Um planeta que ainda não pode ser visto da Terra foi detectado pela sonda Kepler.
© David A. Aguilar (ilustração do exoplaneta Kepler-19c)
Chamado de Kepler-19c, o recém-descoberto planeta é vizinho do Kepler-19b e foi achado graças à órbita irregular dele.
Os cientistas observaram que a movimentação do planeta ocorria ora mais rápido, ora mais devagar, e concluiram que esta translação incomum estaria relacionado com a presença de outro planeta, mesmo que ele ainda não possa ser visto.
A astrônoma Sarah Ballard, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, afirmou que este planeta invisível foi achado em função da influência exercida sobre o outro, já conhecido. Sarah é a autora do estudo, que foi aceito para publicação no Astrophysical Journal.
O Kepler-19b orbita a estrela Kepler 19, que está a 650 anos-luz da Terra, na constelação de Lyra. Porém, em relação ao novo planeta, faltam informações.
Até agora os astrônomos não sabem detalhes sobre o "mundo invisível" chamado Kepler-19c, afirmando apenas que ele existe. A sonda Kepler não detectou que o planeta transite a estrela, o que sugere que sua órbita esteja inclinada em relação a Kepler-19b.
O Kepler-19c, de acordo com os dados obtidos, poderia ser um planeta rochoso em uma órbita circular de 5 dias ou um planeta gasoso gigante em uma órbita oblonga de 100 dias.
Se Kepler-19b estivesse sozinho, realizaria a translação regularmente. Contudo, a aceleração ou atraso deste trânsito mostra qua existe a interferência de um outro corpo.
O planeta Netuno foi descoberto de forma semelhante. Astrônomos que rastreavam Urano notaram que sua órbita não correspondia às previsões. Eles perceberam que um planeta mais distante poderia interferir o deslocamento de Urano e calcularam o local esperado, e em seguida, Netuno foi encontrado por telescópios na posição prevista.
A sonda Kepler, responsável pela descoberta, continuará a acompanhar Kepler-19 ao longo de sua missão. Os dados ajudarão a conhecer a órbita de Kepler-19c.
Fonte: Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics
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