No ano passado, astrônomos notaram que um asteroide, chamado (596) Scheila, estava apresentando um brilho repentino e algumas emanações ligeiras, semelhantes aos jatos emitidos pelos cometas.
© NASA (imagem em ultravioleta e visível do asteroide Scheila)
Agora, dados dos telescópios espaciais Hubble e Swift mostraram que esse comportamento inesperado ocorreu porque o Scheila foi atingido por um asteroide até então desconhecido, mas muito menor. O asteroide Scheila, que mede pouco mais de 113 quilômetros de diâmetro, foi descoberto em 1906. Ele tem aproximadamente 70 km de diâmetro e orbita o Sol a cada cinco anos.
"As colisões de asteroides produzem fragmentos de rochas, de gigantescos blocos até uma fina poeira, que acabam se chocando com os planetas e suas luas," explica Dennis Bodewits, astrônoma da Universidade de Maryland, que analisou as imagens do telescópio Swift. "Mesmo sendo comuns, esta é a primeira vez que fomos capazes de observar uma colisão poucas semanas depois do impacto, antes que as evidências se dissipassem."
© NASA (asteroide Scheila circundado por uma nuvem de partículas)
"Os dados do Hubble podem ser explicados por um impacto, a 18.000 km/h, com um asteroide desconhecido medindo cerca de 30 metros de diâmetro," afirmou David Jewitt, cientista da Universidade da Califórnia, que analisou o outro conjunto de dados.
Foi o Hubble que detectou a primeira colisão entre asteroides em 2009, que produziu um rastro espetacular em forma de X.
Os astrônomos calculam que o impacto ocorreu em um ângulo de 30 graus, criando uma cratera de 300 metros de diâmetro no asteroide Scheila, o que arremessou para o espaço cerca de 660.000 toneladas de detritos.
Isto é 10.000 vezes mais do que o material ejetado quando a sonda Impacto Profundo chocou-se contra o cometa Tempel 1.
Fonte: Astrophysical Journal Letters
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