A Via Láctea pode abrigar até 2 bilhões de planetas de tamanho semelhante ao da Terra. É estimada a existência de mais de 50 bilhões de outras galáxias no Universo.
© Kepler (ilustração de exoplanetas)
Os primeiros dados do telescópio Kepler, divulgados em fevereiro, mas reunidos agora em um novo estudo de pesquisadores do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, na Califórnia, sugerem que entre 1,4% e 2,7% das estrelas parecidas com o Sol possam ter planetas com tamanho entre 0,8 e 2 vezes o da Terra.
A maioria deve estar na chamada zona habitável, ou seja, a distância da estrela que permite a presença de água líquida, considerada condição essencial à vida.
Ainda assim, nas cem estrelas semelhantes ao Sol mais próximas da Terra (a até umas poucas dezenas de anos-luz daqui), deve haver apenas duas com planetas do tamanho do nosso.
Mas, segundo os autores do trabalho, a quantidade de "gêmeas" nas redondezas pode aumentar, pois outro tipo de estrela, as gigantes vermelhas, também pode abrigar planetas desse tipo.
Nesses astros, que são mais antigos e já esgotaram o suprimento de gás hidrogênio, a detecção é mais complexa. Os cientistas pretendem localizar os planetas pela força gravitacional que eles exercem, e não por alterações no brilho da estrela, como no telescópio Kepler.
Como estrelas desse tipo são bem mais comuns do que as do tipo do Sol, é muito provável que possam existir ainda mais "Terras" por aí.
Fonte: Astrophysical Journal
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