A colisão de duas galáxias a 500 milhões de anos-luz da Terra está provocando uma explosão na formação de novas estrelas, revela imagem em infravermelho feita pelo observatório espacial Spitzer, da Nasa. O berçário está escondido por trás de densas nuvens de poeira e gás e, por isso, as novas estrelas quase não são perceptíveis em luz visível.
© Spitzer/Hubble (galáxia II ZW 096 no infravermelho e visível)
O processo de formação de estrelas no objeto II Zw 096, é um dos mais luminosos já observados fora do centro de galáxias. Ele brilha cerca de 10 vezes mais do que outro do tipo identificado anteriormente, também de uma colisão galáctica conhecida como Galáxia das Antenas. A descoberta mostra que a fusão de galáxias pode estimular a criação de estrelas bem longe do centro destes fenômenos, onde o gás e poeira que as constituem costumam se concentrar.
As emissões em infravermelho desta explosão dominam o objeto e rivalizam com as das galáxias mais luminosas que observamos relativamente próximas a nossa vizinhança cósmica, a Via Láctea.
A região ultrabrilhante do II Zw 096 tem aproximadamente 700 anos-luz de extensão, um pedaço pequeno dos cerca de 60 mil anos-luz de diâmetro do objeto. Apesar disso, ela emite 80% da luz infravermelha gerada por ele. De acordo com os dados do Spitzer, a geração de novas estrelas atinge o ritmo de 100 massas solares anuais e pode servir de modelo para o futuro da própria Via Láctea, que dentro de 4,5 bilhões de anos deverá se chocar com sua maior vizinha, a Galáxia de Andrômeda.
Fonte: The Astronomical Journal
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