sexta-feira, 16 de julho de 2010

Hubble registra cauda em exoplaneta gigante

Pesquisadores usando o Telescópio Espacial Hubble confirmaram a existência de um objeto que pode ser classificado como um "planeta cometário". O gigante gasoso, chamado HD 209458b, orbita tão perto de sua estrela que a atmosfera aquecida está fugindo para o espaço.
exoplaneta HD 209458b
© NASA (ilustração da cauda de HD 209458b)
Observações feitas com o instrumento do Hubble chamado Espectrógrafo Origens Cósmicas (COS, na sigla em inglês) indicam que potentes ventos estelares varrem o material eliminado pela atmosfera para trás do planeta, moldando os gases eliminados numa cauda como a de um cometa.
"Desde 2003 que cientistas teorizam que a massa perdida está sendo empurrada para trás numa cauda, e já há cálculos de como ela deve ser", afirmou o astrônomo Jeffrey Linsky, líder do estudo. "Acredito que temos a melhor evidência observacional para apoiar essa teoria. Medimos o gás que deixa o planeta em velocidades específicas".
O planeta, localizado a 153 anos-luz da Terra, tem uma massa pouco menor que a de Júpiter, mas a distância que o separa da estrela é apenas 1% da que existe entre Júpiter e o Sol. Este é um dos planetas extrassolares mais longamente estudados, porque foi um dos primeiros planetas descobertos a fazer trânsitos, isto é, cortar a linha de visão entre sua estrela e a Terra.
Durante um trânsito, astrônomos têm a oportunidade de estudar a estrutura e a composição química da atmosfera planetária, a partir da luz estelar que se filtra por ela.
O COS detectou elementos pesados, carbono e silício, na atmosfera superaquecida de quase 1.100º C. Essa detecção revelou que a estrela está aquecendo a atmosfera por inteiro, arrastando para o alto os elementos mais pesados e permitindo que escapem para o espaço.
O instrumento também mostrou que o material que deixa o planeta não parte todo na mesma velocidade.Foi encontrado gás escapando a altas velocidades, com uma grande parte fluindo a mais de 30.000 km/h. Esse grande fluxo de gás é arrastado pelo vento estelar para formar uma cauda que segue o planeta.
Observações do Hubble em 2003 já sugeriam a existência de uma cauda em Osíris. Contudo, a Nasa afirma que a confirmação pode ocorrer apenas com a combinação de alta sensitividade em ultravioleta e uma boa resolução do espectro.
O planeta HD 209458b  ainda levará um bom tempo para ser totalmente destruído, o novo estudo estipula que isso leve cerca de 1 trilhão de anos.
Fonte: The Astrophysical Journal

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Maior explosão de raios-X detectada cega telescópio orbital

O feixe de raios X mais brilhante  já detectado vindo de fora da região da Via Láctea cegou, temporariamente, a câmera do Observatório Espacial Swift, da Nasa.
GRB 100621A
© Swift/NASA (fonte de raios X da GRB 100621A)
Os raios X viajaram pelo espaço por 5 bilhões de anos antes de atingir e sobrecarregar o telescópio de raios X do Swift, em 21 de junho. O feixe de radiação veio de uma explosão de raios gama, uma violenta erupção de energia gerada pela transformação de uma estrela em buraco negro.
"Esta explosão de raios gama é, de longe, a mais brilhante fonte de luz  nos comprimentos de onda dos raios X já vista a distâncias cosmológicas", disse David Burrows, principal cientista encarregado do telescópio de raios X do Swift.
Embora o satélite tenha sido projetado para estudar explosões de raios gama, seus instrumentos não foram criados para tolerar um feixe de raios X tão brilhante.
A explosão, batizada GRB 100621A, foi a fonte de raios X mais intensa já detectada pelo Swift desde o início das observações nessa faixa do espectro, em 2005.
"A explosão foi tão brilhante que quando irrompeu nosso software de análise de dados desligou-se", disse Phil Evans, que criou partes da programação do satélite. "Havia tantos fótons bombardeando o detector a cada segundo que ele simplesmente não era capaz de contá-los com velocidade suficiente".
O software voltou a funcionar pouco depois, capturando a evolução da explosão ao longo do tempo, e Evans recuperou os dados do período "cego". Os cientistas conseguiram então determinar que o fluxo de fótons, no brilho máximo, foi de 143.000 por segundo, mais de 140 vezes o brilho máximo da maior fonte contínua de raios X conhecida no céu, e que é uma estrela de nêutrons localizada muito mais perto da Terra que o ponto de origem da explosão.
Explosões de raios gama tipicamente começam com um flash súbito de raios gama e raios X, e em seguida perde intensidade até deixar para trás apenas um brilho tênue em frequências mais baixas, como o ultravioleta. Surpreendentemente, a explosão recorde em raios X teve apenas intensidade média em luz visível e ultravioleta.
Fonte: NASA

