Uma nova teoria foi proposta para explicação da existência da espessa crosta no lado oculto da Lua e para a concentração de vulcanismo no lado visível.
© Jutzi & Asphaug (sequência do impacto da Lua irmã)
A imagem acima mostra a sequência proposta de imapacto e a imagem abaixo exibe a camada adicional (cor cinza) gerada pela colisão da Lua irmã e magma na região do impacto concentrado (cor amarela).
© Jutzi & Asphaug (consequência do impacto da Lua irmã)
Jutzi e Asphaug propuseram que a nossa Lua não foi o único corpo significante que se formou por meio de uma gigantesca explosão no final do processo de crescimento da Terra. Uma irmã da Lua com aproximadamente 1.200 km de diâmetro foi inicialmente apreendida em uma órbita Troiana mas finalmente se colidiu com a Lua a aproximadamente 4,4 bilhões de anos atrás. Com base em uma sofisticada modelagem numérica (rastreando algo em torno de 2,5 milhões de partículas), eles determinaram que a colisão teria acontecido a uma baixa velocidade, ou seja, uma velocidade menor do que aquela experimentada pelos corpos que atingem a Lua, esse objeto irmão da Lua seria achatado e se dobrou ao redor de um lado da Lua. Isso teria espessado a crosta no lado que sofreu o impacto, lado esse que agora é conhecido como lado oculto, ou escuro da Lua. Os autores especulam que durante os 100 milhões de anos entre a formação da nossa Lua e o impacto desse objeto, o oceano de magma que existia na Lua formou uma crosta e só permaneceu derretido numa camada sob uma crosta de 20 km de espessura. O impacto é proposto como a causa da geração do restante do oceano de magma que foi espremido do lado oposto ao impacto e ali se concentrando, fornecendo o calor e a concentração de KREEP (“K” para potássio, “REE” para elementos de terras raras e “P” para fósforo) que foi capaz de gerar bilhões de anos de espasmos responsáveis pelo vulcanismo no lado visível da Lua, vulcanismo esse que então criou os mares da Lua. A ideia está ainda nos primeiros estágios de desenvolvimento, o estado de resfriamento da Lua e a possível transferência do oceano de magma para o hemisfério oposto estão ainda no campo das especulações. A ideia é um novo pensamento para explicar um velho problema, as diferenças existentes entre o lado escuro e o lado visível da Lua.
Fonte: Nature
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