Novas análises do remanescente de uma supernova, denominada W49B, mostram que o mais jovem buraco negro formado na Via Láctea pode estar escondido por lá.
© NASA (remanescente de supernova W49B)
Pesquisadores acreditam que o remanescente surgiu de uma explosão rara. As explosões de supernova que destroem estrelas massivas geralmente são simétricas, com o material estelar sendo expelido de maneira mais ou menos igual em todas as direções. Contudo, no caso de W49B, a matéria da estrela foi ejetada a velocidades mais elevadas ao longo dos pólos do que do equador, o que originou sua forma alongada e elíptica.
Na maioria das vezes, estrelas massivas que explodem em supernovas originam um denso núcleo em rotação chamado de estrela de nêutrons. Essas estrelas podem ser detectadas a partir de raio-X ou pulsos de rádio. Uma nova análise dos dados do observatório de raios X Chandra da NASA não revelou evidências de uma estrela de nêutrons. Isso implica a existência de outro material que pode ter se formado na explosão, como um buraco negro.
A imagem acima do W49B combina dados de raios X obtidos pelo Chandra (em azul e verde), dados de ondas de rádio do Very Large Array do NSF (em rosa) e dados infravermelhos do observatório Palomar do Caltech (em amarelo).
O resquício de supernova tem aproximadamente mil anos de idade visto da Terra (ou seja, não incluindo o tempo de viagem da luz). É praticamente muito jovem, num Universo que se pensa ter 13,7 bilhões de anos. O W48B se encontra relativamente próximo de nosso planeta, a uma distância de cerca de 26 mil anos-luz.
Outro remanescente de supernova conhecido em nossa galáxia é o SS433. Acredita-se que o objeto contém um buraco negro, mas muito mais velho que o W49B, com idade entre 17 mil e 21 mil anos. Tanto a ausência de um núcleo estelar em rotação, como o material em torno do corpo celeste, podem indicar a presença de buracos negros.
Fonte: NASA
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