A Via Láctea está em rota de colisão com uma galáxia vizinha que poderá lançar o nosso Sistema Solar para o espaço.
© Hubble (M51a e M51b)
A imagem acima efetuada pelo telescópio espacial Hubble, mostra uma fusão entre duas galáxias (M51a e M51b) parecidas em massa com a Via Láctea e com a Grande Nuvem de Magalhães.
A Grande Nuvem de Magalhães pode atingir a nossa Galáxia daqui a 2 bilhões de anos. Esta colisão galáctica aconteceria muito antes do impacto previsto entre a Via Láctea e outra vizinha, Andrômeda, que irá colidir com a nossa Galáxia daqui a 8 bilhões de anos.
Buraco negro ativo
A união com a Grande Nuvem de Magalhães poderia despertar o buraco negro sonolento da nossa Galáxia, que começaria a devorar gás ao redor e aumentaria até dez vezes de tamanho. À medida que devora matéria, o agora ativo buraco negro ejetaria radiação altamente energética.
Embora estes fogos de artifício provavelmente não vão afetar a vida na Terra, os pesquisadores dizem que há uma pequena chance de que a colisão inicial possa empurrar o nosso Sistema Solar para o espaço.
Matéria escura
A Grande Nuvem de Magalhães é a mais brilhante galáxia satélite da Via Láctea e só entrou na nossa vizinhança há cerca de 1,5 bilhões de anos. Está situada a mais ou menos 163.000 anos-luz da nossa Galáxia.
Até recentemente, os astrônomos pensavam que ou orbitaria a Via Láctea durante muitos bilhões de anos ou, uma vez que se move tão rapidamente, escaparia à atração gravitacional da nossa Galáxia.
No entanto, medições recentes indicam que a Grande Nuvem de Magalhães tem quase o dobro de matéria escura do que se pensava anteriormente.
Sistema Solar
Os cientistas dizem que, uma vez que tem uma massa maior do que o esperado, a Grande Nuvem de Magalhães está rapidamente perdendo energia e está condenada a colidir com a nossa Galáxia, o que poderá ter consequências para o nosso Sistema Solar.
O líder da pesquisa, o Dr. Marius Cautun, pós-doutorado do Instituto para Cosmologia Computacional da Universidade de Durham, disse: "Há uma pequena hipótese de não escaparmos ilesos da colisão entre as duas galáxias, que poderá expulsar-nos da Via Láctea e para o espaço entre as galáxias."
Um artigo foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Fonte: Durham University
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