Astrônomos japoneses descobriram uma nuvem no espaço composta por gás e poeira na forma molecular com um formato em espiral.
© Universidade Keio/NAOJ (nuvem com formato em espiral)
A nuvem, localizada no centro da via Láctea, possui um volume gigante de gás, centenas de milhares de vezes maiores que o Sol e distante 30 mil anos luz do nosso Sistema Solar.
Segundo Tomoharu Oka, professor do departamento de Física da Universidade Keio, em Tóquio, o fenômeno teria sido formado a partir da colisão de duas nuvens moleculares gigantes. Oka explica que a colisão de nuvens é comum, mas foram raras as vezes que ela resultou em uma formação tão peculiar no espaço. Apenas duas outras formações helicoidais já foram vistas na galáxia.
O estudo, liderado pelo pós-doutorando Shinji Matsumura, foi publicado em julho deste ano no Astrophysical Journal. Mas a descoberta foi feita no primeiro semestre de 2009.
Os pesquisadores acreditam que, por causa do choque, uma linha perpendicular em forma de tubo, com força magnética, foi formada entre as nuvens e depois torcida e espremida para se tornar uma estrutura helicoidal durante o contato de fricção. A pesquisa indicou que o gás molecular foi capturado pelo tubo magnético, formando assim a espiral.
As formações de gás podem originar as estrelas conforme vão ficando mais densas. No caso de colisões, o gás é altamente comprido.
Isto significa que a formação inusitada observada pelos cientistas no Observatório Astronômico Nacional do Japão pode um dia virar uma estrela.
Foram analisadas, entre outras coisas, a rotação de apenas seis das diversas moléculas encontradas, pois acredita-se que elas podem ser a pista para a compreensão do estado físico da matéria.
Fonte: NAOJ
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