Cientistas descobriram as supernovas mais distantes e antigas encontradas até hoje.
© Universidade Swinburne (ilustração de uma supernova explodindo)
Elas teriam acontecido há mais de 10 bilhões de anos, quando o Universo era muito mais jovem e tinha cerca de 25% da idade atual. “A luz dessas supernovas contêm informações detalhadas sobre a infância do Universo, de um tempo quando as primeiras estrelas ainda estavam se condensando a partir do hidrogênio e hélio formados pelo Big Bang”, diz Jeffrey Cooke, astrofísico da Universidade de Tecnologia de Swinburne, na Austrália, e um dos autores do estudo.
As duas supernovas, identificadas como SN2213 e SN1000+2016, foram descobertas em imagens obtidas por meio do telescópio Legacy Canadá-França-Havaí, localizado no Havaí. Elas pertencem a uma categoria conhecida como supernova de instabilidade de par, que só foi descoberta recentemente e é extremamente rara no Universo próximo à Terra.
Esse tipo de supernova é de dez a centenas de vezes mais luminosa que as comuns. Sua origem ainda não é completamente entendida pelos astrônomos, mas eles sabem que elas surgem a partir de explosões nucleares em estrelas supermassivas, com massas de 150 a 300 vezes maiores que a do Sol, e com pouco metal em sua composição. Esse tipo de estrela era muito mais comum no início do Universo, quando a maior parte do metal ainda não havia sido formado.
Segundo os pesquisadores, essa descoberta deve ajudar a entender o comportamento e a morte da primeira geração de estrelas após o Big Bang.
Fonte: Nature
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