terça-feira, 13 de setembro de 2011

O remoto aglomerado globular da Via Láctea

O Telescópio Espacial Hubble focalizou um aglomerado globular de estrelas compacto e distante que se localiza numa das menores constelações do céu, a Delphinus, o Golfinho.
aglomerado globular NGC 7006
© Hubble (aglomerado globular NGC 7006)
Devido ao seu tamanho modesto, à sua grande distância e ao seu baixo brilho relativo, o NGC 7006 é muitas vezes ignorado pelos astrônomos amadores. Mas mesmo os aglomerados globulares, mais remotos como esse aparecem brilhantes e claros quando fotografados pela Advanced Camera for Surveys do Telescópio Espacial Hubble.
O NGC 7006 reside nos subúrbios da Via Láctea. Ele está a uma distância aproximada de 135.000 anos-luz da Terra, cinco vezes a distância entre o Sol e o centro da galáxia, e é parte do halo galáctico. O halo galáctico é uma região aproximadamente esférica da Via Láctea formada por matéria escura, gás e aglomerados globulares distribuídos de forma esparsa.
Como outros aglomerados globulares remotos, o NGC 7006 fornece pistas importantes para os astrônomos entenderem como as estrelas se formaram e se agruparam no halo. O aglomerado tem uma órbita muito excêntrica indicando que pode ter se formado de forma independente, numa pequena galáxia fora da nossa própria e que foi posteriormente capturado pela Via Láctea.
Embora o NGC 7006 seja muito distante para um aglomerado globular da Via Láctea, ele é muito mais próximo do que muitas galáxias que podem ser vistas no plano de fundo dessa imagem. Cada uma dessas nebulosidades apagadas é provavelmente acompanhada de muitos aglomerados globulares similares ao NGC 7006 mas que são muito apagados para serem observados até mesmo pelo Hubble.
Fonte: ESA

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Atmosfera dinâmica de anã marron

Uma equipe de astrônomos liderada por Jacqueline Radigan da Universidade de Toronto observou variações extremas no brilho de uma anã marron próxima que parecem indicar a existência de grandes tempestades na sua atmosfera.
ilustração de uma anã castanha
© Jon Lomberg (ilustração de uma anã castanha)
A anã marron é designada por 2MASS J21392676+0220226 (2MASS = Two Micron All-Sky Survey), é antiga e portanto teve tempo para se arrefecer substancialmente libertando grande parte do calor acumulado na sua formação. Os modelos teóricos mostram que as atmosferas destas anãs marrons frias deverá ser muito semelhante à dos Júpiteres Quentes.
A explicação mais simples para estas variações de brilho consiste na formação de nuvens na atmosfera da anã marron que aumentam o seu albedo (refletividade) temporariamente. As nuvens formam-se quando pequenos grãos de poeira formados por silicatos e metais se condensam na atmosfera tórrida destes corpos. Outra explicação possível consiste na formação de zonas transparentes na atmosfera que permitem temporariamente observar as suas camadas mais interiores e quentes. As observações, realizadas no telescópio de 2,5 metros do observatório de Las Campanas, no Chile, mostram que a anã marron varia de brilho de forma evidente e por vezes muito rapidamente, por exemplo, aumentando o brilho em 30% em pouco menos de 8 horas. As variações são visíveis nos dados obtidos ao longo de semanas e meses pela equipe, sugerindo uma atmosfera muito dinâmica.
O trabalho foi apresentado na conferência Extreme Solar Systems II, em Jackson Hole, Wyoming, Estados Unidos.
Fonte: Universidade de Toronto

