terça-feira, 8 de agosto de 2017

Próximo alvo da New Horizons acaba de ficar muito mais interessante

Será que o próximo alvo da sonda New Horizons da NASA é na realidade dois alvos?

ilustração do objeto 2014 MU69 do Cinturão de Kuiper

© NASA/JHUAPL/SwRI/Alex Parker (ilustração do objeto 2014 MU69 do Cinturão de Kuiper)

Os cientistas da New Horizons procuram responder a esta pergunta enquanto analisam novos dados do distante objeto 2014 MU69 do Cinturão de Kuiper, objeto este que a nave espacial vai visitar no dia 1 de janeiro de 2019. Este voo rasante será o mais distante da história da exploração espacial, a mais de um bilhão de quilômetros além de Plutão.

Esta relíquia do Sistema Solar, que está a mais de 6,5 bilhões de quilômetros da Terra, passou em frente de uma estrela no dia 17 de julho de 2017. Vários telescópios da equipe da New Horizons, situados numa parte remota da Patagônia, Argentina, avistaamr a sua sombra fugaz, um evento conhecido como ocultação, e foram capazes de obter dados importantes para ajudar os planejadores da missão a melhor determinar a trajetória da sonda e a compreender o tamanho, forma, órbita e ambiente ao redor de 2014 MU69.

Com base nestas novas observações de ocultação, os membros da equipe dizem que o 2014 MU69 pode não ser um objeto esférico solitário, mas suspeitam que poderá ser um "esferoide prolato extremo" ou até mesmo um binário. A forma estranha pode indicar que dois corpos podem estar orbitando muito perto um do outro ou até mesmo se tocando, o que é conhecido como binário próximo ou de contato, ou que talvez estejam observando um único corpo com um grande pedaço em falta. O tamanho do 2014 MU69 ou dos seus componentes também pode ser determinado a partir destes dados. Parece não ter mais do que 30 km de comprimento, ou, se for um binário, cada corpo terá entre 15 e 20 km em diâmetro.

A ocultação estelar de dia 17 de julho que recolheu estes dados foi a terceira de um conjunto histórico de três ambiciosas observações para a New Horizons. A equipe usou os dados do telescópio espacial Hubble e do satélite Gaia da ESA para calcular e determinar os locais onde o 2014 MU69 lançaria sombra à superfície da Terra.

Fonte: Scientific American

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