Uma equipe de astrônomos liderada pelo Dr. David Pinfield, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, descobriu duas das mais antigas anãs marrons da Via Láctea.
© Joint Astronomy Centre (ilustração de uma anã marron)
Esses objetos estão se movendo a uma velocidade de até 200 quilômetros por segundo, muito mais rápido do que as estrelas normais ou outras anãs marrons, e possivelmente teriam se formado quando a Via Láctea era muito jovem, mais de 10 bilhões de anos atrás. Curiosamente, os cientistas acreditam que elas poderiam ser parte de uma população vasta e inédita de objetos.
Anãs marrons são objetos como estrelas, mas são muito menos massivas (com menos de 7% da massa do Sol), e não geram calor interno através da fusão nuclear como estrelas comuns. Devido a isso, anãs marrons são frias. Os novos objetos descobertos têm temperaturas de 250 a 600 graus Celsius, muito mais frias do que as estrelas comuns. O Sol tem uma temperatura superficial de 5.600 graus Celsius.
A equipe de Pinfield identificou os novos objetos através do WISE da NASA, que examinou o céu no infravermelho médio. Os nomes de objetos são WISE 0013+0634 e WISE 0833+0052, e eles encontram-se na constelação de Peixes e Hydra, respectivamente.
A equipe de cientistas estudou a luz infravermelha emitida por estes objetos, que é incomum em relação às emissões de anãs marrons mais jovens e lentas. As assinaturas espectrais de sua luz reflete suas atmosferas antigas, que são quase inteiramente compostas de hidrogênio em vez de ter elementos mais pesados vistos comumente em estrelas mais jovens.
Os pesquisadores estimam que há 70 bilhões de anãs marrons na Via Láctea, e que objetos velozes e antigos como os descobertos são muito comuns.
Fonte: Royal Astronomical Society
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