Descobertos cinquenta novos exoplanetas

O espectrógrafo HARPS montado no telescópio de 3,6 metros instalado no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, é o descobridor de planetas mais bem sucedido de todo o mundo.
ilustração da super-Terra HD 85512 b
© ESO (ilustração da super-Terra HD 85512 b)
A equipe HARPS, liderada por Michel Mayor (Universidade de Genebra, Suíça), anunciou hoje a descoberta de mais de 50 novos exoplanetas que orbitam estrelas próximas, incluindo 16 super-Terras. Este é o maior número de planetas deste tipo anunciado de uma só vez. As novas descobertas foram anunciadas num congresso científico internacional sobre Sistemas Solares Extremos, que juntou 350 especialistas de exoplanetas no Wyoming, EUA.
“A colheita de descobertas obtida pelo HARPS excedeu todas as expectativas e inclui uma população excepcionalmente rica em planetas do tipo super-Terra e do tipo de Netuno, que orbitam estrelas muito semelhantes ao nosso Sol. Mais ainda - os novos resultados mostram que a taxa de descobertas está aumentando,” diz Mayor.
Nos últimos oito anos, desde que começou a observar estrelas do tipo do Sol utilizando o método das velocidades radiais, o HARPS foi usado para descobrir mais de 150 novos planetas. Cerca de dois terços de todos os exoplanetas conhecidos com massas menores que Netuno foram descobertos pelo HARPS. Estes resultados excepcionais são o fruto de várias centenas de noites de observação do HARPS.
Trabalhando com o HARPS  onde foram observadas 376 estrelas do tipo solar, os astrônomos conseguiram estimar muito melhor qual a probabilidade  de uma estrela como o Sol abrigar planetas de pequena massa (em oposição a planetas gigantes gasosos). Descobriu-se que cerca de 40% destas estrelas possuem em órbita pelo menos um planeta de massa menor que Saturno. A maioria dos exoplanetas com massas da ordem de Netuno ou menores parecem encontrar-se em sistemas que apresentam planetas múltiplos.
Com sistemas de hardware e de software em processo de atualização, o HARPS  está sendo preparado para o próximo nível de estabilidade e sensibilidade no intuito de procurar planetas rochosos que possam suportar vida. Dez estrelas próximas semelhantes ao Sol foram selecionadas para um novo rastreio. Estas estrelas já tinham sido observadas pelo HARPS e sabia-se serem adequadas para medições de velocidades radiais extremamente precisas. Após dois anos de trabalho a equipe de astrônomos descobriu cinco novos planetas com massas cinco vezes menores que a massa da Terra.
“Estes planetas estarão entre os alvos principais dos futuros telescópios espaciais, que procurarão sinais de vida nas atmosferas dos planetas procurando assinaturas químicas tais como evidência de oxigênio,” explica Francesco Pepe (Observatório de Genebra, Suíça), o autor principal de um dos recentes artigos científicos.
Para um destes novos planetas recentemente anunciados, HD 85512 b, estima-se uma massa de apenas 3,6 vezes a massa da Terra. O planeta situa-se no limite da zona de habitabilidade - uma zona estreita em torno de uma estrela na qual, se as condições forem as corretas, a água pode estar presente sob a forma líquida.
“Este é o planeta de menor massa descoberto pelo método das velocidades radiais que se encontra potencialmente na zona de habitabilidade da sua estrela, e o segundo planeta de menor massa descoberto pelo HARPS dentro da zona de habitabilidade,” acrescenta Lisa Kaltenegger (Instituto Max Planck para a Astronomia, Heidelberg, Alemanha e Harvard Smithsonian Center for Astrophysics, Boston, EUA), especialista em habitabilidade de exoplanetas.
A precisão cada vez maior do novo rastreio do HARPS permite agora detectar planetas abaixo das duas massas terrestres. O HARPS tem atualmente uma sensibilidade que torna possível detectar amplitudes de velocidade radial significativamente menores que 4 km/hora - menores que a velocidade do caminhar humano.
“A detecção do exoplaneta HD 85512 b está longe do limite observacional do HARPS, o que demonstra bem a possibilidade de descobrir outras super-Terras em zonas de habitabilidade situadas em torno de estrelas semelhantes ao Sol,” acrescenta Mayor.
Estes resultados tornam os astrônomos confiantes de que estarão próximo de descobrir outros pequenos planetas rochosos habitáveis em torno de estrelas semelhantes ao nosso Sol. Para este efeito planjeam-se novos instrumentos, nos quais se inclui uma cópia do HARPS a ser instalada no Telescopio Nazionale Galileo nas ilhas Canárias, que fará um rastreio das estrelas no céu setentrional, e um descobridor de planetas novo e mais poderoso, chamado ESPRESSO, a ser instalado no Very Large Telescope do ESO em 2016. Olhando ainda para mais longe no futuro, também o instrumento CODEX previsto para o European Extremely Large Telescope (E-ELT) levará esta técnica muito mais além.
“Nos próximos dez a vinte anos deveremos ter uma primeira lista de planetas potencialmente habitáveis na vizinhança do Sol. Uma tal lista torna-se essencial antes que experiências futuras possam procurar possíveis assinaturas de vida nas atmosferas dos exoplanetas, através de espectroscopia,” conclui Michel Mayor, que descobriu em 1995 o primeiro exoplaneta em torno de uma estrela normal.
Fonte: ESO

