No centro de um rico aglomerado de galáxias localizado na direção da constelação de Coma Berenices, localiza-se uma galáxia que é envolta por um enxame de aglomerados de estrelas.
© Hubble (galáxia NGC 4874)
A NGC 4874 é uma galáxia elíptica gigante, que tem aproximadamente 10 vezes o tamanho da Via Láctea e localiza-se no centro do Aglomerado de Galáxias da Coma. Com sua força gravitacional ela é capaz de manter mais de 30.000 aglomerados globulares de estrelas, mais do que qualquer outra galáxia conhecida, além de manter algumas galáxias anãs também sob seu campo gravitacional.
Nessa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble, a NGC 4874 é o objeto mais brilhante, localizada à direita do quadro e é caracterizada por parecer uma estrela no centro envolta por um halo nebuloso. Algumas outras galáxias que fazem parte do aglomerado também são visíveis na imagem. Mas o que tem de mais impressionante mesmo nessa imagem são os objetos pontuais ao redor da NGC 4874, quando a imagem é ampliada esses pontos são estudados em detalhe o que se vê é que eles são aglomerados de estrelas que pertencem à galáxia. Cada um desses aglomerados globulares de estrelas contêm centenas de milhares de estrelas.
Recentemente, os astrônomos descobriram que alguns desses objetos pontuais não são aglomerados de estrelas mas sim galáxias anãs super compactas, que também estão sob a influência gravitacional da NGC 4874. Com apenas 200 anos-luz de diâmetro e feitas na sua maioria de estrelas antigas, essas galáxias lembram versões maiores e mais brilhantes dos aglomerados globulares. Acredita-se que elas sejam núcleos de pequenas galáxias elípticas que, devido a violentas interações com outras galáxias no aglomerado, perderam seu gás e as estrelas ao redor.
Essa imagem do Hubble também mostra muitas outras galáxias distantes que não pertencem a esse aglomerado, e que são vistas como pequenas acumulações no plano de fundo da imagem. Enquanto que as galáxias no Aglomerado da Coma estão localizadas a aproximadamente 350 milhões de anos-luz de distância, esses outros objetos estão muito mais distantes. Sua luz deve ter viajado centenas de milhões a bilhões de anos-luz até chegar até nossos olhos.
Fonte: ESA
Nenhum comentário:
Postar um comentário