segunda-feira, 31 de julho de 2017

Formação estelar intensa na região de Westerhout 43

Escondida da nossa visão, a região formadora de estrelas de Westerhout 43 é revelada nesta imagem de infravermelho distante, do observatório espacial Herschel da ESA.

região Westerhout 43

© Herschel (região Westerhout 43)

Esta nuvem gigante, onde uma multidão de estrelas massivas ganha vida no vento e na poeira, está a quase 20.000 anos-luz do Sol, na constelação de Aquila, a Águia.

Agregando mais de sete milhões de Sóis, esta região abriga mais de 20 viveiros estelares, que estão sendo aquecidos pela poderosa luz de estrelas recém-nascidas. Estes eixos de formação de estrelas destacam-se em tons azuis, contra o ambiente amarelo e vermelho mais frio.

Aninhado na bolha azul brilhante de gás, no centro da imagem, encontra-se um conjunto de estrelas Wolf-Rayet e OB, extremamente quentes e massivas, que em conjunto são mais de um milhão de vezes mais brilhantes do que o nosso Sol. Esta bolha, que hospeda as sementes que crescerão em vários novos aglomerados estelares, é um dos locais de nascimento mais prolíficos das estrelas na nossa galáxia.

Uma fábrica estelar menos extrema, mas ainda muito ativa, é o grande complexo de bolhas azuis visíveis na imagem, à direita. Ao examinar as imagens do Herschel, os astrônomos encontraram evidências do que parece ser uma rede de filamentos que ligam estes dois centros intensos de formação de estrelas.

Localizado numa região muito dinâmica da Via Láctea, na transição entre a barra central da Galáxia e um dos seus braços espirais, Westerhout 43 é um excelente laboratório para estudar como as estrelas, especialmente as massivas, tomam forma na colisão de dois grandes fluxos de matéria interestelar.

Explorar as regiões formadoras de estrelas, por toda a nossa Galáxia, com detalhes sem precedentes, foi um dos principais objetivos do Herschel, que foi lançado em 2009 e operado durante quase quatro anos, observando o céu em comprimentos de onda do infravermelho distante e submilimétrico. Sensível ao calor da pequena fração de poeira fria, misturada com as nuvens de gás onde as estrelas se formam, fotografar tais regiões densas de gás onde novas estrelas estão nascendo, permiti estudar a ação em detalhe.

Esta imagem de três cores combina as observações do Herschel em 70 micrômetros (azul), 160 micrômetros (verde) e 250 micrômetros (vermelho) e abrange cerca de 3º no lado longo; o norte é para cima e o leste para a esquerda. A imagem foi obtida como parte do projeto Hi-GAL da Herschel, que criou todo o plano da Via Láctea em cinco faixas infravermelhas diferentes.

Fonte: ESA

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