terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Sonda Swift registra supernova na galáxia M82

Uma explosão estelar excepcionalmente próxima descoberta em 21 de Janeiro de 2014 tornou-se o foco dos observatórios ao redor do mundo, incluindo alguns observatórios espaciais da NASA.

aparição da supernova SN 2014J

© NASA (aparição da supernova SN 2014J)

A explosão, designada como SN 2014J, ocorreu na galáxia M82 localizada a 12 milhões de anos-luz de distância da Terra. Isso faz dela a supernova óptica mais próxima nas últimas duas décadas e potencialmente a supernova do Tipo Ia mais próxima que ocorreu na vida das atuais missões espaciais.

Para poder aproveitar o evento ao máximo, os astrônomos têm planejado observações com o Telescópio Espacial Hubble, com o Chandra X-Ray Observatory, com o Nuclear Spectroscopic Telescope Array (NuSTAR), com o Fermi Gamma-ray Space Telescope e com o Swift.

O Swift foi o primeiro a observar a supernova. Em 22 de Janeiro de 2014, apenas um dia depois da descoberta, o Ultraviolet/Optical Telescope (UVOT) do Swift captou a supernova e a sua galáxia hospedeira.

De forma impressionante, a SN 2014J pôde ser vista em imagens feitas uma semana antes que qualquer um pudesse notar sua presença. Foi só quando Steve Fossey e seus estudantes no Observatório da Universidade de Londres imageou a galáxia notando a supernova.

Embora a explosão seja incomumente próxima, a luz da supernova é atenuada pelas espessas nuvens de poeira na galáxia, que pode reduzir seu brilho de pico aparente.

A poeira interesterar preferencialmente dispersa a luz azul, e é por isso que o UVOT do Swift vê a SN 2014J intensamente brilhante na luz visível e na luz ultravioleta próxima, mas quase não é vista em comprimentos de onda do ultravioleta médio.

Contudo, essa supernova próxima fornece aos astrônomos uma oportunidade importante para estudar como a poeira interestelar afeta a sua luz. Como uma classe, as supernovas do Tipo Ia explodem com um brilho intrinsicamente similar, uma propriedade que faz delas extremamente úteis como velas padrão para que se possa explorar o Universo.

Os raios X nunca foram observados de forma conclusiva a partir de uma supernova do Tipo Ia, assim a detecção feita pelo Telescópio de raios X do Swift, do Chandra ou do NuSTAR será significante, bem como a detecção dos raios gama de alta energia pelo Fermi.

Uma supernova do Tipo Ia representa a total destruição de uma estrela do tipo anã branca por dois possíveis cenários. Em um deles, a anã branca orbita uma estrela normal, puxa um fluxo de matéria dela, e ganha massa até atingir um limite crítico e explodir. Em outro cenário, a explosão acontece quando duas anãs brancas em um sistema binário eventualmente epiralam uma em direção a outra até colidirem.

Em qualquer situação, a explosão produz uma concha superaquecida de plasma que se expande no espaço a dezenas de milhões de quilômetros por hora. Elementos radioativos de vida curta se formam durante a explosão e mantêm a concha quente à medida que ela se expande. A relação entre o tamanho da concha, a transparência e o aquecimento radioativo determina quando a supernova alcança o pico de seu brilho. Os astrônomos esperam que a SN 2014J continue a brilhar durante as primeiras semanas de Fevereiro de 2014, quando ainda poderá ser observada com binóculos.

A M82, também é conhecida como a Galáxia do Charuto, está localizada na constelação da Ursa Maior e é um alvo popular para telescópios. A M82 está passando por um episódio poderoso de formação de estrelas que faz dela muitas vezes mais brilhante do que a nossa própria Via Láctea e dá a ela sua incomum aparência fotogênica.

Outras informações da descoberta da supernova acesse o link Cosmo Novas.

Fonte: NASA

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