Astrônomos suspeitam que algumas estrelas muito velhas são mantidas coesas pela sua altíssima velocidade. Tão logo elas diminuam de velocidade, essas "bombas-relógio" cósmicas explodirão como supernovas.
© CfA/David A. Aguilar (ilustração de uma bomba relógio cósmica)
Essas estrelas, são as anãs-brancas, estrelas muito velhas que consumiram todo o seu combustível, não sustentando mais a fusão nuclear.
Quando elas se tornam maciças demais, explodem, criando as chamadas supernovas tipo Ia.
Há duas possibilidades para que isso aconteça: uma anã-branca rouba matéria de outra estrela vizinha ou duas anãs-brancas colidem.
Enquanto a primeira possibilidade parece estatisticamente muito mais provável, se ela fosse verdadeira deveríamos encontrar um monte de hidrogênio e gás nas proximidades das supernovas, vindo do que sobrou da outra estrela - mas até hoje os astrônomos não encontraram nada.
A nova teoria é que é a velocidade que determina quando uma anã-branca explode.
Conforme a anã-branca ganha massa, ela também ganha momento angular, o que aumenta sua velocidade. Se ela girar rápido o suficiente, seu giro pode ajudar a sustentá-la até que ela atinja a chamada massa de Chandrasekhar (1,4 vez a massa do Sol), que se acredita ser a massa necessária para que a anã-branca colapse sob seu próprio peso e exploda.
Quando ela suga toda a matéria ao seu redor, a anã-branca vai começar a diminuir de velocidade. Eventualmente, o giro não será mais suficiente para contrabalançar sua gravidade. Nesse momento ela explode criando uma supernova Ia.
Os astrônomos calculam que surjam três supernovas Ia na Via Láctea a cada 1.000 anos. Se uma super anã-branca leva milhões de anos para diminuir de velocidade e explodir, então os cálculos sugerem que pode haver dúzias dessas iminentes supernovas em um raio de alguns milhares de anos-luz em torno da Terra, e muitas mais pela galáxia toda.
Os precursores de supernova são difíceis de serem detectados. No entanto, pesquisas realizadas nas instalações do Pan-STARRS e no Large Synoptic Survey Telescope deverão ser capazes de identificá-los.
Fonte: The Astrophysical Journal
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