O que está criando a estrutura nas caudas do cometa NEOWISE?
© Zixuan Lin (cometa NEOWISE)
O cometa C/2020 F3 (NEOWISE) foi detectado pela primeira vez em 27 de março de 2020 pela sonda WISE (Near-Earth Object Wide-field Infrared Survey Explorer).
Das duas caudas evidentes, a cauda de íon azul à esquerda aponta diretamente para longe do Sol e é empurrada para fora pelo vento solar fluindo e carregado. A estrutura na cauda iônica vem de diferentes taxas de íons expelidos do núcleo do cometa, bem como da estrutura sempre complexa e em constante mudança do vento emanado pelo Sol.
Das duas caudas evidentes, a cauda de íon azul à esquerda aponta diretamente para longe do Sol e é empurrada para fora pelo vento solar fluindo e carregado. A estrutura na cauda iônica vem de diferentes taxas de íons expelidos do núcleo do cometa, bem como da estrutura sempre complexa e em constante mudança do vento emanado pelo Sol.
O mais incomum no cometa NEOWISE, no entanto, é a estrutura ondulada de sua cauda de poeira. Essa cauda de poeira é empurrada para fora pela luz solar, gerando uma curvatura que segue a trajetória do cometa, sendo que partículas de poeira mais pesadas são mais capazes de resistir a essa pressão da luz e continuar ao longo de uma órbita solar.
As impressionantes estrias da cauda de poeira do cometa NEOWISE ainda não estão totalmente esclarecidas, mas provavelmente estão relacionadas a correntes rotativas de grãos areia refletora da luz solar liberadas pelo derretimento do gelo durante a sublimação em seu núcleo de 5 quilômetros de diâmetro. O conjunto de 40 imagens em destaque, digitalmente aprimorado, foi captado três dias atrás nos céus escuros do deserto de Gobi, na Mongólia Interior, na China.
O cometa NEOWISE tem a aparência visual do cometa Hale-Bopp que passou em 1997.
O cometa NEOWISE tem a aparência visual do cometa Hale-Bopp que passou em 1997.
Em 3 de julho de 2020 o cometa NEOWISE passou pelo periélio, a distância do cometa mais próxima do Sol, cuja distância era aproximadamente de 0,29 UA (Unidades Astronômicas) ou 43 milhões de km. O cometa fará a passagem mais próxima da Terra amanhã, à medida que se afasta do Sol, numa distância de 0,69 UA ou 103 milhões de km.
O cometa já está sendo visto no Brasil ao anoitecer do lado direito após o poente solar brilhando próximo da 4ª magnitude e situado na constelação de Ursa Maior. O cometa poderá ser visto a olho nu, mas é necessário ficar longe da poluição luminosa e será mais favorável a visualização com auxílio de um binóculo (10x50). O cometa até ao final do mês de julho ficará mais alto no céu, porém sua magnitude diminuirá a cada dia à medida que se afasta da Terra.
Outras informações acesse o blog Cometas.
Fonte: NASA
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