sábado, 10 de setembro de 2011

O confisco de estrelas

A Via Láctea possui um sistema de galáxias satélites que a acompanham na sua jornada pelo Universo.
Grande Nuvem de Magalhães
© Spitzer (Grande Nuvem de Magalhães)
Desse séquito, duas galáxias se destacam: a Grande e Pequena Nuvens de Magalhães. Elas são muito difíceis de serem observadas do hemisfério norte, pois estão muito ao sul, tanto que os primeiros registros por observadores europeus são do final do século 15.
Astrônomos persas, em posição mais favorável, já relatavam as duas nuvens por volta do ano 960. A Grande Nuvem de Magalhães está a 160 mil anos-luz de distância, enquanto a Pequena Nuvem está a uns 200 mil.
Pequena Nuvem de Magalhães
© Hubble (Pequena Nuvem de Magalhães)
Mesmo a essas distâncias, as nuvens sofrem com a força gravitacional da Via Láctea e são fortemente deformadas, tanto que ambas são classificadas como irregulares, apesar de terem evidências de uma barra – estrutura central que mudaria essa classificação.
Mas a recíproca é verdadeira e alguns estudos tentam mostrar que a interação das nuvens com o gás da Via Láctea produz surtos violentos de formação de estrelas. Além disso, há uns 2,5 bilhões de anos as duas nuvens devem ter se chocado, como indica uma “ponte” de gás entre elas.
Recentemente, um grupo de pesquisadores dos EUA publicou um trabalho no Astrophysical Journal mostrando que as duas nuvens têm mais em comum do que a ponte de gás descoberta nos anos 1960.
Analisando dados do telescópio espacial Spitzer, o grupo de pesquisadores liderados por Robert Blum e Knut Olsen selecionou por volta de 6 mil estrelas gigantes e supergigantes na Grande Nuvem. Usando o telescópio de 4 metros do Observatório Inter-americano de Cerro Tololo, no Chile, eles obtiveram o espectro de 4,6 mil dessas estrelas e chegaram à conclusão de que 5% das estrelas da Grande Nuvem não devem ter nascido nela. Como eles chegaram a essa conclusão?
As estrelas observadas parecem ter rotação em direção diferente da grande maioria das estrelas da região. Isso sugere que elas não se formaram do mesmo material. Além disso, a composição química das estrelas também é diferente. Elas têm menos elementos pesados como o ferro e o cálcio. Mas, de onde então teriam saído essas estrelas? Da Pequena Nuvem! As estrelas dessa galáxia têm essa mesma deficiência em ferro e cálcio.
Ninguém nunca tinha percebido isso antes: a ponte que interliga as duas regiões é apenas de gás. Agora sabemos que além de gás, a Grande Nuvem de Magalhães rouba também estrelas! Esse fato pode ajudar a entender como uma das regiões de formação de estrelas mais ativas já observadas nasceu, a chamada região de 30 Doradus.
O impacto dessas estrelas roubadas da Pequena Nuvem causa uma forte onda de choque no gás da Grande Nuvem. Essa onda de choque é forte o suficiente para comprimir o gás, estimulando a formação de estrelas de grande massa.
A imagem abaixo mostra a Grande Nuvem de Magalhães como vista no infravermelho pelo Spitzer. As bolinhas mostram a posição de algumas das estrelas roubadas e as suas cores indicam a direção das velocidades delas: em azul, as estrelas que estão se movendo na nossa direção; em vermelho, as que estão se movendo na direção oposta.
Fonte: Globo G1

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sonda Kepler descobre novo exoplaneta

Um planeta que ainda não pode ser visto da Terra foi detectado pela sonda Kepler.
ilustração do exoplaneta Kepler-19c
© David A. Aguilar (ilustração do exoplaneta Kepler-19c)
Chamado de Kepler-19c, o recém-descoberto planeta é vizinho do Kepler-19b e foi achado graças à órbita irregular dele.
Os cientistas observaram que a movimentação do planeta ocorria ora mais rápido, ora mais devagar, e concluiram que esta translação incomum estaria relacionado com a presença de outro planeta, mesmo que ele ainda não possa ser visto.
A astrônoma Sarah Ballard, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, afirmou que este planeta invisível foi achado em função da influência exercida sobre o outro, já conhecido. Sarah é a autora do estudo, que foi aceito para publicação no Astrophysical Journal.
O Kepler-19b orbita a estrela Kepler 19, que está a 650 anos-luz da Terra, na constelação de Lyra. Porém, em relação ao novo planeta, faltam informações.
Até agora os astrônomos não sabem detalhes sobre o "mundo invisível" chamado Kepler-19c, afirmando apenas que ele existe. A sonda Kepler não detectou que o planeta transite a estrela, o que sugere que sua órbita esteja inclinada em relação a Kepler-19b.
O Kepler-19c, de acordo com os dados obtidos, poderia ser um planeta rochoso em uma órbita circular de 5 dias ou um planeta gasoso gigante em uma órbita oblonga de 100 dias.
Se Kepler-19b estivesse sozinho, realizaria a translação regularmente. Contudo, a aceleração ou atraso deste trânsito mostra qua existe a interferência de um outro corpo.
O planeta Netuno foi descoberto de forma semelhante. Astrônomos que rastreavam Urano notaram que sua órbita não correspondia às previsões. Eles perceberam que um planeta mais distante poderia interferir o deslocamento de Urano e calcularam o local esperado, e em seguida, Netuno foi encontrado por telescópios na posição prevista.
A sonda Kepler, responsável pela descoberta, continuará a acompanhar Kepler-19 ao longo de sua missão. Os dados ajudarão a conhecer a órbita de Kepler-19c.
Fonte: Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics

