A poeira pode ser mais rara do que o previsto em galáxias do Universo primordial, tornando-as muito mais difíceis de se observar, de acordo com uma equipe internacional de pesquisadores.
© Hubble (galáxia I Zwicky 18)
Em uma galáxia chamada I Zwicky 18 (I Zw 18), que tem uma composição química que é parecida como as galáxias do Universo primordial com baixa abundância de metais e uma grande quantidade de gás na forma de hidrogênio; a equipe mediu a menor massa de poeira de uma galáxia até hoje.
"Não se trata apenas de que a massa de poeira é baixa. Descobrimos que a massa de poeira é 100 vezes menor do que seria esperado com base em teorias comumente assumidas", disse o astrofísico David Fisher da Swinburne University of Technology.
A galáxia I Zw 18 está próxima, o que a torna mais fácil de estudar, mas tem propriedades que são muito semelhantes às galáxias com alto redshift no Universo. O redshift (desvio para o vermelho) indica o quão afastado está um objeto celeste.
O resultado obtido pela equipe implica que as teorias atuais para descrever a formação de estrelas quando o Universo era muito jovem são incompletas, e são construídas sobre suposições inválidas.
A quantidade de poeira é muito importante para a formação de estrelas. O ambiente hostil dentro da galáxia I Zw 18 está a afetando negativamente na sua quantidade de poeira. O campo de radiação medido no seu interior foi cerca de 200 vezes mais forte do que é observado na Via Láctea.
Fonte: Nature
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