terça-feira, 13 de julho de 2010

Hubble captura imagem de estrela morrendo

O telescópio Hubble capturou imagens raras de uma estrela em seus últimos dias. À medida que estrelas parecidas com o Sol envelhecem, elas se transformam em gigantes vermelhas. E quando essa fase chega ao fim, elas começam a lançar sua atmosfera no espaço. Os arredores da estrela acumulam poeira quando ela ainda está relativamente fria. Nessa altura do processo, a nuvem de poeira brilha ao refletir a luz do centro da estrela, e a poeira quente emite radiação infravermelha.
nebulosa iras 19475 3119
© ESA/NASA (nebulosa planetária capturada pelo telescópio Hubble)
Foi essa radiação que o satélite Iras detectou em 1983, atraindo a atenção de astrônomos para a nebulosa Iras 19475+3119. A nebulosa, localizada na constelação do Cisne, fica a cerca de 15 mil anos luz da Terra, no mesmo plano da Via Láctea. Os jatos do objeto criam lobos ocos em ângulos diferentes, eventos raros e efêmeros.
O prosseguimento do envelhecimento estelar, com mais atmosfera e materiais sendo lançados no espaço, faz com que o núcleo mais quente da estrela passe a ser revelado. A radiação ultravioleta liberada nesse processo faz com que a poeira brilhe fortemente, criando uma nebulosa planetária, porém não há planetas envolvidos.
A imagem do Hubble foi criada pela composição de imagens obtidas pelo canal de alta resolução do telescópio. A luz vermelha foi capturada por um filtro que deixa passar as luzes amarela e vermelha e a luz azul foi grava por meio de um filtro azul padrão. A camada verde da imagem foi criada pela combinação das imagens vermelha e azul.
Os tempos de exposição total da imagem foram 24 segundo, para a luz vermelha, e 245 segundo, para a luz vermelha.
Fonte: ESA e NASA

domingo, 11 de julho de 2010

Eclipse do Sol na ilha de Páscoa

Milhares de turistas e cientistas assistiram neste domingo a um eclipse solar total na Ilha de Páscoa, na costa do Chile, famosa por suas misteriosas estátuas.
eclipse solar
© AFP (eclipse do Sol)
O único fenômeno do tipo deste ano pode ser visto apenas de algumas ilhas do Pacífico Sul, a partir das 15h15 (de Brasília). Ele chegou à Ilha de Páscoa às 17h11, antes de terminar em algumas regiões no sul da Argentina e do Chile.
A população da ilha chilena dobrou por causa do eclipse solar, chegando a 8 mil pessoas, mas desde cedo, o tempo nublado já dava mostras de que o espetáculo não seria completo.
O eclipse solar acontece quando o Sol e a Lua se alinham com a Terra. Como o Sol é cerca de 400 vezes maior do que a Lua, mas também está a uma distância cerca de 400 vezes maior da Terra, quando os corpos celestes se alinham, em certas regiões da Terra, a Lua parece tapar o Sol.
O efeito durou pouco menos de cinco minutos na Ilha de Páscoa. Antes o acontecimento, o tempo estava nublado, mas pouco antes do eclipse, as nuvens se dissiparam, deixando o céu azul à mostra.
O eclipse cruzou cerca de 11 mil km da Terra, mas a maior parte da sombra ficou sobre o Pacífico. O momento mais longo do elipse, de quase 5,5 min, aconteceu no meio do oceano.
O governo da ilha chilena afirmou que estava preparado para receber o grande número de pessoas e reforçou a segurança no sítio arqueológico em que ficam as estátuas de pedra de 3 mil anos.
A Ilha de Páscoa foi parcialmente evacuada em fevereiro, por causa do terremoto que sacudiu o Chile, mas segundo as autoridades, quer mostrar que está de volta ao mapa do turismo mundial.
Fonte: BBC Brasil