O primeiro asteroide troiano de Júpiter

O observatório ISON-NM decobriu o primeiro asteroide troiano de Júpiter, recebendo a designação 2011 QJ9.
asteroides troianos e Júpiter
© Petr Scheirich (asteroides troianos e Júpiter)
Após o aparecimento deste objeto na página de confirmação NEO, e depois de refinamento de sua órbita em 24 de agosto, tornou-se possível comparar às observações obtidas em 28 de agosto pela Pan-STARRS. No grupo de pesquisadores do observatório ISON-NM consta o russo Leonid Elenin, descobridor do cometa Elenin (C/2010 X1).
O número total de asteroides gregos (3176) é o dobro de asteroides troianos (1700). O 2011 QJ9 é um objeto bastante grande, com um diâmetro da ordem de 5,5 km, embora para esta família de asteroides, é um objeto muito pequeno. O maior asteroide troiano é superior a 100 km de diâmetro.
Fonte: SpaceObs

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Estrelas jovens nas luzes da ribalta

Os observadores do céu ignoram muitas vezes o NGC 2100 devido à sua proximidade  com a impressionante nebulosa da Tarântula e o superaglomerado estelar RMC 136.
o aglomerado NGC 2100 próximo da nebulosa Tarântula
© ESO (o aglomerado NGC 2100 próximo da nebulosa Tarântula)
Nesta imagem o gás brilhante da nebulosa da Tarântula tenta ainda roubar o protagonismo a este aglomerado estelar - as cores brilhantes que aqui aparecem pertencem às regiões mais exteriores da nebulosa. Esta imagem foi criada a partir de exposições obtidas através de diferentes filtros de cor utilizando o instrumento EMMI, montado no New Technology Telescope, instalado no Observatório de La Silla do ESO, no Chile.  As estrelas aparecem com as suas cores naturais, enquanto que a radiação emitida pelo hidrogênio ionizado (em vermelho) e pelo oxigênio (em azul) se encontra sobreposta.
o aglomerado NGC 2100 na Grande Nebulosa de Magalhães
© ESO (o aglomerado NGC 2100 na Grande Nebulosa de Magalhães)
As cores que aparecem nas nebulosas dependem das temperaturas das estrelas que as iluminam. As estrelas quentes jovens da nebulosa da Tarântula, que se situam no superaglomerado estelar RMC 136, encontram-se em cima e à direita desta imagem e são suficientemente poderosas para fazerem brilhar o oxigênio, aparecendo na imagem como uma nebulosidade azul. Por baixo do NGC 2100 o brilho vermelho indica que ou se atingiu as regiões mais afastadas de influência das estrelas quentes da RMC 136 ou estrelas mais velhas e frias, que são apenas capazes de excitar o hidrogênio, são a influência dominante nesta região. As estrelas que compõem o NGC 2100 são mais velhas e menos energéticas e por isso têm pouca ou nenhuma nebulosidade associada a elas.
Os aglomerados de estrelas são grupos de estrelas que se formaram mais ou menos ao mesmo tempo a partir de uma única nuvem de gás e poeira. As estrelas de maior massa  tendem a formar-se no centro do aglomerado, enquanto que as de menor massa dominam as regiões mais exteriores. Este fato, juntamente com o maior número de estrelas concentradas no centro, torna o centro do aglomerado mais brilhante que as suas regiões exteriores.
O NGC 2100 é um aglomerado aberto, o que significa que as estrelas estão ligadas gravitacionalmente de modo relativamente solto. Estes aglomerados têm um tempo de vida que se mede em dezenas ou centenas de milhões de anos, já que eventualmente se dispersam devido a interações gravitacionais com outros corpos. Os aglomerados globulares que, à primeira vista, parecem similares, contêm muito mais estrelas velhas e estão ligados gravitacionalmente de maneira muito mais forte, tendo por isso tempos de vida muito maiores: mediram-se em muitos aglomerados globulares idades tão antigas como a do próprio Universo. Assim, embora o NGC 2100 possa ser mais velho que os seus vizinhos da Grande Nuvem de Magalhães, é ainda considerado um jovem pelos padrões dos aglomerados estelares.
Fonte: ESO

