Tirada dos céus brasileiros nas noites de 13,14,15 de fevereiro de 2021, com 960 minutos de tempo total de exposição, a Nebulosa da Galinha Fugitiva encontra-se entre duas vistas famosas: o Cruzeiro do Sul e a Nebulosa da Carina.
© C. Fairbairn/M. Germiniani/G. R. Santos (IC 2944)
Ao longo desta imagem a Nebulosa da Galinha Fugitiva, também conhecida por IC 2944, mostra toda a sua complexidade e tantos tons de vermelho. Emissões de hidrogênio alfa (H-Alpha) deslumbrantes.
Ela está localizada a cerca de 6.500 anos-luz de distância em Centaurus. Os glóbulos escuros no centro da imagem são chamados de glóbulos de Thackeray, em homenagem ao astrônomo sul-africano Andrew David Thackeray, que os observou pela primeira vez em 1950.
Estas regiões, quando vistas através de telescópios infravermelhos, revelam um berçário estelar, ou seja, uma região de formação de estrelas. Um olhar mais atento mostra que os glóbulos escuros maiores são formados por duas partes separadas, mas sobrepostas, dando a impressão de serem uma. Estas duas nuvens juntas têm uma massa equivalente a 15 vezes a massa do Sol!
Os glóbulos parecem estar fraturados devido ao ambiente hostil em que estão imersos. Uma vez que estrelas jovens e quentes energizam e aquecem a nebulosa de emissão, os glóbulos são dissipados, evitando que se contraiam e se tornem estrelas massivas.
Esta notável paisagem celestial se espalha por um campo estimado de 60.000 anos-luz.
A imagem final é o resultado de um mosaico de quatro painéis, obtida pelos astrônomos Carlos `Kiko` Fairbairn, Maicon Germiniani e Gabriel R. Santos, em Serra Alta, Santa Catarina (SC) Brasil.
Fonte: Amateur Astronomy Photo of the Day
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