Astrônomos estão estudando 25 aglomerados de galáxias para medir a quantidade de matéria escura existente no Universo.
© Hubble (aglomerado de estrelas MACS 1206)
Reunidos em um projeto chamado Clash, eles utilizam o Telescópio Espacial Hubble para realizar o censo.
A matéria escura não pode ser detectada diretamente. Ela existe pela influência que exerce na matéria visível e pela maneira que altera o espaço, fazendo a luz de objetos distantes ser distorcida.
Até o momento, o grupo conseguiu analisar seis aglomerados de galáxias. Essas são as maiores estruturas unidas pela gravidade que existem no Universo. Cada uma pode conter até milhares de galáxias.
Por serem gigantescos, os aglomerados de galáxias funcionam como "lentes cósmicas" imensas, que amplificam e distorcem qualquer raio de luz que passe por eles. Esse efeito é conhecido como lente gravitacional e é usado pelos astrônomos para provar a existência da matéria escura.
Quando a luz de galáxias muito distantes atravessa o aglomerado, múltiplas imagens do mesmo objeto se formam. O estudo dessa distorção permite saber quanta matéria existe dentro do aglomerado. Caso só existisse matéria visível, a distorção observada seria bem menor.
Um exemplo é do aglomerado MACS 1206, que está a 4 bilhões de anos-luz de distância da Terra. Cada ano-luz equivale a quase 10 trilhões de quilômetros. Nele, os astrônomos do Clash conseguiram ver 47 imagens múltiplas de 12 galáxias recém-descobertas. Esse tipo de observação seria impossível sem a ajuda de um telescópio de longe alcance como o Hubble.
Atualmente, os cientistas acreditam que a matéria visível represente apenas 4% do Universo. O restante seria composto por energia escura (73%) e por matéria escura (23%).
Fonte: NASA
Inicialmente, parabéns pela iniciativa do blog! Depois de me maravilhar com fotos e noticias sobre o universo, na minha infância, resolvi tentar entendê-lo um pouco mais; embora leigo, tenho alguns questionamentos (também leigos) e gostaria de que me desse uma luz, no sentido de esclarecer alguns pontos: nos últimos ano, entra em voga a matéria e energia escura, essas formas que não podem ser vistas, mas interagem indiretamente com a matéria visível; foi tomado como observação, um aglomerado de galáxias que promovem a lente gravitacional; ao invés de ser uma evidencia damatéria escura distorcendo (e multiplicando as imagens), nao poderia ser uma evidência da pura interação entre os grávitons, que sabemos ser uma força bem fraca, mas que aumenta vertiginosamente com a distância? (nesse caso, falamos em 4 bilhoes de anos luz). E resumindo, será q voltamos ao questionamento do éter universal?
ResponderExcluirOs grávitons com certeza interfere na matéria ordinária. Creio que não seje o retorno do éter, mas sim o ressurgimento da constante cosmológica que deverá explicar a concepção da expansão acelerada do Universo, evidenciando a matéria escura e a enigmática energia escura.
ResponderExcluirObrigado pela resposta, Ângelo. Pode ser sim, constante cosmológica! Mas já há medições mais recentes da taxa de expansão (ou aceleração) do universo, que corroborem um valor constante? Ou na verdade, a expansão não teria uma taxa de aceleração constante, dependendo de outros fatores que a ciência moderna ainda não consegue identificar?
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