As bombas relógio cósmicas na Via Láctea

Astrônomos suspeitam que algumas estrelas muito velhas são mantidas coesas pela sua altíssima velocidade. Tão logo elas diminuam de velocidade, essas "bombas-relógio" cósmicas explodirão como supernovas.
ilustração de uma bomba relógio cósmica
© CfA/David A. Aguilar (ilustração de uma bomba relógio cósmica)
Essas estrelas, são as anãs-brancas, estrelas muito velhas que consumiram todo o seu combustível, não sustentando mais a fusão nuclear.
Quando elas se tornam maciças demais, explodem, criando as chamadas supernovas tipo Ia.
Há duas possibilidades para que isso aconteça: uma anã-branca rouba matéria de outra estrela vizinha ou duas anãs-brancas colidem.
Enquanto a primeira possibilidade parece estatisticamente muito mais provável, se ela fosse verdadeira deveríamos encontrar um monte de hidrogênio e gás nas proximidades das supernovas, vindo do que sobrou da outra estrela - mas até hoje os astrônomos não encontraram nada.
A nova teoria é que é a velocidade que determina quando uma anã-branca explode.
Conforme a anã-branca ganha massa, ela também ganha momento angular, o que aumenta sua velocidade. Se ela girar rápido o suficiente, seu giro pode ajudar a sustentá-la até que ela atinja a chamada massa de Chandrasekhar (1,4 vez a massa do Sol), que se acredita ser a massa necessária para que a anã-branca colapse sob seu próprio peso e exploda.
Quando ela suga toda a matéria ao seu redor, a anã-branca vai começar a diminuir de velocidade. Eventualmente, o giro não será mais suficiente para contrabalançar sua gravidade. Nesse momento ela explode criando uma supernova Ia.
Os astrônomos calculam que surjam três supernovas Ia na Via Láctea a cada 1.000 anos. Se uma super anã-branca leva milhões de anos para diminuir de velocidade e explodir, então os cálculos sugerem que pode haver dúzias dessas iminentes supernovas em um raio de alguns milhares de anos-luz em torno da Terra, e muitas mais pela galáxia toda.
Os precursores de supernova são difíceis de serem detectados. No entanto, pesquisas realizadas nas instalações do Pan-STARRS e no Large Synoptic Survey Telescope deverão ser capazes de identificá-los.
Fonte: The Astrophysical Journal

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Uma estrela do mar no céu

Na constelação da Aquila, a Águia, localiza-se uma estrela que está na fase final de sua vida e que é circundada por uma nuvem de gás e poeira que tem uma forma de uma estrela do mar.
© ESA (nebulosa protoplanetária IRAS 19024+0044)
Uma imagem espetacular desse objeto conhecido como IRAS 19024+0044 foi capturada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA e ESA.
Nebulosas protoplanetárias oferecem um breve olhar sobre como as estrelas similares ao Sol terminam suas vidas e como elas fazem a transição para uma estrela do tipo anã branca envolvida por suas nebulosas planetárias. À medida que envelhece uma estrela parecida com o Sol eventualmente expele suas camadas externas para o espaço, criando uma bela e as vezes intrigante nuvem de gás e poeira com formas estranhas ao seu redor. Num primeiro momento, ainda relativamente fria, a estrela é incapaz de ionizar esse gás, que brilha somente pela luz refletida e dispersada pela estrela. Somente quando a temperatura da estrela atinge um grau suficiente para ionizar essa nebulosa protoplanetária o padrão de gás e poeira torna-se totalmente formado por ela.
Nebulosas protoplanetárias são relativamente raras e são objetos de vida curta que fornece pistas de como as vezes as nebulosas planetárias estranhamente assimétricas são formadas. Pode-se ver claramente nessa imagem cinco lobos azuis que se estendem para fora da estrela central e dá à nebulosa essa forma de uma estrela do mar assimétrica. Enquanto os astrônomos desenvolvem teorias para a origem dessas estruturas, como as mudanças de direção dos jatos ou ejeções explosivas de matéria da estrela, sua formação ainda não é completamente entendida.
A IRAS 19024+0044 é azul em cor pois o componente azul da luz vinda da estrela é mais facilmente dispersado pelo gás e pela poeira na nebulosa, enquanto que os raios vermelhos e laranjas não são efetivamente afetados. Isso é similar ao que acontece com a luz do Sol na atmosfera da Terra, fazendo com que o céu tenha a tonalidade azul.
Fonte: ESA

