Na Lua ocorre a existência dos picos da luz eterna onde o Sol nunca se põe. Descobertos em 1994 por uma equipe liderada por Ben Bussey, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, que estudou imagens dos polos da Lua, tiradas a partir da sonda Clementine.
© NASA/sonda indiana Chadrayaan-1 (polo norte da Lua)
Os pesquisadores produziram um filme mostrando como a iluminação sobre essas regiões lunares mudava ao longo de um mês. Eles descobriram quatro áreas na borda da cratera Peary, de 73 km de diâmetro no polo norte da Lua, que parecem permanecer iluminadas durante toda a duração do dia lunar. Ao contrário do polo sul lunar, o polo norte do astro teria picos que ficam constantemente iluminados, pelo menos durante o verão no satélite terrestre. Nesse local a variação de temperatura ao longo do dia seria de apenas 20ºC, algo bem mais fácil de enfrentar do que as variações de até 250ºC da zona equatorial.
O eixo de rotação da Lua tem um desvio de cerca de 1,5 grau com relação à órbita da Terra ao redor do Sol. Como consequência, a Lua possui curtas mas perceptíveis estações e uma exposição acentuada à luz do Sol em seus polos. O ângulo do eixo de rotação lunar leva à existência de alguns pontos dentro das crateras que nunca recebem luz. Mas os cientistas vinham se perguntando há tempos se existem, nas bordas das crateras, áreas onde é possíve avistar o Sol todo o tempo. Pensava-se que não houvesse nenhum ponto assim na superfície lunar, embora alguns estudos já tivessem identificado regiões polares que permaneciam iluminadas 95% do tempo.
A descoberta de um ponto sempre iluminado faz do polo norte lunar uma região com forte potencial para exploração e para a instalação da primeira base humana permanente na superfície da Lua.
Fonte: Cosmonovas
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