O Levantamento Planetário Dharma, um projeto liderado pelo astrônomo Jian Ge, da Universidade da Flórida, descobriu uma super-Terra mais próxima em órbita de outra estrela semelhante ao Sol.
© University of Florida (ilustração de uma super-Terra em órbita da estrela 40 Eridani A)
O novo exoplaneta em órbita da estrela HD 26965 (40 Eridani A), que fica a apenas 16 anos-luz da Terra. Esta estrela pode ser vista a olho nu, ao contrário das estrelas progenitoras da maioria dos exoplanetas conhecidos até à data.
O exoplaneta tem aproximadamente o dobro do tamanho da Terra e orbita a sua estrela a cada 42 dias, dentro da zona habitável. A descoberta foi feita utilizando o telescópio DEFT (Dharma Endowment Foundation Telescope), um telescópio de 50 polegadas localizado no topo do Mt. Lemmon, no sul do estado norte-americano do Arizona.
A alaranjada HD 26965 é apenas ligeiramente mais fria e ligeiramente menos massiva que o nosso Sol, tem aproximadamente a mesma idade e tem um ciclo magnético de 10,1 anos quase idêntico ao ciclo de manchas solares de 11,6 anos do Sol.
Na ficção científica o planeta Vulcan estava ligado a 40 Eridani A nas publicações Star Trek 2 por James Blish (Bantam, 1968) e nos Mapas de Star Trek por Jeff Maynard (Bantam, 1980). Numa carta publicada na revista Sky & Telescope em julho de 1991, Gene Roddenberry, o criador de "Star Trek", juntamente com Sallie Baliunas, Robert Donahue e George Nassiopoulos do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics confirmaram a identificação de 40 Eridani A como a estrela hospedeira de Vulcan. O sistema estelar de 40 Eridani é composto por três estrelas. Vulcan orbita a estrela primária, e as duas estrelas companheiras "têm bastante brilho no céu de Vulcan," escreviam na sua carta de 1991. Vulcan é o lar do oficial de ciências Spock, na série original. Spock serviu a bordo da nave Enterprise, cuja missão era procurar novos mundos estranhos, uma missão partilhada pelo Levantamento Planetário Dharma.
Esta descoberta demonstra que telescópios totalmente dedicados a realizar observações abundantes e de velocidade radial de alta precisão continuarão, no futuro próximo, a desempenhar um papel fundamental na descoberta de mais super-Terras e até mesmo planetas semelhantes à Terra nas zonas habitáveis ao redor de estrelas próximas.
Um artigo científico foi publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Fonte: University of Florida
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