sábado, 3 de setembro de 2011

Cratera em Marte foi um grande lago

A sonda Mars Express da ESA registrou em Marte a presença de uma cratera que uma vez foi preenchida por um lago, foi revelada pela presença de um delta.
cratera Eberswalde
© ESA (cratera Eberswalde)
O delta é um antigo depósito na forma de um leque de sedimentos escuros, carregados pela água. Assim sendo, esse delta é uma lembrança do passado de Marte que tinha um clima úmido.
O delta está localizado na cratera Eberswalde, nas terras altas do sul do planeta Marte. A cratera de 65 quilômetros de diâmetro é visível como um semicírculo na parte direita da imagem e foi formada a mais de 3,7 bilhões de anos atrás quando um asteroide se chocou com o planeta.
O anel da cratera encontra-se intacto somente no lado direito. O resto do anel aparece de forma apagada ou não é visível como um todo. Um impacto posterior criou a cratera Holden de 140 quilômetros de diâmetro que domina o centro e o lado esquerdo da imagem.
cratera Holden
© ESA (cratera Holden)
A expulsão de grandes quantidades de material desse impacto enterraram partes da cratera Eberswalde. Contudo, dentro da parte visível da Eberswalde, o delta e seus canais de alimentação estão bem preservados, como pode ser visto próximo da parte superior direita da cratera. O delta cobre uma área de 115 quilômetros quadrados. Pequenos canais meandrantes de alimentação são visíveis em direção ao topo da cratera, que teria sido preenchido para formar um lago.
Após a deposição dos sedimentos do delta no antigo lago da cratera, sedimentos mais jovens se acumularam cobrindo boa parte tanto dos canais como do delta. Esses sedimentos secundários presumidamente se depositaram pelo vento, e foram mais tarde erodidos na área do delta, expondo um relevo invertido da estrutura do delta.
Essa estrutura de delta foi identificada pela primeira vez com a sonda Mars Global Surveyor da NASA, e é característica da presença de um lago na cratera naquela época. Essas feições fornecem uma clara indicação de que a água líquida fluiu através da superfície de Marte no começo da história do planeta.
Tanto a cratera Eberswalde como a Holden estavam na lista final de possíveis locais de pouso da próxima sonda da NASA a explorar Marte, que será lançada no final de 2011. O principal objetivo da Mars Science Laboratory é pesquisar por ambientes presentes ou anteriores que poderiam ser habitáveis de alguma maneira em Marte. A sonda da ESA, Mars Express ajudou na busca e seleção do melhor lugar para esse futuro pouso em Marte.
A cratera Eberswalde foi proposta pois seu delta indica a presença de líquido por muito tempo no passado e a cratera Holden foi candidata  pois sua diversidade mineral e suas muitas estruturas sugerem um passado úmido. Outro candidato, o Vallis Marwrth expõe algumas das camadas mais antigas de material rico em argila de Marte. Contudo, em Julho de 2011, a cratera Gale, a última a entrar na lista final foi a escolhida como local de pouso da missão, devido principalmente à grande quantidade de mineral e a diversidade de estruturas relacionadas com a possível presença da água.
Desse modo, as crateras Eberswalde, a Holden e o Mawrth Vallis terão quer esperar um pouco mais para que seus segredos sejam revelados.
Fonte: ESA

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Os buracos negros supermassivos mais próximos da Terra

Foi descoberto o primeiro par de buracos negros supermassivos em uma galáxia espiral similar a da Via Láctea a cerca de 160 milhões de anos-luz, e o mais próximo da Terra descoberto até agora.
imagem no visível e raios-X da galáxia NGC 3363
© NASA (imagem no visível e raios-X da galáxia NGC 3363)
Os buracos negros se encontram próximo do centro da galáxia espiral NGC 3393 e foram identificados graças às observações realizadas pelo observatório de raios-X Chandra. Os cientistas calcularam que ambos estão separados por apenas 490 anos luz, por isso acreditam que podem ser o remanescente da fusão de duas galáxias de massa desigual que aconteceu há mais de 1 bilhão de anos.
"Se esta galáxia não estivesse tão perto, não teríamos tido nenhuma possibilidade de ver os dois buracos negros separados como os vimos", disse Pepi Fabbiano do Centro de Atrofísica Harvard-Smithsonian (CfA) em Cambridge, Massachusetts.
As observações anteriores em frequência raios-X e em outras longitudes de onda faziam crer que havia apenas um buraco negro supermassivo no centro da galáxia NGC 3393. No entanto, um olhar de longo alcance realizado com os potentes instrumentos do Chandra permitiu aos pesquisadores detectar e separar os buracos negros.
Fonte: NASA

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A estrela que não deveria existir

