Imagens captadas pelo observatório Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA), podem ajudar a entender a complexa física da poeira e do gás que levam à formação de estrelas na nossa galáxia.
A agência afirma que as estrelas se formam a partir de aglomerados de poeira e gás. Contudo, a capacidade do Planck de utilizar microondas para investigar essas regiões mostra detalhes que o olho humano não consegue ver. Com essa capacidade, o observatório foi direcionado para duas regiões relativamente próximas de formação de estrelas: Órion e Perseu.
© ESA (constelação de Perseus)
A observação da região de Perseu mostra três processos físicos na nuvem de gás e poeira. Nas frequências mais baixas, o observatório capta a emissão causada pela interação em alta velocidade de elétrons e do campo magnético, além de partículas da nuvem de poeira que podem ser detectadas.
Em uma frequência intermediária, o Planck observa o gás quente emitido por estrelas recém-formadas. Nas frequências mais altas, o observatório capta o calor escasso emitido pela nuvem de poeira fria. Esse último estágio pode revelar os núcleos mais frios nas nuvens, os quais estão se aproximando do estágio de colapso, antes de se tornarem estrelas que vão, finalmente, dispersar as nuvens ao redor.
De acordo com a ESA, o delicado balanço entre o colapso da nuvem e a dispersão regula o número de estrelas que uma galáxia pode criar. O trabalho do observatório pode ajudar na compreensão desse processo porque, pela primeira vez, fornece dados sobre a emissão de vários mecanismos importantes de uma só vez.
Fonte: ESA
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