segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Formação estelar em torno de um longínquo buraco negro supermassivo

Esta imagem da distante galáxia espiral NGC 1097, captada pelo instrumento MUSE montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO, mostra um exemplo típico de um anel nuclear de formação explosiva de estrelas.

© ESO/VLT (NGC 1097)

Localizado a 45 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação da Fornalha, este anel se encontra mesmo no centro da galáxia e tem um tamanho de apenas 5.000 anos-luz, o que o torna minúsculo quando comparado com o tamanho total da galáxia hospedeira, que se estende ao longo de dezenas de milhares de anos-luz além do seu centro. 

As faixas mais escuras vistas nesta imagem mostram poeira, gás e restos da galáxia (ou possivelmente de uma galáxia satélite), que estão sendo canalizados para o buraco negro situado no seu centro. 

Este processo aquece a matéria circundante, formando um disco de acreção em torno do buraco negro e levando à ejeção de enormes quantidades de energia para o meio circundante. Consequentemente, a poeira próxima aquece e a formação estelar acelera na região em torno do buraco negro supermassivo, dando origem ao anel nuclear de formação estelar explosiva que vemos em tons de rosa e violeta na imagem. 

O instrumento MUSE (Multi Unit Spectroscopic Explorer) está montado no Yepun, um dos quatro telescópios de 8,2 metros que compõem o VLT, instalado no Observatório do Paranal do ESO. O seu design único permite aos astrônomos mapear mecanismos complexos no seio de muitas galáxias e analisar a formação de estrelas e aglomerados estelares.

Fonte: ESO

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