Uma equipe de astrônomos europeus utilizou o Very Large Telescope (VLT) do ESO para descobrir uma estrela na Via Láctea que muitos pensavam não poder existir.
© ESO (estrela SDSS J102915+172927)
Os astrônomos descobriram que esta estrela é composta quase inteiramente por hidrogênio e hélio, com quantidades minúsculas de outros elementos químicos. Esta intrigante composição química coloca a estrela na chamada “zona proibida” dentro da teoria de formação estelar mais aceita, o que significa que esta estrela nunca deveria ter se formado. Os resultados serão publicados na revista Nature em 1 de Setembro de 2011.
Uma estrela de baixa luminosidade situada na constelação do Leão, chamada SDSS J102915+172927 mostrou possuir a menor quantidade de elementos mais pesados que o hélio do que todas as estrelas estudadas até hoje. Este objeto possui uma massa menor que a do Sol e tem provavelmente mais de 13 bilhões de anos de idade.
“Uma teoria muito aceita prediz que estrelas como esta, com pequena massa e quantidades de metais extremamente baixas, não deveriam existir porque as nuvens de material a partir das quais tais objetos se formariam nunca se poderiam ter condensado,” disse Elisabetta Caffau (Zentrum für Astronomie der Universität Heidelberg, Alemanha e Observatoire de Paris, França), autora principal do artigo científico que descreve estes resultados. “É surpreendente encontrar pela primeira vez uma estrela na “zona proibida”. Isto significa que iremos provavelmente ter que verificar alguns dos modelos de formação estelar.”
A equipe analisou as propriedades da estrela com o auxílio dos instrumentos X-shooter e UVES, montados no VLT. Os astrônomos mediram a abundância dos vários elementos químicos presentes na estrela e descobriram que a proporção de metais na SDSS J102915+172927 é mais de 20 mil vezes menor que a proporção de metais no Sol. A estrela HE 1327-2326, descoberta em 2005, tem a menor abundância de ferro conhecida, mas é rica em carbono. A estrela agora analisada tem a menor proporção de metais conhecida quando consideramos todos os elementos químicos mais pesados que o hélio.
“A estrela é tênue e tão pobre em metais que apenas conseguimos detectar a assinatura de um único elemento mais pesado que o hélio - o cálcio -  nas primeiras observações que fizemos,” disse Piercarlo Bonifacio (Observatoire de Paris, França), que supervisionou o projeto. “Tivemos que pedir tempo de telescópio adicional ao Diretor Geral do ESO para estudar a radiação da estrela com mais detalhe, com longos tempos de exposição, de modo a tentar encontrar mais metais.”
Os cosmólogos acreditam que os elementos químicos mais leves - hidrogênio e hélio - foram criados pouco depois do Big Bang, juntamente com um pouco de lítio, enquanto que a maioria dos outros elementos foram posteriormente formados nas estrelas. As explosões de supernovas espalharam o material estelar para o meio interestelar, tornando-o rico em metais. As novas estrelas que se formam a partir deste meio enriquecido possuem por isso maiores quantidades de metais na sua composição do que as estrelas mais velhas. Por conseguinte, a proporção de metais numa estrela nos dá informação sobre a sua idade.
“A estrela que estudamos é extremamente pobre em metais, o que significa que é muito primitiva. Pode ser uma das estrela mais velhas jamais encontrada,” acrescenta Lorenzo Monaco (ESO, Chile), que também participou neste estudo.
É igualmente surpreendente a falta de lítio na SDSS J102915+172927. Uma estrela tão velha deveria ter uma composição semelhante àquela do Universo pouco depois do Big Bang, com apenas um pouco mais de metais. No entanto, a equipe descobriu que a proporção de lítio na estrela é pelo menos cinquenta vezes menor que a esperada devido à matéria produzida pelo Big Bang.
“É um mistério como é que o lítio produzido logo após o início do Universo foi destruído nesta estrela”, acrescenta Bonifacio.
Os pesquisadores também apontam para o fato desta estrela incomum não ser provavelmente única. “Identificamos várias outras estrelas candidatas que podem ter níveis de metais semelhantes, ou até inferiores, aos da SDSS J102915+172927. Planejamos agora observar estas candidatas com o VLT para verificarmos se é realmente este o caso,” conclui Caffau.
Fonte: ESO

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Um teste de visão astronômica

Espiando nas profundezas do espaço, os excelentes olhos do Telescópio Espacial Hubble da NASA e ESA fez uma imagem da próxima galáxia anã, conhecida como ESO 540-030.
galáxia ESO 540-030
© Hubble (galáxia ESO 540-030)
Esse objeto aparece como um imenso enxame de estrelas apagadas, mas o ESO 540-030 é na verdade apenas um ponto de interesse nessa imagem.
A ESO 540-030 está localizada a apenas 11 milhões de anos-luz de distância da Terra e é parte do grupo de galáxias do Sculptor. Essa coleção é o vizinho mais próximo do nosso próprio Grupo Local de Galáxias que inclui a Via Láctea. Devido a sua proximidade o grupo do Sculptor possui algumas das galáxias mais brilhantes dos céus do sul, embora a ESO 540-030 não seja uma dessas. As galáxias anãs normalmente possuem uma pequena superfície brilhante o que a torna muito difícil de ser observada.
O Hubble com sua visão aguçada captou um registro de vários tipos de galáxias no plano de fundo da imagem, com espirais, espirais barradas, elípticas e irregulares. Uma análise cuidadosa dessa imagem deve permitir que possamos identificar exemplos de cada um dos tipos de galáxias existentes. Algumas galáxias localizam-se diretamente atrás da ESO 540-030, aumentando ainda mais o desafio. Além das galáxias existem ainda cinco estrelas brilhantes que estão muito mais perto de nós do que as galáxias. Os spikes de difração, as quatro linhas de luz que emanam em ângulos de 90 graus são geradas pela difração da luz no telescópio, e são os sinais marcantes da presença das estrelas na imagem.
Catalogar os tipos de galáxias é uma tarefa importante para os cientistas tentarem entender mais sobre como o nosso Universo se desenvolveu. Nossos próprios olhos são ferramentas excelentes para isso, como podem confirmar os participantes do projeto Galaxy Zoo Hubble (http://www.galaxyzoo.org/).
Fonte: ESA

