Esta nova imagem do Telescópio de Rastreio do VLT (VST), instalado no Observatório do Paranal do ESO, mostra o super enxame estelar Westerlund 1.
© ESO (Westerlund 1)
Este enxame excepcionalmente brilhante situa-se a cerca de 16.000 anos-luz de distância da Terra na constelação austral do Altar. O enxame contém centenas de estrelas muito brilhantes de elevada massa, todas com uma idade de apenas alguns milhões de anos. No entanto, torna-se difícil observar este enxame devido ao gás e poeira que impedem que a maior parte da radiação visível emitida pelas estrelas chegue até à Terra.
Agora, ao estudarem imagens do Westerlund 1 com o auxílio de um novo rastreio do céu austral, os astrônomos descobriram algo inesperado neste enxame. Em torno de uma das estrelas, uma supergigante vermelha chamada W26 e possivelmente a maior estrela que se conhece, descobriram nuvens de hidrogênio brilhante, as quais aparecem nesta nova imagem em verde.
Tais nuvens brilhantes em torno de estrelas de elevada massa são muito raras, sendo ainda mais raro aparecerem em torno de uma supergigante vermelha, esta é a primeira nebulosa ionizada descoberta em torno de um tal tipo de estrelas. A W26 propriamente dita deverá ser fria demais para fazer com que o gás brilhe, por isso os astrônomos suspeitam que a fonte de radiação ionizante seja, ou estrelas quentes azuis situadas noutra zona do enxame ou uma estrela mais tênue mas muito mais quente, companheira da W26.
A W26 irá eventualmente explodir sob a forma de supernova. A nebulosa que a rodeia é muito semelhante à nebulosa que circunda a SN1987A, os restos de uma estrela que explodiu sob a forma de supernova em 1987. Pensa-se que esta nebulosa circundava a estrela progenitora da SN1987A antes desta ter explodido sob a forma de supernova. A SN1987A foi a supernova que se observou mais próxima da Terra desde 1604, tendo dado por isso aos astrônomos a oportunidade de explorar as propriedades destas explosões. Estudar objetos como esta nova nebulosa em torno da W26 ajudará a compreender os processos de perda de massa em torno de estrelas de elevada massa, os quais levam eventualmente ao seu fim explosivo.
Fonte: ESO
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