sábado, 10 de julho de 2010

Sonda Rosetta mostra asteroide a 450 milhões de km da Terra

A sonda europeia Rosetta passou neste sábado, por volta das 12h (horário de Brasília) a 3,2 mil km do asteroide Lutetia, situado entre as órbitas de Marte e de Júpiter, indicou a ESA (agência espacial europeia).
asteroide lutetia
© ESA (asteroide Lutetia)
A sonda, que perdeu, como era previsto, seu sinal de rádio com a Terra até 12h05, voltou a ter contato às 12h45, indicou o diretor de operações da nave, Andrea Accomazzo, durante uma transmissão pela internet a partir do Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC), em Darmstadt (Alemanha). "Concluímos a fase de sobrevoo", declarou.
Como Rosetta encontra-se a 450 milhões de km da Terra, são necessários 25 minutos para que os sinais enviados cheguem aos centros de controle. Durante a fase de sobrevoo, Rosetta deveria fazer imagens do asteroide, um objeto maciço de mais de 100 km de diâmetro que poderá dar informações sobre o passado do sistema solar.
lutetia e saturno
© ESA (asteroide Lutetia e o planeta Saturno)
Após a análise das informações, as primeiras imagens foram apresentadas por cientistas da ESA neste sábado.
Durante a transmissão, as imagens tiradas quando Rosetta ainda estava a 80 mil km de Lutetia, para onde se dirigia a uma velocidade de 55 mil km/h, mostraram a presença de crateras em sua superfície.
Rosetta, lançada em 2004 no encalço do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko com o qual deverá se encontrar em 2014, já havia feito uma primeira incursão em 2008 no principal cinturão de asteroides, que reúne milhares de rochas de formas e tamanhos diferentes.
O asteroide Lutetia foi descoberto em 1852 em Paris e foi batizado com o nome latino da capital francesa.
Fonte: ESA

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Descobertas realizadas por sonda lunar

A sonda Orbital de Reconhecimento Lunar (LRO, na sigla em inglês) completou no dia 23 de junho um ano na órbita do nosso satélite natural. Para comemorar, a Nasa (agência espacial americana) elegeu as dez observações mais interessantes do equipamento. Os registros vão de "riachos" lunares aos primeiros passos do homem na Lua.
lado distante da lua
© NASA (o lado distante da Lua)
O lugar mais frio do sistema solar
No ano passado, a sonda encontrou um lugar na Lua, no fundo da cratera Hermite, onde a temperatura chega a -248°C. Esse é o local mais frio conhecido no Sistema Solar. Para se ter uma ideia, a superfície do planeta anão Plutão chegua a -184°C. Outros locais extremamente frios foram encontrados no fundo de crateras no polo sul do satélite natural.
Os primeiros passos de astronautas
Em 20 de julho de 1969, os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin entraram para a história ao dar os primeiros passos na Lua. Eles passaram cerca de duas horas e meia para tiras fotografias e realizar alguns experimentos científicos, antes de retornar ao módulo e iniciar o retorno à Terra. A sonda da Nasa conseguiu registrar imagens do local do pouso da Apollo 11, inclusive de parte do módulo que ficou na Lua, rastros deixados pelos astronautas e outros equipamentos deixados para trás.
As marcas da Apollo 14
A Apollo 14 tinha como uma das missões coletar amostras da borda da cratera Cone. Contudo, após 1,4 mil m de caminhada em direção à cratera, o controle da missão notou que Alan Shepard e Edgar Mitchell estavam com batimentos cardíacos muito acelerados devido ao desgaste. Além disso, a agenda apertada da missão fez com que a Nasa determinasse que os astronautas retornassem, desistindo da empreitada. A LRO encontrou o local de pouso e os rastros da Apollo 14 e descobriu que os astronautas precisavam caminhar apenas mais 30 m para chegar à borda da cratera.
Sonda russa perdida
A sonda robótica russa Lunokhod 1 percorreu cerca de 10 km da superfície lunar em 1970. Cerca de 10 meses depois, em 1971, os cientistas da Rússia perderam contato com a sonda e tentaram encontrá-la lançando lasers em seus espelhos refletores, que retornam o laser na mesma direção. Cerca de 40 anos depois, em março, a LRO conseguiu encontrar a sonda desaparecida. Testes com laser confirmaram que era o equipamento russo e que seus espelhos refletores ainda funcionavam perfeitamente, com cinco vezes mais precisão que os do Lunokhod 2, que foram utilizados durante anos por cientistas em experimentos. A Lunokhod 1 estava a quilômetros de distância de onde a equipe de busca dos anos 70 acreditava.
O lado negro da Lua ou o lado distante da Lua
A ação da gravidade da Terra fez com que a rotação da Lua diminuísse tanto que ela sempre mostra apenas uma face ao nosso planeta. Segundo a Nasa, se referiu de maneira errada à face "escondida" de "lado negro", mas o correto é chamá-la de "lado distante" da Lua, já que ela recebe tanta luz do Sol quanto a face próxima. A agência afirma que a LRO está registrando muitos dados dessa metade do satélite natural, ela descobriu, por exemplo, que ela tem mais crateras e algumas dos lugares mais interessantes da Lua, como as maiores crateras do sistema solar.
Contagem de crateras e pedras
Segundo a Nasa, a câmera do LRO tem uma resolução 10 vezes maior que qualquer outra sonda ou nave que se aproximou da Lua. Essa capacidade levou ao registro de detalhes nunca vistos anteriormente, principalmente de crateras e pedras lunares, algumas com apenas alguns metros de diâmetro. Os cientistas estudaram os tamanhos, formas e distribuição para comparar as regiões da Lua e também compará-las com lugares como a Terra e Marte. Os astrônomos afirmam que esse tipo de estudo ajuda a entender a história natural do sistema solar. O projeto Moon Zoo (www.moonzoo.org) ainda permite que qualquer pessoa contribua com esse trabalho ao ajudar na contagem de crateras e rochas.
Montanhas
Enquanto na Terra as montanhas levam milhões de anos para serem formadas, através de uma lento e gradual processo de colisão de placas tectônicas, na Lua mesmo o mais alto monte se forma em minutos. A diferença é que no nosso satélite natural a geografia é mais afetada por asteroides e cometas que se chocam contra a superfície e formam picos que rivalizam em tamanhos com os do nosso planeta. Durante testes de câmera no ano passado, a LRO pôde registrar a superfície lunar por outro ângulo. Imagens da cratera Cabeus, por exemplo, mostram o terreno montanhoso do satélite natural. Além disso, a sonda pôde registrar o momento do impacto da missão LCROSS, que foi enviada à cratera. A LRO foi posicionada de uma maneira que conseguiu registrar tanto a nuvem de gás quanto o calor gerados pelo impacto.
"Riachos"
Os "riachos" são longas e estreitas depressões na superfície lunar que se assemelham, no seu formato, aos rios na Terra. Algumas são retas, outras são curvas e até sinuosas. Eles são visíveis às imagens de radar, que também podem ser registradas pela LRO. Os cientistas ainda tentam entender como essas estruturas se formaram no nosso satélite natural. Uma das hipóteses é de que eles tenham se formado por rios de magma. Os astrônomos acreditam que as observações da sonda ajudarão a compreender melhor os "riachos".
Fossos lunares
A LRO está registrando as mais detalhadas imagens de pelo menos dois fossos lunares, que são gigantescos buracos na superfície lunar. As observações levaram a Nasa a acreditar que esses buracos foram criados pela ação de tubos de magma, possivelmente aliados ao impacto de um meteorito. Segundo a Nasa, um dos fossos, o Marius Hills, tem 65 metros de diâmetro e profundidade estimada entre 80 e 88 metros.
Áreas constantemente iluminadas pelo Sol
Um dos principais objetivos da LRO é pesquisar a iluminação solar na Lua, que tanto fornece calor como é uma fonte de energia. Com os registros da sonda, os astrônomos conseguiram criar um mapa detalhado da iluminação, descobrindo que algumas áreas que chegam a ficar 243 dias recebendo luz do Sol e nunca tem um período de total escuridão maior que 24 horas.
Fonte: NASA e Portal Terra

