quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Uma supernova na constelação da Baleia

A imagem obtida pelo telescópio espacial Hubble é a galáxia espiral NGC 337, localizada a cerca de 60 milhões de anos-luz de distância na constelação de Cetus (Baleia).

© Hubble (NGC 337)

Esta imagem combina observações feitas em dois comprimentos de onda, destacando o centro dourado e os arredores azuis da galáxia. O brilho central dourado vem de estrelas mais velhas, enquanto as bordas azuis brilhantes é devido às estrelas jovens. 

Se o Hubble tivesse observado a NGC 337 há cerca de uma década, o telescópio teria detectado algo notável entre as estrelas azuis quentes ao longo da borda da galáxia: uma supernova brilhante. 

A supernova, chamada SN 2014cx, é notável por ter sido descoberta quase simultaneamente de duas maneiras muito diferentes: por um prolífico caçador de supernovas, Koichi Itagaki, e pelo All Sky Automated Survey for SuperNovae (ASAS-SN). O ASAS-SN é uma rede mundial de telescópios robóticos que varre o céu em busca de eventos repentinos, como supernovas.

Pesquisadores determinaram que SN 2014cx era uma supernova Tipo IIP. A classificação “Tipo II” significa que a estrela que explodiu era uma supergigante pelo menos oito vezes mais massiva que o Sol. O “P” significa platô, indicando que depois que a luz da supernova começou a desaparecer, o nível atingiu um platô, permanecendo no mesmo brilho por várias semanas ou meses antes de desaparecer ainda mais. 

Esse tipo de supernova ocorre quando uma estrela massiva não consegue mais produzir energia suficiente em seu núcleo para evitar a pressão esmagadora da gravidade. Estima-se que a estrela progenitora de SN 2014cx tenha sido dez vezes mais massiva que o Sol e centenas de vezes mais extensa. Embora tenha diminuído há muito tempo de seu brilho inicial, os pesquisadores ainda estão de olho nessa estrela que explodiu, principalmente por meio do programa de observação do Hubble que produziu esta imagem.

Fonte: ESA

Nenhum comentário:

Postar um comentário