Uma equipe internacional de astrônomos descobriu uma nova corrente de estrelas na Via Láctea, remanescente de uma outra galáxia menor, que foi atraída e incorporada pela força gravitacional da nossa própria galáxia.
© AIP, Arman Khalatyan (visualização do fluxo de Aquário)
A corrente foi batizada de "Fluxo de Aquário" (Aquarius Stream).
Essa atração, fatal para a outra galáxia, deve ter ocorrido há cerca de 700 milhões de anos, calculam os cientistas.
Isto torna o Fluxo de Aquário extremamente jovem, os outros fluxos de estrelas conhecidos têm bilhões de anos de idade e estão localizados na periferia da nossa galáxia.
Ao contrário de praticamente todos os fluxos de estrelas conhecidas, o Fluxo de Aquário está dentro do disco galáctico, onde a alta concentração de estrelas da Via Láctea torna difícil sua identificação.
A descoberta realizada no Observatório Siding Spring, na Austrália, é parte de uma campanha denominada RAVE (Radial Velocity Experiment), que pretende rastrear até 1 milhão de estrelas da nova Via Láctea até 2012, na tentativa de entender o processo de formação da nossa galáxia.
O projeto RAVE é chamado pelos astrônomos de "arqueologia galáctica", e está coletando dados de todo o céu em busca de informações sobre a história da formação da Via Láctea.
"Queremos descobrir qual foi a frequência desses eventos de fusão com galáxias vizinhas no passado e quantos podemos esperar no futuro," explica o Dr. Matthias Steinmetz, coordenador do projeto RAVE.
A Via Láctea terá sua próxima grande colisão com a vizinha galáxia de Andrômeda, aproximadamente daqui a três bilhões de anos, se alguma das galáxias anãs descobertas durante os últimos anos em nossa redondeza cósmica não chegar primeiro.
Fonte: The Astrophysical Journal
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