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Bolha gigante criada por buraco negro

Astrônomos afirmam ter descoberto o mais poderoso par de jatos já observado no espaço. Os jatos são resultantes de um pequeno buraco negro. O objeto, também conhecido como microquasar, criou uma enorme bolha de gás quente e partículas com uma dimensão de 1 mil anos-luz, o que indica que ele é duas vezes maior e dezenas de vezes mais poderoso que qualquer outro microquasar conhecido.
buraco negro e bolha de gás
© ESO (bolha de gás criada por buraco negro, concepção artística)
"Ficamos espantados com a quantidade de energia ejetada no gás pelo buraco negro", diz o autor principal da pesquisa, Manfred Pakull. "Este buraco negro tem apenas algumas vezes a massa do Sol, mas é uma verdadeira versão em miniatura dos mais poderosos quasares e radiogaláxias, os quais contêm buracos negros com massas de alguns milhões de vezes a massa do Sol", afirma.
Os astrônomos basearam a pesquisa em observações do telescópio de raio-X Chandra, da Nasa, e do Telescópio Muito Grande (VLT, na sigla em inglês), do ESO (Observatório Europeu do Sul).
Os buracos negros são conhecidos por libertarem enormes quantidades de energia enquanto absorvem matéria. Acreditava-se que a maior parte dessa energia era liberada sob a forma de radiação, principalmente as que podem ser registradas por raio-X. Mas o novo estudo indica que alguns buracos negros podem libertar tanta energia, e talvez até mais, sob a forma de jatos colimados de partículas em alta velocidade.
Esses jatos se chocam contra o gás interestelar, aquecendo e causando sua expansão. A bolha criada contém gás quente e partículas super-rápidas a diferentes temperaturas. Observações em diferentes comprimentos de onda (como raio-X, rádio e ótico) ajudam a medir essa temperatura. Ao observar as regiões onde os jatos e o gás se chocam, é possível calcular que essa bolha cresce a uma velocidade de aproximadamente 1 milhão de km/h.
ngc 7793
© NASA/Spitzer (NGC 7793)
"O tamanho dos jatos na NGC 7793 é impressionante quando comparado com o tamanho do buraco negro a partir do qual são ejetados", diz o coautor da pesquisa Robert Soria. "Se o buraco negro fosse do tamanho de uma bola de futebol, cada jato iria se estender da Terra até além da órbita de Plutão."
Segundo o ESO, esse estudo ajudará em futuras pesquisas sobre semelhanças entre buracos negros pequenos formados de explosões de estrelas e os buracos negros supermassivos que se encontram no centro de galáxias.
O buraco negro observado fica a 12 milhões de anos-luz da Terra na periferia da galáxia espiral NGC 7793. Os cientistas acreditam, após calcular o tamanho e a velocidade de expansão da bolha, que esses jatos estão ativos há cerca de 200 mil anos.
Fonte: ESO

