quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Nebulosa planetária mostra o futuro do Sol

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Rochester, em Nova York, divulgaram uma série de imagens de nebulosas planetárias feitas pelo telescópio Chandra.

quatro nebulosas planetárias

© Chandra (quatro nebulosas planetárias)

Esta galeria mostra quatro nebulosas planetárias do primeiro levantamento sistemático de tais objetos na vizinhança solar feito com o observatório de raios X Chandra. As nebulosas planetárias mostradas aqui são a NGC 6543, também conhecida como Olho de Gato, NGC 7662, NGC 7009 e NGC 6826. Em cada caso, a emissão captada em raios X pelo Chandra está na cor roxa e no óptico captada pelo telescópio espacial Hubble está na cor vermelha, verde e azul.

Os registros fazem parte de um estudo desse tipo de objeto, que pode representar o futuro do Sistema Solar.

O Sol daqui a aproximadamente 5 bilhões de anos, vai esgotar o hidrogênio de seu núcleo e, por causa disso, vai inchar e se tornar uma estrela gigante vermelha. As camadas mais externas da estrela começarão a emitir material até que no final sobrará apenas o núcleo, uma anã branca. O forte vento solar vai empurrar esse material e formará uma nebulosa planetária.

Para entender melhor esse processo, os pesquisadores registraram 21 dessas estruturas com até 5 mil anos-luz de distância da Terra. Além disso, a pesquisa incluiu observações de outras 14 nebulosas que já haviam sido registradas pelo Chandra. O equipamento registra raios X que, nos casos dessas nebulosas, são causados por ondas de choque dos rápidos ventos solares que colidem com o material ejetado.

Ao comparar essas imagens com registros ópticos, os astrônomos afirmam ter encontrado conchas compactas que foram criadas por fortes ondas de choque. Segundo eles, essas conchas não têm mais que 5 mil anos, o que indica a frequência com que as ondas ocorrem.

Cerca de metade das nebulosas estudadas tinham fontes de raios X pontuais no centro, onde fica a anã branca, o que indica que essa estrela tem outra companheira nesses casos. Novos estudos serão necessários para entender a função de uma estrela companheira na formação da estrutura de uma nebulosa planetária.

O nome "nebulosa planetária" na verdade nada tem a ver com planetas. Quando esses objetos começaram a ser vistos, os astrônomos os acharam parecidos com os planetas Urano e Netuno nos fracos telescópios da época. O termo foi cunhado por William Herschel no século 18.

O recente estudo foi publicado no The Astronomical Journal.

Fonte: NASA

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