As galáxias anãs ultra fracas são as menores, constituindo os sistemas estelares menos enriquecidos quimicamente no Universo e são alvos importantes para a compreensão da matéria escura e da formação de galáxias.
© Mutlu-Pakdil (galáxia anã Phoenix II)
Elas compreendem em número a maioria das galáxias no Universo. E não menos importante, as galáxias anãs ao redor da Via Láctea fornecem informações empíricas cruciais para a verificação de cenários de formação de nossa própria galáxia. Atualmente, existem cerca de sessenta galáxias anãs associadas à Via Láctea e a menos de um milhão de anos-luz; a galáxia de Andrômeda, nossa grande galáxia espiral vizinha, está a dois milhões e meio de anos-luz de distância.
Muitas novas galáxias satélites da Via Láctea foram descobertas nos últimos anos, mas algumas foram postas em dúvida por campanhas de imagem mais sensíveis e a maioria tem apenas propriedades deficientemente compreendidas. O astrônomo Nelson Caldwell, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics (CfA), era membro de uma equipe que usava o telescópio Magellan Clay e o instrumento Megacam para obter imagens de quatro galáxias anãs próximas sondando quase dezesseis vezes mais tênues do que as medições anteriores. As imagens revelam novas estrelas e outros objetos, incluindo estruturas estendidas, e permitiram que os astrônomos revisassem os principais parâmetros destas galáxias.
Uma das galáxias anãs, Sagitário II, com uma massa de gás de apenas 1.300 massas solares, é incomum, pois é pequena em tamanho, mesmo para uma galáxia anã e pode ser considerada como o aglomerado globular mais extenso de estrelas para seu brilho. Outra, Retículo II, é a galáxia anã mais alongada conhecida (quase oito vezes mais longa do que larga). Uma terceira, Tucana III, parece estar associada a um fluxo de material que flui para a Via Láctea. A quarta galáxia anã é a Phoenix II.
Os novos resultados sensíveis foram incapazes de medir qualquer gás em qualquer um dos objetos, mas estabeleceram novos limites e ajudarão os astrônomos a fazer um recenseamento mais completo da família de galáxias da Via Láctea.
Um artigo foi publicado no periódico The Astrophysical Journal.
Fonte: Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics
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