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Explosão de estrela iniciou o sistema solar

Quando uma estrela morre, ela dá origem a outra. Os restos da antiga acabam por fazer parte de uma nova. O "ciclo da vida" estelar ocorre há bilhões de anos e é responsável pela criação de novos elementos, desde as primeiras estrelas de hidrogênio e hélio até as atuais que possuem elementos mais pesados, como carbono, ferro e oxigênio.
anel de supernova
© NASA (anel de gás brilha gerado por uma supernova)
Além de ter papel fundamental na criação da maioria dos elementos que compõem os nossos corpos, um novo estudo indica que esse ciclo também pode ter sido o "estopim" do surgimento do sistema solar, há cerca de 4,5 bilhões de anos.
Segundo os pesquisadores, um modelo indica que a onda de choque de uma supernova (explosão ocorrida no fim da vida de uma estrela supermassiva) a muitos anos-luz provavelmente deu início ao colapso da nuvem de moléculas que viria a formar o Sol e os planetas do nosso sistema.
Astrofísicos encontraram as "impressões digitais" de radioisótopos de vida curta, que há muito tempo se tornaram elementos mais estáveis, em meteoritos primitivos. Segundo os cientistas, esse radioisótopos só poderiam ter sido incorporados pelos primeiros corpos do sistema solar se eles chegassem a esses corpos por um cataclisma próximo, como uma explosão estelar ou uma estrela que "jogasse" esse material para cá.
Alguns pesquisadores criaram a hipótese de que esses isótopos de vida curta chegara em uma onda de choque forte o suficientes para colapsar a nuvem de moléculas pré-solar, dando início à formação do sistema e injetando novos materiais sintetizados pela estrela morta. Contudo, os modelos iniciais falharam em simular como teria ocorrido uma "entrega" de matéria suficiente para o sistema nascente.
O pesquisador Alan Boss, coautor do estudo, e sua equipe então começaram a testar diversos parâmetros de como esse choque teria ocorrido. Segundo Boss, a incorporação no modelo de ondas de choque mais finas e controladas resolveu o problema. Além disso, o modelo indica que o "gatilho" da criação do sistema solar pode ter sido criado tanto por uma supernova quanto pelo material ejetado por uma estrela do ramo gigante assintótico (AGB, na sigla em inglês).
Segundo o cientista Gary Huss, da Universidade do Havaí, nos EUA, o estudo reforça diversos estudos anteriores que aponta para uma massiva supernova como a fonte dos elementos de vida curta nos primórdios do sistema solar.
Os pesquisadores pretendem agora passar o modelo de duas para três dimensões, o que exige uma capacidade computacional maior, mas resulta em melhores pistas para entender a formação do nosso sistema.
Fonte: Scientific American

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Telescópio Planck revela radiação cósmica

Pesquisadores trabalhando com o telescópio europeu Planck, o maior experimento de cosmologia em quase uma década, divulgaram seu primeiro mapa celeste completo da radiação cósmica de fundo, a "luz mais antiga" do Universo.
radiação cósmica de fundo
© ESA/Planck (radiação cósmica de fundo)
O telescópio de 600 milhões de euros, que capta radiação com frequências abaixo do infravermelho (não visível), foi lançado no ano passado e levou seis meses para montar o primeiro mapa.
A imagem mostra a Via Láctea como uma linha brilhante atravessando horizontalmente todo o centro do mapa. Acima e abaixo dessa linha, podem ser vistas grandes quantidades de pontos amarelos. Esses pontos, tanto na Via Láctea, quanto acima e abaixo dela, representam gás e poeira cósmicas. Não são estrelas, pois o telescópio não registra luz visível.
Grande parte dessa radiação, acreditam os cientistas, originou-se 380 mil após o "Big Bang", quando a matéria havia se resfriado o suficiente para que a formação de átomos fosse possível.
Antes disso, o cosmos seria tão quente que matéria e radiação estariam acopladas, e o Universo seria opaco.
Um dos principais objetivos do projeto é encontrar evidências para a "inflação", uma do incipiente Universo a velocidades acima da velocidade da luz.
Segundo a teoria, se essa "inflação" ocorreu, ela deveria estar registrada na radiação cósmica de fundo e seria passível de detecção.
O telescópio Planck é uma das principais missões da ESA (agência espacial europeia). Lançado em 2009, encontra-se a mais de um milhão de quilômetros da Terra.
Ele carrega dois instrumentos para registrar o céu em nove bandas de frequência. O instrumento de alta frequência opera entre 100 e 857 GHz; o instrumento de baixa frequência opera entre 30 e 70 GHz.
Até 2012, o aparelho terá construído quatro mapas do Universo.
Fonte: ESA e New Scientist

