Não só de estrelas é feita uma galáxia, na verdade, muitos outros materiais preenchem essas ilhas cósmicas. No comprimento de onda das microondas, o Planck consegue observar elétrons se movendo através da galáxia e poeira sendo aquecida pela luz das estrelas que estão se formando.
© Planck (nuvem molecular de Perseus)
Na imagem acima, as cores têm os seguintes significados: azul, representa os elétrons se movendo através da galáxia; verde a poeira aquecida pelas estrelas e vermelho a emissão anômala observada pelo Planck.
Esses componentes do meio interestelar têm sido estudados exaustivamente por algumas décadas. Os elétrons são conhecidos por emitir primariamente ondas de rádio (baixa frequência) enquanto que os grãos de poeira primariamente emitem no infravermelho distante (altas frequências). Na década de 1990, as emissões eram observadas mas não podiam ser explicadas e por isso tornaram-se conhecidas como AME (Emissão de Microondas Anômala).
Algumas teorias propuseram a origem dessa emissão e agora com os comprimentos de onda cobertos pelo Instrumento de Baixa Frequência do Planck é possível observar e caracterizar essa emissão. Uma vantagem que o Planck tem é que ele combina dois instrumentos e com isso consegue cobrir uma grande gama de comprimentos de onda, o que permite separar essa emissão anômala dos componentes que podem ser melhor compreendidos.
“Nós agora estamos ficando mais confiantes de que a emissão é devido à rotação dos grãos de poeira em nano-escala, que gira a milhares de milhões de vezes por segundo”, disse Clive Dickinson da University of Manchester, que lidera as análises do AME usando os mapas do Planck. Esses são os menores grãos de poeira conhecidos, compostos somente por 10 a 50 átomos, a partir de colisões com átomos ou fótons eles emitem radiação nas frequências entre 10 e 60 GHz.
Essa região na constelação de Perseus, foi uma das duas regiões dentro da nossa galáxia que foi estudada em detalhe. Graças a grande sensibilidade do Planck e devido a sua cobertura espectral sem precedente, tem sido possível caracterizar as emissões anômalas provenientes desses dois objetos em grande detalhe de modo que muitas das teorias alternativas puderam ser descartadas e assim é possível mostrar que a significante contribuição da AME, é devido a rotação das partículas de grãos em nano escala.
Fonte: ESA
Algumas teorias propuseram a origem dessa emissão e agora com os comprimentos de onda cobertos pelo Instrumento de Baixa Frequência do Planck é possível observar e caracterizar essa emissão. Uma vantagem que o Planck tem é que ele combina dois instrumentos e com isso consegue cobrir uma grande gama de comprimentos de onda, o que permite separar essa emissão anômala dos componentes que podem ser melhor compreendidos.
“Nós agora estamos ficando mais confiantes de que a emissão é devido à rotação dos grãos de poeira em nano-escala, que gira a milhares de milhões de vezes por segundo”, disse Clive Dickinson da University of Manchester, que lidera as análises do AME usando os mapas do Planck. Esses são os menores grãos de poeira conhecidos, compostos somente por 10 a 50 átomos, a partir de colisões com átomos ou fótons eles emitem radiação nas frequências entre 10 e 60 GHz.
Essa região na constelação de Perseus, foi uma das duas regiões dentro da nossa galáxia que foi estudada em detalhe. Graças a grande sensibilidade do Planck e devido a sua cobertura espectral sem precedente, tem sido possível caracterizar as emissões anômalas provenientes desses dois objetos em grande detalhe de modo que muitas das teorias alternativas puderam ser descartadas e assim é possível mostrar que a significante contribuição da AME, é devido a rotação das partículas de grãos em nano escala.