O satélite Planck da ESA (Agência Espacial Europeia) captou imagens de alguns dos maiores objetos existentes no Universo atualmente: aglomerados e superaglomerados de galáxias.
© Planck (superaglomerado de galáxias de Shapley)
Enquanto rastreava pelo espaço em busca da luz cósmica mais antiga, o satélite encontrou centenas de galáxias entremeadas por uma imensa quantidade de gás, e registrou uma imagem do núcleo do superaglomerado de Shapley, a estrutura cósmica com a maior concentração de matéria do Universo Local.
Esse superaglomerado foi descoberto em 1930 pelo astrônomo americano Harlow Shapley, como uma notável concentração de galáxias na constelação do Centauro. Com mais de 8 mil galáxias e uma massa total superior a 10 quadrilhões de vezes a massa do Sol, essa é a estrutura mais maciça a uma distância de aproximadamente 1 bilhão de anos-luz da Via Láctea.
O gás quente que permeia aglomerados de galáxias brilha em na região dos raios X, mas também é visível nos comprimentos de onda de microondas, que o satélite Planck vê como uma assinatura distinta na radiação cósmica de fundo, o brilho do Big Bang.
Olhando para essa assinatura, o chamado efeito Sunyaev-Zel'dovich, o satélite Planck já observou mais de mil aglomerados de galáxias, incluindo vários superaglomerados e pares de grupos que interagem.
Esta imagem composta do núcleo do superaglomerado Shapley combina o gás detectado com Planck em grande escala entre os membros do superaglomerado (em azul ) com a detectada através dos raios X dentro dos aglomerados de galáxias de Shapley, utilizando o satélite Rosat (em rosa), bem como uma visão de sua rica população de galáxias, como observado em comprimentos de onda visíveis na Digitised Sky Survey.
Os borrões maiores em rosa em raios X identificam os dois aglomerados Abell 3558 (do lado direito) e Abell 3562 (do lado esquerdo), assim como um par de grupos mais pequenos entre eles.
Fonte: ESA
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