domingo, 4 de julho de 2010

Estrelas mais antigas da Via Láctea vieram de outras galáxias

Muitas das estrelas mais antigas da Via Láctea vieram de outras galáxias menores que foram dilaceradas por colisões violentas há cerca de 5 bilhões de anos. A afirmação é de um grupo internacional de cientistas, em estudo publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
simulação da via láctea
© Universidade de Durham (simulação mostrando a Via Láctea)
Essas estrelas anciãs são quase tão antigas como o próprio Universo. Os pesquisadores, de instituições da Alemanha, Holanda e Reino Unido, montaram simulações em computadores para tentar recriar cenários existentes nos primórdios da Via Láctea.
O estudo concluiu que as estrelas mais antigas na galáxia, encontradas atualmente em um halo de detritos em torno dela, foram arrancadas de sistemas menores pela força gravitacional gerada pela colisão entre galáxias.
Os cientistas estimam que o Universo inicial era cheio de pequenas galáxias que tiveram existências curtas e violentas. Esses sistemas colidiram entre eles, deixando detritos que eventualmente acabaram nas galáxias que existem hoje.
Segundo os autores, o estudo apoia a teoria de que muitas das mais antigas estrelas da Via Láctea pertenceram originalmente a outras estruturas, não tendo sido as primeiras estrelas a nascer na galáxia da qual a Terra faz parte e que começou a se formar há cerca de 10 bilhões de anos.
"As simulações que fizemos mostram como diferentes relíquias observáveis na galáxia hoje, a exemplo dessas estrelas anciãs, são relacionadas a eventos no passado distante", disse Andrew Cooper, do Centro de Cosmologia Computacional da Universidade Durham, no Reino Unido, primeiro autor do estudo.
"Como as camadas antigas de rochas que revelam a história da Terra, o halo estelar preserva o registro do período inicial dramático na vida da Via Láctea, que terminou muito tempo antes de o Sol ser formado", afirmou.
As simulações computacionais tomaram como início o Big Bang, há cerca de 13 bilhões de anos, e usaram as leis universais da física para traçar a evolução das estrelas e da matéria negra existente no Universo.
Uma em cada centena de estrelas na Via Láctea faz parte do halo estelar, que é muito mais extenso do que o mais familiar disco em espiral da galáxia.
O estudo é parte do Projeto Aquário, conduzido pelo consórcio Virgem, que tem como objetivo usar as mais complexas simulações feitas em computador para estudar a formação de galáxias.
Fonte: Royal Astronomical Society

sábado, 3 de julho de 2010

Supernovas não produzem átomos pesados

Uma análise de um novo modelo computacional sugere que os "ventos" de partículas emanados do núcleo de supernovas não são os responsáveis pela criação dos átomos pesados, como chumbo e urânio.
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© Chandra (Supernova SN1006c)
Os únicos elementos formados em abundância logo após o "Big Bang" foram hidrogênio e hélio. Elementos mais pesados foram formados pela fusão desses núcleos leves. As altas pressões e temperaturas dentro de estrelas comuns conseguem criar elementos até certo tamanho. Mas produzir elementos mais pesados que ferro, que possui um núcleo com 26 prótons, requer outro mecanismo.
É aí que entram as supernovas. Essas estrelas em estado explosivo jogam neutrinos de seu núcleo até sua superfície a velocidades próximas à da luz, retirando prótons e nêutrons de outros átomos ao longo do caminho. Isso cria um "vento" no qual prótons e nêutrons se fundem para formar núcleos de átomos menores. Mais prótons, nêutrons e átomos se unem, criando átomos maiores e mais pesados.
Mas átomos maiores que níquel, com 28 prótons, não aceitam novos prótons, pois a repulsão elétrica entre essas partículas carregadas positivamente é muito grande. Para criar esses átomos, é necessários que nêutrons também sejam incorporados ao núcleo e se transformem em prótons uma vez lá dentro, um processo conhecido como "captura rápida de nêutrons".
Acreditava-se que todos os elementos pesados poderiam ser criados dessa maneira. Agora Thomas Janka, do Instituto Max Planck, em Garching, Alemanha, e sua equipe dizem que a composição do "vento" gerado por neutrinos não poderia criar elementos pesados.
A equipe de Janka usou os mais recentes dados sobre energias e interações de prótons, nêutrons e neutrinos para produzir um modelo computacional de uma supernova pequena. A habilidade para produzir elementos grandes depende do número de nêutrons que podem entrar no núcleo, o que depende do número de nêutrons que não estão ligados a prótons. O modelo de Janka mostrou que o vento contem mais prótons que nêutrons, o que significa que não há nêutrons livres o suficiente para criar elementos muito maiores que estanho, elemento com 50 prótons.
"É um beco sem saída", diz Janka. "É o fim da captura rápida de nêutrons nesse ambiente". Em lugar disso, Janka sugere que as explosões ricas em nêutron que ocorrem durante a fusão de estrelas são as responsáveis pela criação dos elementos mais pesados, como ouro, chumbo e urânio.
A questão, porém, não está encerrada. Kohsuke Sumiyoshi, do Colégio Nacional Numazu de Tecnologia, no Japão, ressalva que grandes supernovas, devido a sua composição, podem explodir de maneira diferente comparadas a pequenas supernovas, como a modelada por Janka, e devem produzir uma proporção diferente de prótons e nêutrons. Janka, no entanto, acredita que o comportamento de grandes supernovas deve ser o mesmo.
O estudo foi publicado na revista "Physical Review Letters".
Fonte: New Scientist

