Os buracos negros variam muito de tamanho, desde os relativamente pequenos, com massa muito superior à solar e originados de estrelas em colapso, até os supermassivos, como aquele que se encontra no centro da nossa Via Láctea, com massa equivalente a quase 4 milhões de sóis.
© ESO - Heidi Sagerud (concepção artística da galáxia)
Mas os buracos negros medianos - com centenas ou milhares de vezes a massa solar - provaram ser objetos de difícil compreensão. Um estudo publicado na Nature identifica um novo candidato a essa terceira - e aparentemente rara - categoria, localizado a cerca de 300 milhões de anos-luz, na ESO 243-49, uma galáxia em espiral.
Se confirmado, o buraco negro mediano, bem como os outros objetos a ele semelhantes, poderá dar pistas a respeito de como os buracos negros supermassivos são formados, o que, por sua vez, possibilitará um maior entendimento sobre a constituição de galáxias parecidas com a nossa.
O suposto buraco negro de massa intermediária parece situar-se fora do principal conglomerado estelar de sua galáxia, a qual, de acordo com o astrofísico da University of Leicester (Inglaterra) e principal autor do estudo, Sean Farrell, aparentemente também abriga, em seu núcleo, um buraco negro supermassivo comum.
Farrell explica que a intensa luminosidade do objeto, denominado HLX-1, faz deste o candidato mais promissor de todos (embora a força gravitacional impeça o escape da radiação, a existência desta pode ser revelada pelas emissões de raios X provenientes dos materiais rapidamente sugados por um buraco negro).
"O HLX-1 se destaca por emitir cerca de dez vezes mais luz que o candidato mais luminoso até hoje encontrado", elucida Farrel, que descarta com vigor a possibilidade de um buraco negro menor e de massa estelar que somente pareça ser luminoso em razão de nosso ponto de observação privilegiado. Os autores da pesquisa concluem que o buraco negro deve ter uma massa pelo menos 500 vezes superior à do Sol. Segundo Farrel, objetos como esse surgem a partir de fusões entre densos vestígios estelares e agrupamentos de estrelas, conhecidos como aglomerados globulares.
Para o professor de astronomia da University of Michigan, Jon Miller, "há fundamento" para a existência do suposto buraco negro. Miller sustenta que Farrel e sua equipe "realizaram um trabalho minucioso em sua análise".
Cole Miller, professor de astronomia da University of Maryland e autor de uma nota na revista Nature Physics sobre a pesquisa do grupo de Farrel, comenta que o HLX-1 "é o melhor candidato a um buraco negro de massa intermediária jamais descoberto".
"Embora os mais céticos estejam aguardando até que consigamos uma forte evidência", como observações de objetos em órbita ao redor de buracos negros desse tipo, "acho que essa descoberta levantou intensamente a questão da possibilidade de buracos negros de massa intermediária".
Fonte: Scientific American Brasil
Se confirmado, o buraco negro mediano, bem como os outros objetos a ele semelhantes, poderá dar pistas a respeito de como os buracos negros supermassivos são formados, o que, por sua vez, possibilitará um maior entendimento sobre a constituição de galáxias parecidas com a nossa.
O suposto buraco negro de massa intermediária parece situar-se fora do principal conglomerado estelar de sua galáxia, a qual, de acordo com o astrofísico da University of Leicester (Inglaterra) e principal autor do estudo, Sean Farrell, aparentemente também abriga, em seu núcleo, um buraco negro supermassivo comum.
Farrell explica que a intensa luminosidade do objeto, denominado HLX-1, faz deste o candidato mais promissor de todos (embora a força gravitacional impeça o escape da radiação, a existência desta pode ser revelada pelas emissões de raios X provenientes dos materiais rapidamente sugados por um buraco negro).
"O HLX-1 se destaca por emitir cerca de dez vezes mais luz que o candidato mais luminoso até hoje encontrado", elucida Farrel, que descarta com vigor a possibilidade de um buraco negro menor e de massa estelar que somente pareça ser luminoso em razão de nosso ponto de observação privilegiado. Os autores da pesquisa concluem que o buraco negro deve ter uma massa pelo menos 500 vezes superior à do Sol. Segundo Farrel, objetos como esse surgem a partir de fusões entre densos vestígios estelares e agrupamentos de estrelas, conhecidos como aglomerados globulares.
Para o professor de astronomia da University of Michigan, Jon Miller, "há fundamento" para a existência do suposto buraco negro. Miller sustenta que Farrel e sua equipe "realizaram um trabalho minucioso em sua análise".
Cole Miller, professor de astronomia da University of Maryland e autor de uma nota na revista Nature Physics sobre a pesquisa do grupo de Farrel, comenta que o HLX-1 "é o melhor candidato a um buraco negro de massa intermediária jamais descoberto".
"Embora os mais céticos estejam aguardando até que consigamos uma forte evidência", como observações de objetos em órbita ao redor de buracos negros desse tipo, "acho que essa descoberta levantou intensamente a questão da possibilidade de buracos negros de massa intermediária".
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