Para observar dentro ou através de uma espessa nuvem escura no espaço, utiliza-se os dados obtidos no comprimento de onda do infravermelho.
Contudo, nessa imagem infravermelha do WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) da NASA, nós podemos ver que essas nuvens são tão frias e tão espessas que mesmo a radiação infravermelha não pode penetrá-las. As áreas pretas nessa imagem, são chamadas de Nuvens Escuras Infravermelhas (do inglês IRDCs), são núcleos de nuvens excepcionalmente frios, densos que possuem suas silhuetas contra o brilho difuso infravermelho do plano da Via Láctea.
Se essa mesma região do céu fosse observada através de um telescópio comum seria visto um mar de estrelas juntas. É possível notar pequenos pedaços de escuridão que parecem bloquear as estrelas que estão atrás. Mas, essas belas nuvens coloridas em verde, amarelo e vermelho, como aparecem nessa imagem do WISE, só podem ser observadas em infravermelho. De fato, os lugares com porções escuras, são provavelmente os lugares onde o WISE observa nuvens brilhantes em infravermelho.
Contudo, o mesmo efeito básico de escurecimento está acontecendo até mesmo nas imagens infravermelhas. As áreas escuras aqui são locais onde o gás está extremamente compactado e frio, de modo que ele é opaco até mesmo nos comprimentos de onda do infravermelho que são observados pelo WISE. Para ver o brilho dessas regiões é necessário observá-las em comprimentos de onda ainda mais longos.
As IRDCs são tão densas que da região central delas não será possível ver as galáxias e suas estrelas, existe somente escuridão. A densidade dessas nuvens é alta o suficiente para levar a formação de novas estrelas e planetas.
Fonte: NASA
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