quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Descoberta camada de ozônio em Vênus

A sonda Venus Express da ESA descobriu a existência de uma camada de ozônio no planeta Vênus, o que permitirá avanços nas investigações sobre a ocorrência de vida fora da Terra.

hemisfério sul do planeta Vênus no ultravioleta

© ESA (hemisfério sul do planeta Vênus no ultravioleta)

A descoberta da Venus Express aconteceu quando a sonda permitiu a observação de estrelas situadas junto ao perfil do planeta e através de sua atmosfera. O ozônio pôde ser detectado porque absorveu parte dos raios ultravioletas procedentes de algumas dessas estrelas observadas.

“O achado permite entender a química de Vênus e além disso pode servir na busca de vida em outros planetas”, diz Franck Montmessin, que liderou a pesquisa.

Seu instrumento SPICAV analisou ​​a luz das estrelas na procura da absorção da luz em comprimentos de onda específicos por gases na atmosfera de Vênus. O ozônio foi detectado porque absorveu alguns dos comprimentos de onda no ultravioleta da luz proveniente das estrelas.

A camada de ozônio em Vênus fica a uma altitude de 100 km, cerca de quatro vezes maior do que na atmosfera da Terra e é de cem a mil vezes menos densa. Os astrobiólogos sugerem que a concentração de ozônio do planeta Vênus deve ser 20% do valor da Terra.

O ozônio contém três átomos de oxigênio e o do planeta estudado se forma quando a luz do Sol rompe as moléculas de dióxido de carbono da atmosfera e permite a liberação de átomos de oxigênio. O elemento já tinha sido encontrado antes na Terra e em Marte.

Os cientistas consideram que isso permitiu que a vida surgisse na Terra, onde o oxigênio começou a se formar há aproximadamente 2,4 bilhões de anos.

Em nosso planeta, sua importância é fundamental para a vida porque absorve grande parte dos raios ultravioletas do Sol.

Fonte: ESA

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