removendo-a de uma estrela próxima. A massa extra transforma-a numa estrela mais azul, o que nos faz pensar que é mais nova do que realmente é.

Fonte: ESA

Nenhum comentário:

Postar um comentário