O planeta Terra não está sozinho em sua viagem ao redor do Sol. Uma pesquisa publicada no periódico científico Nature mostra que um asteroide acompanha o planeta, fazendo a mesma órbita em torno do Sol.
© NASA (ilustração da trajetória do asteroide 2010 TK7)
Esse tipo de corpo celeste é chamado de asteroide troiano. “Há cerca de 20 anos esperávamos encontar asteróides troianos da Terra, desde que um asteróide semelhante foi achado em Marte”, afirmou Martin Connors, da Universidade de Athabasca, no Canadá.
O 2010 TK7, seu nome oficial, inclusive está acompanhando o nosso planeta há cerca de 10 mil anos.
O 2010 TK7, seu nome oficial, inclusive está acompanhando o nosso planeta há cerca de 10 mil anos.
O asteroide tem aproximadamente 300 metros de diâmetro. Ele tem uma órbita pouco comum que traça um movimento complexo próximo do ponto estável no plano de órbita da Terra, embora o asteroide também se mova acima e abaixo desse plano. O objeto está a aproximadamente 80 milhões de quilômetros da Terra. A órbita do asteroide é bem definida e pelo menos nos próximos 100 anos, ele não chegará a uma distância inferior a 24 milhões de quilômetros da Terra.
Olhando da superfície da Terra, os asteroides troianos da Terra estão geralmente perto do Sol e podem ser vistos apenas por um curto período de tempo, perto do nascer ou pôr do astro. Além disso, o céu é um lugar muito grande para se procurar por um objeto pequeno. Logo, com a competição pelo uso dos grandes telescópios e o tempo limitado para enxergá-lo, é difícil realizar uma busca satisfatória.
A descoberta foi feita com a ajuda da sonda espacial WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) lançada no final de 2009 pela NASA. Segundo os pesquisadores é provável que haja outros asteroides troianos em torno da Terra.
A existência de pequenos corpos celestes na mesma órbita de um planeta foi prevista em 1772 pelo matemático francês Joseph-Louis Lagrange. Segundo ele, um desses corpos que estivesse sessenta graus à frente ou atrás do planeta ficaria permanentemente nesta região – no caso da Terra, o 2010 TK7 está à frente.
Demorou, no entanto, mais de dois séculos para que o primeiro asteróide troiano fosse encontrado na órbita de Júpiter pelo astrônomo alemão Max Wolf. “Havia o hábito de batizar corpos celestes com nomes da história clássica então este ganhou o nome de Aquiles. Quando dois outros asteroides similares foram rapidamente encontrados eles foram batizados de Pátroclo (primo de Aquiles) e Heitor (o troiano que matou Aquiles). Depois disso nomes relacionadas à guerra de Tróia passaram a ser usados para este tipo de asteróide”, explicou Connors. Atualmente os astrônomos sabem da existência de asteróides troianos em torno de Júpiter, Netuno e Marte.
Fonte: Nature
A descoberta foi feita com a ajuda da sonda espacial WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) lançada no final de 2009 pela NASA. Segundo os pesquisadores é provável que haja outros asteroides troianos em torno da Terra.
A existência de pequenos corpos celestes na mesma órbita de um planeta foi prevista em 1772 pelo matemático francês Joseph-Louis Lagrange. Segundo ele, um desses corpos que estivesse sessenta graus à frente ou atrás do planeta ficaria permanentemente nesta região – no caso da Terra, o 2010 TK7 está à frente.
Demorou, no entanto, mais de dois séculos para que o primeiro asteróide troiano fosse encontrado na órbita de Júpiter pelo astrônomo alemão Max Wolf. “Havia o hábito de batizar corpos celestes com nomes da história clássica então este ganhou o nome de Aquiles. Quando dois outros asteroides similares foram rapidamente encontrados eles foram batizados de Pátroclo (primo de Aquiles) e Heitor (o troiano que matou Aquiles). Depois disso nomes relacionadas à guerra de Tróia passaram a ser usados para este tipo de asteróide”, explicou Connors. Atualmente os astrônomos sabem da existência de asteróides troianos em torno de Júpiter, Netuno e Marte.
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