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Identificada nuvem verde no espaço

Cientistas desenvolveram uma possível explicação para uma estranha e monstruosa concentração de gás verde brilhante no espaço entre galáxias. A nuvem de gás foi descoberta em 2007 pela professora escolar holandesa Hanny van Arkel quando combinava imagens do projeto Galaxy Zoo.
ic 2497
© Discovery News (nuvem de gás em verde) 
O Voorwerp ("objeto", em holandês) de Hanny, como é chamado, é uma gigantesca mancha verde com um enorme buraco de 16 mil anos-luz de largura no seu centro e que fica próximo à galáxia IC 2497, a 700 milhões de anos-luz da Terra. O Voorwerp obviamente não é uma galáxia (já que não tem estrelas). Observações confirmaram que se trata de uma nuvem de gás.
Contudo, o que deixava os astrônomos mais curiosos era o inexplicável brilho verde que o objeto emite. Algumas teorias já foram propostas sobre o que é o Voorwerp, mas sem muita aceitação. Agora, cientistas do Instituto Joint, na Holanda, dizem que medições em diversos comprimentos de ondas indicam que, assim como muitas galáxias, a IC 2497 tem um buraco negro supermassivo em seu centro.
A pesquisa holandesa indica que a absorção de matéria pelo buraco negro gera um cone de radiação que está ionizando o Voorwerp de Hanny e causando o brilho verde. O astrofísico Darren Croton, da Universidade Swinburne, de Melbourne, na Austrália, afirmou que objetos como o Voorwerp são muito raros, já que os cones de radiação dificilmente atingem uma nuvem de gás.
O astrofísico diz que o estudo holandês ainda indica que existe uma grande quantidade de gás no espaço intergaláctico, "é apenas difícil de vê-lo", diz o cientista. Mas, graças a esse núcleo galáctico ativo próximo à nuvem de gás, é possível ver que o gás está ali.
Fonte: Discovery News

Planeta em órbita de estrela semelhante ao Sol

Novas observações confirmaram que um planeta com cerca de oito vezes a massa de Júpiter está mesmo em órbita de uma estrela semelhante ao Sol. A distância entre estrela e planeta é cerca de 300 vezes maior que a que separa a Terra do Sol.
1RXS 1609
© Observatório Gemini (a estrela e o planeta em órbita)
O planeta recém-confirmado é o menor que se conhece numa órbita tão distância de sua estrela.
A descoberta havia sido anunciada em 2008, por uma equipe liderada por David Lafrenière, então na Universidade de Toronto, atualmente na Universidade de Montreal. Mas eram necessárias mais observações para confirmar que planeta e estrela realmente compunham um sistema conjunto; era possível que a imagem em que ambos apareciam juntos fosse fruto de um alinhamento casual.
"Nossas novas observações eliminam a possibilidade de alinhamento casual, e confirma que planeta e estrelas estão relacionados", disse Lafrenière.
Com a confirmação, o sistema, classificado como 1RXS 1609, passa a representar um desafio às teorias de formação planetária, por conta de seu afastamento extremo em relação à estrela. "A localização improvável desse mundo alienígena pode estar nos dizendo que a natureza tem mais de um jeito de fazer planetas", afirma o coautor Ray Jayawardhana.
Quando foi detectado inicialmente, com o uso do Observatório Gemini, em abril de 2008, o objeto tornou-se o primeiro planeta a provavelmente orbitar uma estrela semelhante ao Sol e que havia sido revelado por uma imagem direta.
A equipe de cientistas também obteve um espectro do planeta e foi capaz de determinar muitas de suas características, confirmadas no novo trabalho. "Em retrospecto, isso faz de nossos dados iniciais o primeiro espectro de um exoplaneta confirmado de todos os tempos!", disse Lafrenière.
Desde a observação inicial, diversos outros planetas foram descobertos por meio de imagem direta, incluindo um sistema de três planetas em torno da estrela HR 8799, também encontrado com o Gemini.
A estrela do sistema 1RXS 1609 fica a 500 anos-luz da Terra, em um grupo de estrelas jovens. O planeta tem temperatura estimada em cerca de 1.500º C.
A estrela tem massa estimada em cerca de 85% da do Sol. A juventude do sistema ajuda a explicar a alta temperatura do planeta, já que a contração gravitacional do mundo, durante a fase de formação, deve ter elevado a temperatura rapidamente. Quando a contração terminar, o astro esfriará, irradiando infravermelho. Em bilhões de anos, atingirá uma temperatura semelhante à de Júpiter, que no alto da atmosfera chega a 110º C negativos.
Esses resultados serão publicados no Astrophysical Journal.
Fonte: Observatório Gemini

