Uma equipe internacional chefiada por astrônomos chilenos descobriu um sistema estelar único e exótico, de um tipo totalmente desconhecido até agora.
© ScienceDaily (ilustração do binário anã T e anã branca)
O sistema é formado por uma estrela muito fria, rica em metano, chamada anã T, e uma anã branca, uma em órbita ao redor da outra. Os objetos são catalogados como LSPM 1459+0857 A e B. Esse sistema possibilita descobrir a massa e a idade dessa velhíssima estrela de metano.
O metano é uma molécula frágil, rapidamente destruída em temperaturas mais altas. Assim, ele só é visto em estrelas muitas frias e em planetas gigantes, como Júpiter.
As anãs de metano estão na fronteira entre as estrelas e os planetas, com temperaturas tipicamente inferiores a 1000 graus Celsius, a superfície do Sol atinge 5.500 graus Celsius.
Nem planetas gigantes e nem estrelas anãs T são grandes o suficiente para iniciar a fusão do hidrogênio que alimenta o Sol e outras estrelas, o que significa que elas simplesmente esfriam e desaparecem num tempo muito longo.
O novo binário estelar representa uma oportunidade única para o nosso conhecimento da física das atmosferas estelares ultrafrias seja testado, porque a anã branca pode ser usada para calcular a idade dos dois objetos.
As anãs brancas representam o estado final das estrelas semelhantes ao Sol. Quando essas estrelas esgotam o combustível de hidrogênio disponível em seu núcleo, eles expelem a maior parte de suas camadas exteriores para o espaço, formando uma nebulosa planetária e deixando para trás um núcleo pequeno, denso e quente, mas em processo de resfriamento, caracterizando uma anã branca.
Para o nosso Sol, esse processo começará daqui a cerca de 5 bilhões de anos.
Fonte: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
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