Nesta semana foi confirmada a descoberta da segunda Nova visível a olho nu em 2013!
© Stellarium (Nova Centauri 2013)
A imagem acima mostra a Nova Centauri 2013 em torno das 5hs da mannhã. Ela está localizada na constelação do Centauro e pode ser vista no hemisfério Sul.
Descoberta pelo astrônomo amador John Seach, na Austrália, em 2 de dezembro de 2013, ela apareceu com magnitude ao redor de 5,5. Este valor é próximo do limite da observação a olho nu. Portanto, num local com poluição luminosa, é necessário o uso de binóculos para encontrá-la no quadrante sudeste após às 2h até ao amanhecer.
Ela está próxima à Beta Centauro, também conhecida por Agena ou Hadar, que por sua vez forma uma linha reta com o braço menor do Cruzeiro do Sul. Um pouco à esquerda e acima de Beta Centauro está a Nova Centauri 2013. Suas coordenadas (J2000.0) são: RA =13h 54m 45.34s, Dec =-59° 09' 04.2”.
© Remanzacco Observatory (surgimento da Nova Centauri 2013)
Em 3 de dezembro, imagens feitas com telescópio robótico de 500 mm pelos astrônomos Ernesto Guido, Nick Howes e Martino Nicolini mostraram que a Nova Centauri 2013 havia evoluído e estava três vezes mais brilhante, passando de magnitude 5,5 para 4,7. Os dados também mostraram fortes linhas de emissão nos comprimentos de onda do hidrogênio. A Associação Americana de Observadores de Estrelas Variáveis (AAVSO) informou que na quinta-feira a magnitude da Nova Centauri 2013 havia caído ainda mais e atingido 3,5.
A Nova Centauri 2013 está numa região próxima da estrela Alfa Centauro, também chamada Rigel Kentaurus. Trata-se do sistema estelar mais próximo da Terra, composto por três estrelas, a dupla Alfa Centauro A e Alfa Centauro B está localizada a 4,4 anos-luz de distância do nosso Sol, e a estrela anã vermelha Proxima Centauro localiza-se a 4,2 anos-luz de distância. Em torno de uma delas, Alfa Centauro B, cientistas encontraram um planeta do tamanho da Terra, mas muito quente para abrigar vida.
Uma "nova" é a expansão súbita e extremamente brilhante de uma estrela do tipo anã branca após gigantesca explosão termonuclear. Esse evento ocorre durante poucos dias em sistemas binários onde, devido à enorme massa e proximidade, a anã branca absorve o hidrogênio de sua companheira. No decorrer do tempo, a pressão e temperatura do gás acumulado se torna tão intensa que gera a fusão nuclear. Essa explosão libera uma enorme quantidade de energia, parte dela no espectro visível. Diferente da explosão de uma supernova, que praticamente destrói a estrela, em uma explosão do tipo "nova" a anã branca continua intacta.
A exemplo da Nova Delphini 2013, observada em agosto, ela deve permanecer no céu por alguns dias, até o brilho se dissipar.
Fonte: Cosmo Novas
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