quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Planeta de diamante orbita um pulsar

Astrônomos avistaram um planeta exótico que parece ser feito de diamante e que orbita um pulsar.
ilustração do planeta de diamante em órbita de um pulsar
© Swinburne Astronomy Productions (planeta de diamante)
O novo planeta é muito mais denso do que qualquer outro conhecido até agora,  cuja densidade é, em média, 23 gramas por centímetro cúbico (ou cerca do dobro do chumbo), e é composto basicamente de carbono. Porque é tão denso, os cientistas calculam que o carbono deve ser cristalino, assim, uma grande parte deste estranho mundo pode ser efetivamente diamante.
"A história evolutiva e a incrível densidade do planeta sugerem que ele é composto de carbono, ou seja, é um diamante enorme que orbita uma estrela de neutrons a cada duas horas, em uma órbita tão estreita que caberia dentro de nosso próprio Sol", disse Matthew Bailes da Universidade de Tecnologia Swinburne, em Melbourne.
A 4 mil anos-luz de distância, ou cerca de um oitavo do caminho em direção ao centro da Via Láctea a partir da Terra, o planeta que tem 55.000 km de diâmetro é provavelmente o remanescente de uma estrela massiva, uma vez que perdeu suas camadas exteriores para os pulsares - pequenas estrelas de neutrons mortas, que giram centenas de vezes por segundo, emitindo feixes de radiação.
No caso do pulsar J1719-1438, os raios que regularmente varrem a Terra e foram monitorados por telescópios na Austrália, Grã-Bretanha e no Havaí, permitindo aos astrônomos detectar modulações devido à atração gravitacional de seu planeta companheiro invisível. As medições sugerem que o planeta, que orbita sua estrela a cada duas horas e 10 minutos, tem massa ligeiramente maior do que Júpiter, mas é 20 vezes mais denso. A órbita do planeta tem cerca de 600 mil quilômetros de diâmetro, apenas 50% a mais que a distância média da Terra à Lua.
Além de carbono, é provável também que o novo planeta tenha oxigênio, com mais predomínio na superfície e cada vez mais raro em direção ao centro rico em carbono. Sua alta densidade sugere que elementos mais leves, como hidrogênio e hélio, que são os principais constituintes dos gigantes gasosos como Júpiter, não estão presentes.
Fonte: Science

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