Astrônomo brasileiro acha estrelas supermassivas

Um astrônomo brasileiro radicado no Chile e sua equipe da Universidade de La Serena descobriram duas estrelas novas, muito maciças, brilhantes e aparentemente isoladas na Via Láctea.
aglomerado Westerlund 2
© NASA (aglomerado Westerlund 2)
Essas características fazem desses objetos (batizados de WR20aa e WR20c) astros extremamente raros na galáxia.
Os astrônomos estimam que as estrelas tenham até 2 milhões de anos (jovens, em termos astronômicos).
Além disso, as estrelas podem ter, cada uma, pelo menos 80 vezes a massa do nosso Sol, o que também é não é muito comum encontrar.
"A galáxia pode conter vários bilhões de estrelas, mas a maioria tem massa pequena", diz o físico e astrônomo Alexandre Roman Lopes, coordenador do trabalho.
O que os cientistas não esperavam era encontrar essa dupla de estrelas isolada na galáxia. Como esse tipo de estrela vive pouco (alguns milhões de anos), em geral elas não têm tempo de se distanciar de onde se formaram.
Isso resulta em aglomerados de estrelas na galáxia, próximos à sua geração.
Essas "fábricas" funcionam no interior de enormes aglomerados de gás e poeira onde, sob efeito da força gravitacional, acontece a concepção estelar.
Por estarem muito longe do local de origem, a dupla é candidata a "runaway", ou seja, objetos estelares que viajam a uma grande velocidade e se distanciam cada vez mais de onde nasceram.
Os pesquisadores acreditam que a dupla tenha sido ejetada de um superaglomerado de estrelas de altíssima massa chamado Westerlund 2, que fica na direção da constelação de Carina, a cerca de 26 mil anos-luz do Sol.
No centro desse aglomerado, existe um grupo compacto de estrelas muito brilhantes onde são observadas nuvens de gás remanescente do seu processo de formação.
Eles descobriram que uma linha imaginária conectando as duas estrelas "cruza" o aglomerado exatamente na sua parte central. Isso significa que elas devem ter saído de onde está o "berçário" dos objetos de grande massa.
"Estudos de dinâmica estelar preveem que estrelas de massa muito grande não convivem bem entre si. Algumas sempre acabam expulsas pelas companheiras", explica.
O trabalho, que tem apoio do Observatório Las Campanas e do ESO (Observatório Europeu do Sul), será publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society do mês de setembro.
O estudo das estrelas supermaciças, além de contribuir para a compreensão da formação estelar, pode ajudar a explicar a origem da vida. Essas estrelas produzem, no seu interior, oxigênio, carbono e nitrogênio, e no fim da sua evolução, até ferro.
"Os elementos mais complexos necessários à vida são produzidos por estrelas maciças. De certo modo, somos filhos desse tipo de estrela", diz Lopes.
Fonte: Folha

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A mais jovem estrela vizinha da Terra

Cientistas descobriram a mais jovem estrela vizinha da Terra. A 'apenas' 27 anos-luz do nosso planeta, a AP Columbae é uma estrela muito mais nova que o Sol - o maior astro do Sistema Solar foi formado há 4,5 bilhões de anos.
estrela AP Columbae
© Universidade Nacional da Austrália (estrela AP Columbae)
A AP Columbae nasceu há 40 milhões de anos, depois da extinção dos dinossauros, no período em que os mamíferos dominaram a Terra. O estudo foi publicado no periódico The Astronomical Journal.
Usando telescópios na Austrália, Chile, Havaí e Estados Unidos, os autores do estudo desfizeram uma crença que já dura décadas: o nascimento de estrelas não ocorre apenas em vastos berçários galácticos, como a Nebulosa de Órion. Essas regiões ficam a centenas de anos-luz da Terra. "Com o advento de telescópios de ampla e precisa visão, conseguimos encontrar estrelas mais novas bem perto do nosso planeta", disse Simon Murphy, um dos autores do estudo.
AP Columbae é o mais novo membro de um grupo de estrelas mais jovens, chamado Associação Argus. Como o astro é novo e está bem próximo do Sistema Solar, os cientistas acreditam que farão boas imagens. "Até o fim de 2011, esperamos conseguir caçar gigantes gasosos próximos à estrela usando o telescópio Gemini, no Chile", disse Murphy.
A pesquisa foi realizada em conjunto pela Universidade Nacional da Austrália, Universidade Estadual da Geórgia (EUA) e Universidade da Califórnia (EUA).
A estrela mais próxima da Terra
Apesar de estar localizada perto da Terra, AP Columbae não é a estrela mais próxima do Sistema Solar. O título pertence à Proxima Centauri, que está a 4,2 anos-luz do nosso planeta. Foi descoberta em 1915 pelo astrônomo sul-africano Robert Innes, então diretor do Union Observatory na África do Sul. Embora esteja tão perto não é possível exergá-la sem o auxílio de telescópios.
Fonte: Veja