Situada a cerca de 70 milhões de anos-luz de distância da Terra na direção da constelação do Grou, encontra-se a galáxia espiral NGC 7582, que abriga no seu centro um buraco negro supermassivo.
© ESO/VLT (NGC 7582)
Estas imagens foram obtidas com o auxílio do instrumento MUSE montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO como parte de um estudo que pretende descobrir o efeito de um buraco negro ativo na formação estelar na galáxia.
Esta galáxia possui um núcleo galáctico ativo (AGN, sigla do inglês), um motor central extremamente energético alimentado por um buraco negro supermassivo que "engole" matéria da sua vizinhança imediata.
Este processo aquece a matéria, ejetando enormes quantidades de energia e ventos poderosos para a região que o circunda. No entanto, que efeito terá este processo na galáxia como um todo?
Para o descobrir, um estudo recente, liderado por Stéphanie Juneau do NOIRLab nos EUA, analisou a distribuição de diferentes elementos ionizados na NGC 7582. A imagem da direita mostra oxigênio, nitrogênio e hidrogênio em azul, verde e vermelho, respectivamente. As áreas vermelhas brilhantes são regiões de intensa atividade de formação estelar, enquanto as regiões dominadas por azul mostram o material em forma de cone fluindo para fora do AGN. A imagem da esquerda, que cobre a mesma região, mostra uma vista mais clássica desta galáxia, com correntes de poeira obscurecendo o azul e laranja da luz das estrelas.
O MUSE permitiu também à equipe mapear o movimento das estrelas e do gás. Os cientistas descobriram que a galáxia NGC 7582 pode ter uma estrutura em torno de seu buraco negro supermassivo central que protege o resto da galáxia do forte fluxo de energia proveniente do AGN, desviando-o dele na forma de um vento extremamente poderoso.
Fonte: ESO
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