Utilizando dados do TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) da NASA, os cientistas identificaram um mundo de tamanho semelhante à Terra, chamado TOI 700 e, em órbita dentro da zona habitável da sua estrela, ou seja, a gama de distâncias onde poderá existir água líquida à superfície de um planeta.
© NASA / Robert Hurt (ilustração do exoplaneta TOI 700 e)
O exoplaneta tem 95% do tamanho da Terra e é provavelmente rochoso. Os astrônomos já tinham descoberto anteriormente três planetas neste sistema, chamados TOI 700 b, c e d. O planeta d também orbita na zona habitável. Mas os cientistas precisaram de um ano adicional de observações para descobrir TOI 700 e.
Este é um dos poucos sistemas conhecidos com múltiplos planetas na zona habitável. O exoplaneta TOI 700 e é cerca de 10% menor do que o exoplaneta d. A TOI 700 é uma pequena e fria estrela anã M localizada a cerca de 100 anos-luz de distância na direção da constelação do hemisfério sul de Dourado.
Em 2020, os astrônomos anunciaram a descoberta do planeta d, de tamanho semelhante à Terra, na zona habitável, que se encontra numa órbita de 37 dias, juntamente com outros dois mundos. O exoplaneta mais interior, o TOI 700 b, tem cerca de 90% do tamanho da Terra e orbita a estrela a cada 10 dias. O TOI 700 c é mais de 2,5 vezes maior do que a Terra e completa uma órbita a cada 16 dias.
Os exoplanetas têm provavelmente bloqueio de marés, o que significa que giram apenas uma vez por órbita, de modo que um lado está sempre virado para a estrela, tal como a Lua tem sempre a mesma face virada para a Terra.
O TESS monitora grandes faixas do céu durante aproximadamente 27 dias de cada vez. Estes longos olhares permitem com que o satélite acompanhe as mudanças de luminosidade estelar provocadas pela travessia do planeta em frente da sua estrela, um acontecimento chamado trânsito. A missão utilizou esta estratégia para observar o céu do hemisfério sul a partir de 2018, antes de se virar para o céu do hemisfério norte. Em 2020, regressou ao céu do sul para observações adicionais. O ano suplementar de dados permitiu à equipe refinar as dimensões originais dos planetas, que são cerca de 10% menores do que os cálculos iniciais.
A descoberta de outros sistemas com mundos semelhantes à Terra, nesta região, ajuda os cientistas planetários a aprender mais sobre a história do nosso próprio Sistema Solar. O estudo de acompanhamento do sistema TOI 700, com observatórios terrestres e espaciais, está em curso, e pode fornecer mais informações sobre este raro sistema.
Um artigo sobre o exoplaneta recentemente descoberto foi aceito para publicação no periódico The Astrophysical Journal Letters.
Fonte: Michigan State University
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