terça-feira, 29 de junho de 2010

Nebulosa em forma de favo de mel

Uma nova análise fornece uma explicação para o formato da Nebulosa Favo de Mel, assim chamada pelo improvável arranjo de gases interestelares na forma de favos de mel.
Desde sua descoberta em 1992, a curiosa forma da nebulosa, próxima à Grande Nuvem de Magalhães, tem sido um mistério.
Como a nebulosa está situada em uma área assolada por explosões de supernovas, uma teoria é a de que o padrão poderia ter sido causado por um conjunto de ondas criadas quando restos de uma supernova antiga foram atingidos por restos de uma supernova mais recente.
nebulosa favo de mel
© NASA (nebulosa Favo de Mel)
Essa teoria foi agora reforçada pelo trabalho de John Meaburn e sua equipe, da Universidade de Manchester, no Reino Unido, que analisaram o espectro de luz da Nebulosa Favo de Mel e descobriram que ele se assemelha ao espectro produzido por gás movendo-se a alta velocidade em restos de outra supernova conhecida.
Contudo, há outra possibilidade: o favo de mel poderia vir de um jato de alta velocidade oriundo de um buraco negro atingindo o gás que o cerca. Mas a equipe diz que o espectro de luz da nebulosa é diferente daquele observado em um jato de buraco negro em um sistema binário chamado SS 433, favorecendo a hipótese anterior (da onda de restos de supernova).
Os resultados serão publicados na revista "Monthly Notices of the Royal Astronomical Society".
Fonte: New Scientist

domingo, 27 de junho de 2010

Descobertas as estrelas mais frias conhecidas

Astrônomos do telescópio espacial Spitzer, administrado pela Nasa e pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, afirmam ter descoberto 14 das mais frias estrelas conhecidas no Universo. Esses astros, chamados de anãs marrons, são tão frios se comparados com suas irmãs que é impossível vê-los em telescópios comuns. Contudo, o infravermelho do Spitzer conseguiu registrá-las.
anã marron
© NASA (estrela anã marron)
O objeto vermelho no centro da imagem é a estrela chamada de SDWFS J143524.44 335334.6, uma das 14 anãs marrons encontradas pelo Spitzer em registros em infravermelho.
As estrelas descobertas estão em uma categoria chamada de anãs T, com temperaturas abaixo de 1227 °C. Uma delas, inclusive, é tão fria que os astrônomos propõem colocá-la em uma nova classe, já teorizada anteriormente, a de anãs Y. Há várias classificações para estrelas conforme sua temperatura, supermassivas, por exemplo, são chamadas de O, enquanto o nosso Sol é uma estrela G.
Segundo a administração do telescópio, as estrelas descobertas têm temperaturas entre 176°C e 327°C, consideradas muito frias tendo temperaturas semelhantes aos planetas. Os cientistas afirmam que esses corpos permaneceram desconhecidos por anos, mas começarão a ser mais conhecidos com os telescópios em infravermelho, como o Wise da, que pretende registrar todo o céu nesse comprimento de onda, enquanto o Spitzer registra apenas um alvo designado.
"O Wise está procurando por todos os lugares, então as mais frias anãs marrons vão aparecer ao nosso redor", diz Peter Eisenhardt, cientista deste projeto. "Nós podemos inclusive encontrar uma anã marrom que é tão próxima de nós quanto Proxima Centauri, a mais próxima estrela conhecida", diz o pesquisador.
As anãs marrons se formam de maneira similar às outras estrelas, mas são menores que estas (com tamanho equivalente a de planetas gasosos), não conseguindo reunir massa suficiente para dar início a uma fusão nuclear. Inicialmente, esses astros têm calor resultante da sua formação, mas, com o tempo, eles tendem a esfriar. A primeira anã marrom foi descoberta em 1995.
Fonte: NASA