Com a sonda New Horizons a caminho de Plutão, essa missão poderá procurar por um potencial anel ao redor de Plutão e de suas luas.
© NASA (Plutão)
Pesquisadores brasileiros da UNESP submeteram recentemente um artigo para publicação em que são exploradas as possibilidades da existência de um sistema de anel ao redor de Plutão. Nesse artigo, a equipe discute os efeitos de impactos de micrometeoroides em Nix e Hydra e como as partículas de poeira resultantes poderiam formar um anel ao redor de Plutão. A equipe também investigou as forças como o vento solar que poderiam dissipar o sistema de anéis.
Pryscilla Maria Pires dos Santos e a sua equipe executou uma exaustiva lista de cálculos no artigo que estimou que o sistema de anéis teria um diâmetro de aproximadamente 16.000 quilômetros, ou seja, seria bem maior que a órbita de Nix e Hydra. Com base nesses cálculos, apesar de aproximadamente 50% da massa do sistema de anéis ser dissipada no intervalo de um ano, um tênue sistema ainda se mantém devido à poeira expelida pelos impactos de micrometeoroides.
Dados adicionais apresentados no artigo colocam o anel com profundidade óptica, como sendo algumas ordens de magnitude mais apagado que os anéis de Júpiter. Enquanto que os telescópios em Terra e até mesmo o Telescópio Espacial Hubble são incapazes de detectar o sistema de anéis de Plutão, a sonda New Horizons poderá fornecer dados cruciais para validar os modelos teóricos propostos pela equipe. A sonda New Horizons tem um contador de poeira capaz de medir grãos de poeira com massa mínima de 10 a 12 gramas, o que forneceria então os dados necessários para comprovar ou refutar os modelos da equipe de brasileiros.
“Vale ressaltar que o ambiente interplanetário do Sistema Solar externo não é bem conhecido. Muitas premissas foram feitas em ordem de estimar um anel putativo com profundidade óptica que englobasse as órbitas de Nix e Hydra”, disse Pryscilla.
Fonte: Universe Today