Estas imagens mostram o limite da vasta nuvem molecular que se situa por trás da Nebulosa de Órion, a 1.400 anos-luz de distância da Terra.
© ESO (fronteira turbulenta da Nebulosa de Órion)
A imagem da esquerda mostra uma vista de grande angular da região, obtida pelo instrumento HAWK-I, instalado no Very Large Telescope (VLT) do ESO. Nesta imagem encontra-se destacada com um retângulo branco uma pequena região, região esta que mostramos precisamente na imagem da direita com grande detalhe e que observada pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA).
Além de nos fornecerem imagens bonitas, as nuvens moleculares são de grande interesse para os astrônomos. Tratam-se de maternidades estelares e nas suas periferias os átomos reagem e formam moléculas por processos astroquímicos fundamentais. Com as observações do ALMA, os astrônomos conseguiram resolver a transição de gás atômico a gás molecular nas fronteiras da nuvem molecular de Órion. Esta é a região de formação estelar massiva mais próxima da Terra, o que a torna no alvo ideal para melhor compreendermos estes processos astroquímicos, oferecendo também a possibilidade de estudar em detalhe as interações de estrelas formadas recentemente com o meio que as envolve.
Ambas as observações mostram que esta transição astroquímica de gás atômico a molecular ocorre num meio altamente dinâmico. A imagem ALMA da nebulosa faz lembrar as nuvens escuras de uma tempestade se formando na atmosfera terrestre.
Fonte: ESO
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