Um buraco negro massivo, teve pela primeira vez seu colar revelado, uma corrente de aglomerados de estrelas arranjados como se fosse um colar de pérolas estelar.
© NASA (ilustração de um buraco negro cercado por aglomerados de estrelas)
Nesta imagem em cor falsa, combinando vários conjuntos de observações, a luz visível está em tons de azul (a partir do telescópio espacial Hubble) mostrando redemoinhos de estrelas; as observações do radiotelescópio Very Large Array estão em verde exibindo uma emissão central com dois jatos, e os cachos recém-descobertos estão em vermelho no meio. O buraco negro está representada por um ponto para mostrar a localização, pois o próprio buraco negro não pode ser visto.
Usando os telescópios infravermelhos do Observatório Keck no topo do Monte Mauna Kea, no Havaí, os astrônomos foram capazes de atravessar a poeira que bloqueia a luz ao redor do buraco negro no centro da galáxia NGC 2110 na constelação de Órion. A NGC 2110 está localizada a 120 milhões de anos-luz de distância da Terra.
À medida que eles faziam um zoom no centro galáctico, o astrônomo Jeremy Mould e o estudante de doutorado Mark Duurré do Centre for Astrophysics and Supercomputing da Universidade de Tecnologia Swinburne (SUT) na Austrália, registraram quatro aglomerados estelares escondidos todos eles bem presos ao redor do buraco negro.
© SUT (galáxia NGC 2110)
Nesta imagem em cor falsa, combinando vários conjuntos de observações, a luz visível está em tons de azul (a partir do telescópio espacial Hubble) mostrando redemoinhos de estrelas; as observações do radiotelescópio Very Large Array estão em verde exibindo uma emissão central com dois jatos, e os cachos recém-descobertos estão em vermelho no meio. O buraco negro está representada por um ponto para mostrar a localização, pois o próprio buraco negro não pode ser visto.
A taxa de formação de estrelas no núcleo é de 0,3 M☉ (massa solar) por ano. A dinâmica do gás fotoionizado (He I) implica numa massa de 3 a 4 × 108 M☉.
“Esses aglomerados estelares não tinham sido vistos antes pois eles estavam escondidos pelas nuvens de poeira ao redor do buraco negro e pelo fato deles serem muito pequenos, mas eles podem ser observados na radiação infravermelha que consegue penetrar as nuvens”, disse Durré.
“A nossa própria galáxia, a Via Láctea, tem um buraco negro que é quase quatro milhões de vezes mais massivo que o nosso Sol; a NGC 2110 tem um buraco negro cerca de 100 vezes maior”.
O buraco negro central da NGC 2110 é muito ativo, puxando matéria e expelindo intensa radiação e jatos de gases velozes. Embora os buracos negros tenham a péssima reputação de destruírem tudo e consumirem matéria, nesse caso, simulações computacionais revelaram que as marés do buraco negro provavelmente sejam o mecanismo fundamental para a formação inicial dos aglomerados. Os ventos estelares de centenas de estrelas contidas em cada aglomerado também provavelmente emitem poderosos ventos estelares que, por sua vez, alimentam o buraco negro.
“Depois de vários milhões de anos, esses aglomerados se separarão, novamente graças a força de maré, e gradativamente se tornarão uma coleção central mais perto ao redor do buraco negro”, adicionou Durré.
Um artigo intitulado “Young Star Clusters In The Circumnuclear Region Of NGC 2110” de Mark Durré e Jeremy Mould fpoi publicado no The Astrophysical Journal.
Fonte: Discovery e Swinburne University of Technology
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