terça-feira, 2 de julho de 2019

O eclipse solar total sul-americano

Quando a Terra e o Sol se alinham e a Lua está entre os dois astros ocorre um eclipse solar.


© NASA (campo magnético tridimensional do Sol)

Esta visualização mostra o campo magnético tridimensional do Sol durante uma rotação solar completa. Os pesquisadores da Predictive Science modelaram linhas do campo magnético solar para calcular a presença de estruturas complexas na coroa.

A sonda solar Parker explorará a coroa, uma região do Sol vista apenas da Terra quando a Lua bloqueia a face brilhante do Sol durante eclipses solares totais. A coroa solar contém as respostas para muitas das questões pendentes sobre a atividade e os processos do Sol. A fotografia abaixo foi tirada durante o eclipse solar total em 21 de agosto de 2017.


© NASA (eclipse solar total)

O eclipse solar pode ser de três tipos: total (quando a lua encobre totalmente a luz solar), parcial (apenas uma parte da iluminação é encoberta pela Lua) e anelar, quando a distância entre os astros faz a Lua se posicionar na frente do Sol, mas encobrindo apenas o centro, assim formando um anel de luz em torno da sombra da Lua que cobre o Sol. Os eclipses solares totais costumam acontecer em algum ponto do mundo a cada 18 meses, em média.

O único eclipse solar total de 2019 poderá ser observado no Chile e Argentina nesta terça-feira, 2 de julho, no que é considerado o maior evento astronômico do ano. No Brasil, teremos a mesma chance apenas em 2045. O Brasil está majoritariamente fora da área englobada pela escuridão resultante do alinhamento entre o Sol, a Lua e a Terra, mas o fenômeno poderá ser parcialmente observado, entre 5% a 60% de cobertura do Sol, em algumas regiões, com exceção do Nordeste, onde infelizmente ninguém notará que a Lua escondeu o Sol por alguns minutos.

Em São Paulo, será possível ver cerca de 27% de cobertura do Sol, cujo início do eclipse parcial ocorrerá às 17h e o máximo às 17h29, porém o Sol se põe às 17h32, antes do encerramento do eclipse parcial que será às 18h44. A cidade de Porto Alegre será a capital de estado brasileiro com melhor visibilidade, com cerca de 60% da área sombreada pela Lua.

O eclipse solar total começará no Oceano Pacífico (a leste da Nova Zelândia) às 13h55 (horário de São Paulo), percorrendo a América do Sul, do oeste para leste: passará às 16h38 (hora local) pelas regiões de Atacama, La Serena e Coquimbo (Chile); e a partir das 17h40 (hora local) pelas províncias argentinas de San Juan, Córdoba, Santa Fe e norte de Buenos Aires até perder-se no Oceano Atlântico. A velocidade média da sombra da Lua cruzando a América do Sul será de 2.735 quilômetros por hora, o que é 2,5 vezes mais rápido do que um jato supersônico.

É um fenômeno fascinante, porém, efêmero: a duração média é de dois minutos, a maior duração deverá ocorrer cerca de 1.000 quilômetros da Ilha de Páscoa (Chile), onde o dia se transformará em noite por um total de 4 minutos e 32 segundos.

Os eclipses solares, parciais ou totais, não podem ser assistidos a olho nu. Não utilize óculos escuros, chapa de raio X, binóculos e filme de câmera fotográfica analógica. Deve-se usar óculos especiais ou vidro “lente de soldador”, com coloração 14, tipo encontrado em vidraçarias e de baixo custo.

O eclipse poderá ser visto pela internet. O Observatório Europeu do Sul (ESO) vai transmitir imagens do fenômeno a partir das 16h15. A NASA em parceria com Exploratorium realizará uma transmissão a partir das 17h. Outra opção é assistir pelo canal do TimeAndDate.com no YouTube a partir das 16h.

Fonte: Cosmo Novas

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