domingo, 31 de março de 2013

As profundezas escondidas da Baleia

O Telescópio Espacial Hubble capt5ou essa imagem fulgurante da galáxia espiral Messier 77 (M77), uma das mais famosas e mais bem estudadas galáxias do imenso céu.

galáxia M77

© Hubble (galáxia M77)

Os pedaços vermelhos através da imagem destacam bolsões de formação de estrelas ao longo dos braços em rotação, com linhas escuras de poeira se esticando através do centro energético da galáxia.

A M77 é uma galáxia na constelação de Cetus (Baleia), localizada a aproximadamente 45 milhões de anos-luz de distância da Terra. Também conhecida como NGC 1068.

Apesar de sua atual fama, e sua impressionante aparência espiral, a galáxia tem sido vítima de um problema de identidade algumas vezes; quando ela foi descoberta inicialmente em 1780, a distinção entre as nuvens de gás e as galáxias não era conhecida, fazendo com que o seu descobridor Pierre Méchain errasse a sua verdadeira natureza e a classificasse como uma nebulosa. Ela foi erroneamente classificada novamente quando ela foi subsequentemente listada no Catálogo Messier como um aglomerado estelar.

Agora, contudo, ela é definitivamente categorizada como uma galáxia espiral barrada, com braços espirais soltos e um bulbo central relativamente pequeno. Ela é o exemplo mais próximo e mais brilhante de uma classe particular de galáxias conhecida como Galáxias Seyfert, galáxias que são repletas de gás quente altamente ionizado que brilha intensamente emitindo intensa radiação.

A forte radiação como essa é conhecida por vir do núcleo da M77, causada por um buraco negro muito ativo que tem aproximadamente 15 milhões de vezes a massa do Sol. O material é degradado em direção ao buraco negro e o circula, aquecendo e então brilhando intensamente. Essa região isolada da galáxia, embora comparativamente pequena, pode ser dezenas de milhares de vezes mais brilhante do que uma galáxia normal.

Embora não tenha como competir com o intenso centro, os braços espirais da M77 são também regiões muito brilhantes. Pontuando cada braço ao longo de toda a sua extensão estão nós de aglomerações vermelhas, um sinal de que novas estrelas estão se formando. Essas estrelas jovens brilham fortemente, ionizam o gás próximo que então brilha com uma coloração vermelha forte. As linhas de poeira se esticam através dessa imagem e aparecem com uma coloração em tons de vermelho devido ao fenômeno conhecido como avermelhamento, ou seja, a poeira absorve mais luz azul do que a luz vermelha, realçando sua aparência avermelhada.

Fonte: NASA

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